TURMAS PRESERVANDO A TERRA
PROTESTO A FAVOR DA PRESERVAÇÃO DA TERRA
Filipinas - Estudantes se vestem de sapos para protestar a favor da preservação da Terra, durante festival Caracol, em Manila. Uma versão do carnaval de Nova Orleans (EUA) nas Filipinas.
Fonte: Terra/Folha Online - 20/01/08.
SÃO PAULO - 454 ANOS - 25 DE JANEIRO
Livro mostra como São Paulo se tornou uma metrópole tão complexa e aborda dilemas atuais. Com mais de 10 milhões de habitantes, São Paulo é hoje uma das maiores cidades do planeta. Reúne o que há de melhor e de pior em nossa civilização - da pujança industrial e comercial ao desemprego e miséria, da combinação cosmopolita de culturas ao caos na habitação e no trânsito. Não há problemas nem marca urbanÃstica que não tenha explicação. Ao longo deste livro, aprende-se o que foi a evolução histórica da cidade e como se chegou ao estado atual das coisas. Escrito por Raquel Rolnik e editado pela Publifolha, "Folha Explica São Paulo" traz um texto simples e saboroso, mostrando, passo a passo, a construção da ordem desordenada de uma cidade tão complexa como essa. "São Paulo" é o livro didático disponÃvel para introduzir o leitor interessado no conhecimento das forças que movem e desenham o traçado urbano e social de uma metrópole.
Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do paÃs.
Folha Explica São Paulo
Autor: Raquel Rolnik
Editora: Publifolha
Páginas: 88
Quanto: R$ 17,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha http://publifolha.folha.com.br/catalogo/livros/135488/.
FM: Parabéns ä cidade de São Paulo.
MARCHA LENTA
Diminuiu o ritmo de crescimento da população de 10,9 milhões de habitantes de São Paulo, que acaba de completar 454 anos. Pesquisa da Fundação Seade revelou que, entre 2000 e o inÃcio de 2008, a taxa de aumento foi de 0,56% ao ano, contra 1,15% e 0,91% nas duas últimas décadas. Motivo: a inversão do fluxo migratório, com mais pessoas deixando a cidade e menos chegando, e redução da taxa de fecundidade. Nos últimos 26 anos, a média de filhos por mulher caiu de 3,17 para 1,92.
NO LIMITE
O crescimento é maior na periferia, principalmente nos bairros de Anhanguera (7,9% ao ano), Cidade Tiradentes (4,6%) e Parelheiros (4,1%).
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 24/01/08.
HORA DO BOLO
Com 454 metros de comprimento e mais de R$ 100 mil em investimentos, o bolo que comemora o aniversário de São Paulo, conhecido como "bolo do Bixiga", teve patrocÃnio, neste ano, da marca de farinha Dona Benta e da Nova América, dona da marca de Açúcar União. Para a confecção, foram necessários 1.500 kg de farinha e 600 kg de açúcar. A produção teve inÃcio no dia 19. O sabor escolhido para este ano é baunilha e laranja.
Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/01/08.
SÃO PAULO EM OBSERVAÇÃO
São Paulo completa 454 anos com deficiências urbanas sérias, mas surge agora o embrião de um sistema para medi-las.
São Paulo chega ao 454º aniversário em estágio avançado de tensão. Apesar do rodÃzio municipal de veÃculos, o trânsito se engasga com cerca de 800 novos carros e motos por dia, que só agravam a poluição do ar. O transporte de massa é pouco, lento e falho.
O projeto de despoluição do rio Tietê tem 16 anos e já custou R$ 2,7 bilhões, mas seriam necessários outra década e mais R$ 2 bilhões para livrar a capital do portentoso esgoto a céu aberto. Enchentes e deslizamentos ainda pontilham o verão com prejuÃzos e tragédias.
Mesmo assim, subsistem razões para comemorar o aniversário da cidade nascida na região do "peixe seco", Piratininga. A metrópole de 10,9 milhões é uma cidade jovem para os padrões mundiais. Sobra-lhe vitalidade para levantar-se e dar a volta por cima, como se diz aqui. Basta mencionar cinema, moda e gastronomia como exemplos do dinamismo cultural da cidade.
