TURMAS HERÓICAS
SUPER-HERÓIS REAIS
English / Video:
http://www.nytimes.com/2011/12/26/us/crusaders-take-page-and-outfits-from-comics.html
"Voltagem Vermelha" e mais dois de seus colegas mascarados que lutam contra o crime se aproximavam de um cruzamento, na capital do Estado de Utah, nos Estados Unidos, quando um carro repentinamente parou ao lado do grupo. A janela do veÃculo foi abaixada e alguém do lado de dentro gritou: "Ei, super-heróis, adoro vocês!".
A sociedade se vê envolvida por revistas em quadrinhos e grupos de escoteiros. São eles um bando de expedicionários autosselecionados e prontos para proteger a cidade de Salt Lake City - alguns com capas, outros sem, mas todos com algo a provar.
Esses "perambuladores" estão em cidades norte-americanas como Boston, São Francisco, Milwaukee, Minneapolis e até na Austrália. Mas ainda é um mistério se eles estão tornando o mundo mais seguro ou mais estranho.
Algumas dessas pessoas comuns saem com bastões, sprays de pimenta e até porretes policiais. Outros carregam apenas seus telefones celulares para avisar à polÃcia se virem alguma ação suspeita.
Quem são eles. O "Voltagem Vermelha" - aquele que acenou para o carro onde estava uma pessoa que o admirava - é o agente imobiliário Roman Daniels, 23. Quando está coberto da cabeça aos pés com a roupa de couro vermelha e preta e com o rosto escondido por uma mascara de lycra, Daniels confessa que encarna o personagem.
Mesmo se questionando sobre sua própria iniciativa heróica, o agente imobiliário é lÃder de um grupo de Salt Lake City chamado de Black Monday Society (em português, "Sociedade da Segunda-feira Negra"), que, há dois anos, patrulha as ruas da cidade norte-americana.
No caso de Mike Gailey, 31, um ex-guarda-costas corpulento de um clube de strip-tease, seu personagem vingador atende pelo nome de "Asylum". Para Gailey, fazer parte da Black Monday Society é uma tentativa de compensar seu passado de coletor de dÃvidas, quando trabalhava para traficantes.
"Eu era um bandido. Há muitos de nós que são como eu, tentando recuperar tempo perdido e compensar erros do passado", explica o ex-garoto-problema.
Outro patrulha do grupo de "super-heróis" se descreve como antigo membro de gangue. O cofundador do Black Monday Society Dave Montgomery, tatuador conhecido como "Niilista em Couro Negro", é ex-alcoólatra e colocou a máscara quando parou de beber.
O fato de os vingadores terem problemas pessoais pode até ser considerado uma tradição de honra. É importante lembrar que essas caracterÃsticas estão presente até nos heróis da ficção. O Super-Homem, por exemplo, foi enviado à Terra por seus pais. Os X-Men são mutantes discriminados.
Segundo Montgomery, as mascaras estão em todo lugar e é só as pessoas começarem a prestar atenção. O "Niilista" reconhece que as fantasias podem parecer peças de Halloween e que, por vezes, as roupas fizeram dos patrulheiros verdadeiros alvos de chacota e bullying. Mas, segundo o "super-herói", o uso da inteligência e da razão quase sempre elimina a tensão entre os patrulheiros e os ocasionais bêbados em busca de briga, que caçoam da iniciativa.
PolÃcia. As autoridades de polÃcia, por sua vez, procuram manter distância dos "heróis" na maioria das cidades. "Não estamos os apoiando, condenando ou qualquer outra coisa. Estamos neutros com relação ao grupo", afirma o detetive Joshua Ashdown, porta-voz da equipe de polÃcia de Salt Lake City. "Endossamos apenas os que foram treinados pela academia policial", destaca.
Discussão: Opiniões sobre ações se dividem
Em Salt Lake City, um grupo de "super-heróis" do Black Monday Society que andava em meio aos manifestantes do movimento "Occupy Wall Street", no centro da cidade, foi recebido calorosamente. Para muitos manifestantes, uma patrulha não policial é bem-vinda atualmente.
