TURMAS PREMIADAS
UM PROJETO PARA INGLÊS VER
English/moro photos: http://www.dandad.org/awards08/entry.asp?entry_id=28154
O arquiteto Isay Weinfeld ganhou em Londres o prêmio D&AD, dedicado ao design relacionado à arquitetura. Weinfeld foi premiado na categoria design ambiental, pelo projeto da Livraria da Vila da alameda Lorena, na capital paulista. Trata-se do desenvolvimento da arquitetura de uma das unidades da rede. Apenas para citar um exemplo, um dos diferenciais criativos do projeto é o fato de a loja ter portas repletas de livros. "No D&AD há um apelo muito forte por criação; eles valorizam as sacadas. Creio que meu projeto possa ter chamado atenção dos jurados justamente por aliar arquitetura e criação", disse Weinfeld.
O trabalho do arquiteto brasileiro já é bastante conhecido dos londrinos: é de Weinfeld o projeto do restaurante Mocotó, badalado endereço gastronômico brasileiro em Londres.
Fonte: O Tempo - 19/05/08.
Veja mais fotos: http://www.dandad.org/awards08/entry.asp?entry_id=28154
Isay Weinfeld - http://www.isayweinfeld.com/site/
Prêmio D&AD - http://www.dandad.org/buy/ceremony.html
Livraria da Vila - http://www.livrariadavila.com.br/
Restaurante Mocotó -
http://www.urbanpath.com/london/south-american/mocoto.htm
http://www.arcoweb.com.br/interiores/interiores151.asp
Veja mais fotos do D&AD Awards 2008 - http://www.dandad.org/awards08/category.asp?category_no=33
MEMÓRIA MILITAR
A exposição "Direito à Memória e à Verdade -A Ditadura no Brasil: de 1964 a 1985", que já causou polêmica com os militares no Brasil, virou produto de exportação. Vai ser exibida a partir do dia 4 em Buenos Aires. Entre as imagens estão registros da morte de Carlos Marighella, da troca de presos polÃticos pelo embaixador americano, das prisões no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP), e do culto ecumênico pela morte de Vladimir Herzog e o comÃcio pelas Diretas Já, em São Paulo.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/05/08.
Saiba mais sobre a exposição:
http://www.une.org.br/home3/politica/politica_2007/m_8895.html
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL68858-5601,00.html
MATÉRIA ELUSIVA
Uma das revelações mais importantes da ciência moderna é que somos feitos da mesma matéria que as estrelas. Todos os átomos de carbono, ferro, oxigênio etc. que compõem tudo o que existe têm a mesma origem, forjados durante os estágios finais da vida de estrelas.
São elas os grandes alquimistas cósmicos, capazes de transformar hidrogênio (o elemento quÃmico mais simples e abundante no cosmo) em todos os outros elementos quÃmicos. Nossa união com o Universo ocorre já ao nÃvel mais fundamental: somos uma quÃmica animada por pensamentos.
Mas existe outra revelação importante e ainda bem misteriosa da ciência moderna. Os átomos feitos nas estrelas são uma pequena parcela, 5% aproximadamente, da matéria que preenche o Universo. Os outros 95% vêm em duas outras formas: 25% de matéria escura e 70% de energia escura. Da energia escura sabemos pouco: não é composta por partÃculas, como é caso dos átomos, compostos de prótons, nêutrons e elétrons, e mesmo da matéria escura.
É uma espécie de fluido, espalhado igualmente por todo o espaço. Mas ninguém sabe que fluido é esse; apenas que passou a dominar a evolução do cosmo há alguns bilhões de anos, causando uma inesperada aceleração em sua expansão: a energia escura atua como uma forma de antigravidade, aumentando cada vez mais as distâncias entre as galáxias.
A energia escura é uma descoberta recente. Seus efeitos foram observados pela primeira vez em 1998, causando um verdadeiro furor na comunidade cientÃfica. Mas a matéria escura é bem mais antiga. Sua existência foi conjecturada durante a década de 1930 pelo astrônomo Fritz Zwicky, que trabalhava no Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech. Zwicky estudava as propriedades de grupos de galáxias agregados por sua gravidade mútua. Medindo as velocidades das galáxias, Zwicky notou que eram bem maiores do que se fossem causadas pela matéria visÃvel nelas.
Concluiu que existia matéria invisÃvel -a matéria escura- que, como já diz o nome, não emite luz. Sua presença é sentida através de sua massa, de seus efeitos gravitacionais.
Medidas precisas da expansão cósmica e das propriedades das galáxias mostram que a matéria escura também é formada por partÃculas. Só que essas partÃculas são muito diferentes das partÃculas dos átomos, constituindo um novo tipo de matéria.