Falta a São Paulo, porém, canalizar parte dessa energia a fim de reduzir os problemas que a tornam pouco habitável para uma grande parcela da população. Contam aà não só condições ambientais, mas um mÃnimo de justiça social, na forma de acesso a bens e serviços básicos. Em meio à barafunda bem paulistana de propostas e soluções urbanas mirabolantes, como o inesquecÃvel Fura-Fila, a maior concentração de capacidade técnica do paÃs não foi ainda capaz de produzir métodos racionais para avaliar o desempenho daqueles que elege para governá-la.
Prover a população de um sistema eficiente de autodiagnóstico é o cerne da iniciativa Observatório Cidadão. Anunciada ontem pelo Movimento Nossa São Paulo, conta com o apoio de 395 de entidades, entre as quais mais de 30 grandes empresas. A promessa é acompanhar sistemática e periodicamente 130 indicadores sobre a cidade, de desemprego e evasão escolar a mortalidade infantil e violência doméstica. Em paralelo, pesquisas de opinião recolherão avaliações dos próprios paulistanos sobre mais de 200 quesitos.
Segundo os organizadores, essa matriz servirá para fiscalizar de maneira objetiva a performance do governo municipal. Não só desta ou aquela administração, nem exclusivamente o prefeito ou a Câmara, mas também as subprefeituras. A meta é tornar conhecidos indicadores da desigualdade entre regiões urbanas, como o fato de Pinheiros ter mortalidade infantil de 6,6 óbitos por mil nascidos vivos e Parelheiros, de 18,4, portanto quase três vezes maior no bairro mais pobre. Daà surgiriam metas especÃficas, regionalizadas, para reduzir a iniqüidade.
Nada disso terá o condão de transformar São Paulo numa cidade mais agradável e menos injusta. A polÃtica não se resolve por números, mas tampouco pode prescindir deles. Manter governantes sob observação vigilante, com a lupa fria de cifras independentes e confiáveis, pode contudo revelar-se instrumento útil para aumentar o controle social e erradicar a lamúria com que à s vezes se confunde, por aqui, o debate público.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/01/08.
SAMPA
Composição: Caetano Veloso
Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta
De tuas esquinas
Da deselegância discreta
De tuas meninas...
Ainda não havia
Para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João...
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
De mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes...
E foste um difÃcil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho
Feliz de cidade
Aprende depressa
A chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso
Do avesso do avesso...
Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos e espaços
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva...
Panaméricas
De Ãfricas utópicas
Túmulo do samba
Mais possÃvel novo
Quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam
Na tua garoa
E novos baianos te podem
Curtir numa boa...
O MUNDO EM 1968
O mundo em 1968 – pode parecer inacreditável – não tinha internet nem telefone celular. Para dizer toda a verdade, ó jovens, não tinha nem – vergonha! – TV em cores. Mesmo com essas sérias deficiências, 1968 foi um ano maravilhoso (além de horrÃvel) e cheio de promessas (além de trágico). Foi o ano do Maio na França, que derramou suas utopias mundo afora, da ofensiva do Tet, que assinalou o começo do fim da intervenção americana no Vietnã, da Primavera de Praga e seu sufocamento pelos tanques soviéticos, do assassinato de Bob Kennedy e de Martin Luther King. No Brasil, as pulsões libertárias expressas nas passeatas, na música, no teatro e no cinema desaguariam no apagão do Ato Institucional Nº 5, no dia 13 de dezembro. O ano de 1968 foi tão marcante que em francês se cunhou uma palavra para nomear as pessoas tÃpicas desse ano, marcadas para toda a vida pelas idéias e experiências do perÃodo – são os "soixante-huitards". Como verter para o português – sessenta-e-oitenses?, sessenta-e-oitões?
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - Edição 2044.