"É exatamente isso que precisa acontecer no mundo. Por que precisamos da polÃcia se podemos ajudar uns aos outros?", questiona Poyce Denikma, 21, ex-pedreiro que agora é manifestante. "Eles estão dando um bom exemplo do que precisa ser feito", diz.
Por outro lado, não são todos que estão seguros dos benefÃcios. A moradora de Seattle, nos Estados Unidos, Rebecca Vest ainda pensa se os "heróis" fazem bem ou não. Segundo ela, um incidente em Seattle, que envolveu um "super-herói" e uma latinha de spray de pimenta, deixou os moradores preocupados. "Acredito que a simples presença de mais pessoas nas ruas já ajuda no combate ao crime", ressalta.
Participantes criam ideais especÃficos
Salt Lake City. Alguns "super-heróis" têm motivações bastante especÃficas para combater crimes. No inÃcio do ano 2000, por exemplo, uma mulher de Nova York, cujo pseudônimo era "Terrifica", decidiu patrulhar os bares da cidade, vestida em um colante roxo e cor-de-rosa. Segundo o escritor Tea Krulos, ela queria alertar pessoas embriagadas sobre o perigo de "tomar decisões incorretas". Krulos faz pesquisas para escrever um livro sobre "os 'super-heróis' da vida real".
Kirk Johnson - The New York Times - Traduzido por Luiza Andrade - Fonte: O Tempo - 14/01/12.
Matéria original em inglês / VÃdeo:
http://www.nytimes.com/2011/12/26/us/crusaders-take-page-and-outfits-from-comics.html
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
MEIN KAMPF: A HISTÓRIA DO LIVRO
De tempos em tempos, a publicação de uma nova edição de "Mein Kampf" ("Minha Luta"), livro escrito por Adolf Hitler nos anos 1920 e que seria tomado como "a bÃblia nazista", volta ao debate.
A cada nova tentativa de devolver o livro às livrarias alemãs, o governo da Baviera, que alega ter os direitos sobre a obra (exceto Estados Unidos e Reino Unido) do ditador, adota medidas legais contra quem insiste em retomar a questão.
E a editora britânica Albertas ousou trazer à tona esse assunto tão caro aos alemães. Ela se prepara para começar a vender, no fim do mês e em bancas de jornal da Alemanha, três edições de 16 páginas cada uma com excertos do livro de Hitler acompanhados de comentários crÃticos.
A publicação terá uma tiragem de 100 mil exemplares e será encartada na revista "Zeitungszeugen", da mesma editora, que traz capas de jornais nazistas que circularam entre 1920 e 1930 - também com uma análise.
"Este é um assunto delicado na Alemanha e o mais impressionante é que a população de lá não tem acesso ao livro porque ele é tabu. Queremos que as pessoas possam ver o livro pelo que ele é, e então descartá-lo. Uma vez exposto, ele pode ser mandado para a cesta de lixo da literatura", disse o diretor da Albertas, Peter McGee.
Não é difÃcil encontrar a obra em outros paÃses ou até mesmo para download na internet. No Japão, interessados no assunto têm à disposição até mesmo uma edição em mangá. Outros autores pegam carona na polêmica obra, como é o caso de Antoine Vitkine e seu "Mein Kampf - A História do Livro", disponÃvel em português pela Nova Fronteira.
Fonte: O Tempo - 18/01/12.
Detalhes:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3065313
QUEM MATAR NA HORA DA CRISE?
Artur Lopes
EDITORA Évora
QUANTO R$ 49,90 (208 págs.)
O objetivo é ajudar o empresário a descobrir a origem da crise e como se comportar diante dela para superá-la. O livro fornece ferramentas adaptáveis a diversas situações que auxiliam o empresário a rever suas convicções e adequar ou não sua atuação.
Maria Paula Autran - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/01/12.
Detalhes:
http://www.quemmatarnahoradacrise.com.br/default.shtml
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