É esse caráter exótico da matéria escura que a torna fascinante e, claro, muito difÃcil de ser detectada. Durante as duas últimas décadas, vários grupos têm tentado achá-la.
Os experimentos mais promissores procuram medir os efeitos de uma colisão entre uma partÃcula de matéria escura e núcleos de matéria comum. Por exemplo, cristais de germânio e silÃcio ou de iodeto de sódio.
Quando uma colisão ocorre, vibrações são sentidas no material, como quando pedras de vários tamanhos são jogadas numa piscina. Essas vibrações podem ser detectadas e a energia da colisão medida. Com isso, é possÃvel obter a massa da partÃcula de matéria escura.
Recentemente, um grupo na Itália afirmou ter encontrado sinais promissores. Imediatamente, a comunidade cientÃfica se mobilizou, examinando o experimento e criticando os seus resultados. Esse ceticismo é fundamental em ciência: descobertas importantes precisam ser confirmadas por grupos diferentes. A controvérsia ainda não foi resolvida. Mas não há dúvida de que a descoberta da matéria escura terá um impacto enorme na nossa compreensão do Universo e de seus constituintes mais básicos.
Marcelo Gleiser é professor de fÃsica teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 18/05/08.
Caltech: http://www.caltech.edu/
ARTISTA EXPLORA CULTURA DE MASSA E TENSÃO SEXUAL
Na galeria Luisa Strina, inglês David Haines retrata jovens rapazes e seus tênis. "Eu compro sapatos usados porque neles você sente o cheiro da pessoa que usou, o gosto", diz artista que expõe pela segunda vez no Brasil.
As mãos de David Haines parecem macias demais para um homem obcecado por pés -na verdade, sapatos. Ele tira as luvas grossas que usava na montagem e deixa ver a pele fina das palmas ao receber a reportagem da Folha na galeria Luisa Strina, em São Paulo.
Estranha a delicadeza porque é com essas mãos de aspecto frágil que ele desenha a lápis odes ao sapato como instrumento e objeto de humilhação e desejo -as 11 telas grandes e pequenas expostas a partir de hoje na galeria dos Jardins.
"Eu compro sapatos usados, porque neles você sente o cheiro da pessoa que usou, o gosto. Dá para chegar perto de alguém só pelos pés", diz Haines.
Nascidos desse fetiche, seus desenhos retratam jovens rapazes e seus tênis, em rituais estranhos e poses com um ar blasé. Não disfarçam uma forte tensão sexual, que vem embalada por uma reflexão sobre a cultura de massa e a junk food.
"São todos garotos de programa que eu encontrei na internet e pedi que posassem para mim", conta Haines. "As imagens não são sexuais, mas há um grande desejo por trás."
Haines diz tentar organizar o caos da vida on-line rastreando a mitologia que se cria em torno de personalidades fake, cibernéticas. Não quer contar uma história, mas capturar uma imagem que permita várias leituras, seja pelo confronto direto com o retratado, seja pelas marcas e sÃmbolos reproduzidos nas imagens. Sobre os logos de Nike, McDonald's e Adidas que aparecem nos retratos, esclarece que não se trata de um discurso contra o marketing corporativo. "Marcas conhecidas são sÃmbolos reconfortantes. Se você anda por uma rua escura e desconhecida e vê uma placa do McDonald's, é algo que dá confiança", diz Haines.
Mas fora desse discurso, chama a atenção o desenho que recria com um realismo fotográfico as dobras nos tecidos, a textura dos tênis, o arrepio dos cabelos desses jovens. Valoriza a representação e surpreende num momento em que a arte despreza o figurativo.
Na entrevista, ele pára e olha de perto os desenhos e aponta cada detalhe que copiou do tênis original. Chega a arriscar excessos como dizer que Rembrandt dava a mesma atenção à luminosidade em sua obra.
Todo o apuro, apesar da excentricidade do tema, seria convencional, não fosse Haines um artista contemporâneo. Respaldado pela busca on-line de seu leitmotiv, consegue dar carga atual a seus desenhos.
Mas não passa em branco o fato de esses serem retratos de rituais sadomasoquistas e de forte apelo fetichista -fator de choque que se perde com graça na técnica clássica.
DAVID HAINES
Quando: de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h; até 21/6 Onde: galeria Luisa Strina (r. Oscar Freire, 502, Jardins; tel. 0/xx/ 11/ 3088-2471)
Quanto: entrada franca
Silas Martà - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/05/08.
David Haines - http://www.zyworld.com/gazing/DAVID%20HAINES%20WEBSITE/DavidHainesHome.htm
Galeria Luisa Strina - http://www.galerialuisastrina.com.br/
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