ARIGATÔ
Os turistas japoneses que desembarcarem em Cumbica em 2008 receberão um dos 35 mil certificados que o Ministério do Turismo preparou, em japonês, agradecendo a visita em "um momento em que comemoramos cem anos de parceria e intercâmbio cultural".
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/01/08.
A MILHAGEM DO ATRASO
Sai em fevereiro a medida provisória prometida por Nelson Jobim para melhorar a vida dos passageiros de avião. Quando a MP foi anunciada, em dezembro, uma das promessas era tornar obrigatório o ressarcimento em dinheiro pelas empresas aéreas das vÃtimas dos vôos atrasados. A idéia não vingou. A reparação virá – mas em forma de milhas.
Fonte: Veja - Edição 2044.
AINDA TEM GENTE BRINCANDO COM O PERIGO
Mesmo depois de acidentes fatais, como o de julho, restam ainda casos de desrespeito às normas da aviação. No dia 20 de dezembro, um avião de uma grande empresa aérea pousou em Congonhas sem ter a autorização do controlador de vôo. Embora raro, não foi o único caso nos últimos meses. Esse desrespeito é fruto da ainda tensionada relação entre pilotos e controladores. O governo levou o caso ao presidente da empresa, que suspendeu o piloto por uma semana.
Fonte: Veja - Edição 2044.
O PRINCÃPIO 90 / 10 - STEPHEN COVEY
Que princÃpio é esse? Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.
O que isto quer dizer? Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%.
Como? Com sua reação! Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua famÃlia. Sua filha, ao pegar a xÃcara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação.
Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xÃcara muito na beirada da mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal... Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai para o trabalho também contrariada.
Você tem que levar sua filha de carro pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Depois de 15 minutos de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você.
Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechadas, em silêncio e frias com você. Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.
Pense, por quê seu dia foi péssimo?
A) por causa do café?
B) por causa de sua filha?
C) por causa de sua esposa?
D) por causa da multa de trânsito?
E) por sua causa?
A resposta correta é a da letra "E". Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim.
O café cai na sua camisa, sua filha começa a chorar e então você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado". Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui dando adeus com a mão.
Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam muito diferentes. Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação.
Aqui temos um exemplo de como aplicar o PrincÃpio 90/10. Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afetem, reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado.
Como reagir a alguém que lhe atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? E o que acontecerá se você perder o emprego? Vai ficar preocupado, angustiado, perder o sono e adoecer?
Isto não funcionará! Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por quê manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Estressar-se só piora as coisas.
Agora que você já conhece o PrincÃpio 90/10, utilize-o. Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo.
Por desconhecerem o poder de escolher suas reações diante dos acontecimentos, milhares de pessoas estão sofrendo e se estressando desnecessariamente. E o estresse destrói nossa saúde e nos envelhece. Todos devemos conhecer e praticar o PrincÃpio 90/10. Pode mudar a sua vida!
Autor do texto: Stephen Covey (Colaboração: Markão)
PROPÓSITOS E LIBERDADE
Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há mais nenhum ponto zero possÃvel. Não há como começar do nada. Talvez seja isso o que torna tão difÃcil cumprir propósitos de Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro. Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história. Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida? Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam livre-arbÃtrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores que nos dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças, determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar.
Abrir novos tempos. Nossa história e nosso passado não são nem cargas indesejadas, nem determinações. Sem eles, não terÃamos de onde sair, nem para onde nos projetar. São heranças e pontos de orientação. Sem passado e sem história, quem serÃamos? Mas não é porque não pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais poderemos. Nossa capacidade de dar um novo inÃcio para as mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Somos livres sem querer.
Mesmo inconscientes e involuntários, nossos gestos e palavras sempre destinam nossas vidas para algum lugar. A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de romper com a casualidade aparente da vida e apagar a impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida. Garantem nossa liberdade, mas, paradoxalmente, não podem garantir a sua própria realização. Coisas da liberdade, que pode nos destinar a novos propósitos.
Dulce Critelli, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de "Educação e Dominação Cultural" e "AnalÃtica de Sentido" e coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana. Fonte: Folha de S.Paulo - 24/01/08.
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