TURMAS "CABEĂA"
UMA OBRA NA CABEĂA
English:
http://www.huffingtonpost.com/2010/11/23/wafaa-bilal-nyu-artist-ge_n_787446.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1331198/Iraqi-artist-Wafaa-Bilal-camera-implanted-head.html
The sites:
http://www.3rdi.me/
http://wafaabilal.com/
New York University:
http://www.nyu.edu/
Vale tudo em nome da arte. O artista iraquiano e professor da New York University Wafaa Bilal pensa assim. Tanto que acaba de implantar cirurgicamente dentro de sua cabeça uma pequena cĂąmera. Com o nome de The 3rd I (um trocadilho com as expressĂ”es âo terceiro olhoâ ou âo terceiro euâ), a cĂąmera ficarĂĄ alojada no cĂ©rebro de Bilal por um ano e irĂĄ capturar imagens em intervalos de um minuto que serĂŁo automaticamente transmitidas para monitores em um museu no Catar. A inauguração da âobraâ ocorrerĂĄ em 30 de dezembro.
Juliana Dal Piva - Fonte: Isto à - Edição 2142.
Os sites:
http://www.3rdi.me/
http://wafaabilal.com/
New York University:
http://www.nyu.edu/
CONCURSO - PrevidĂȘncia oferece remuneração inicial de atĂ© R$ 10.019
A Previc (SuperintendĂȘncia Nacional de PrevidĂȘncia Complementar) seleciona 60 especialistas em previdĂȘncia complementar, 20 analistas administrativos e 20 tĂ©cnicos administrativos. A remuneração Ă© de R$ 10.019,20, R$ 9.263,36 e R$ 4.582,79, respectivamente. As inscriçÔes variam de R$ 55 a R$ 90 e podem ser feitas pelo endereço eletrĂŽnico www.cespe.unb.br/concursos/previc2010, atĂ© 10 de dezembro.
Fonte: Folha de S.Paulo - 28/11/10.
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
O ALUFĂ RUFINO - TrĂĄfico, escravidĂŁo e liberdade no AtlĂąntico Negro (c. 1822-c. 1853)
A histĂłria social do trĂĄfico negreiro e da escravidĂŁo no Brasil em meados do sĂ©culo XX, a partir das experiĂȘncias e "aventuras" de um africano muçulmano, alforriado de sua condição escrava. Ă sob este mote que os professores e escritores JoĂŁo JosĂ© Reis, FlĂĄvio dos Santos Gomes e Marcus J.M. de Carvalho apresentam a obra "O AlufĂĄ Rufino - TrĂĄfico, EscravidĂŁo e Liberdade no AtlĂąntico Negro (c. 1822 - c. 1853)" (Cia. das Letras, 488 pĂĄgs., R$ 62).
Escrito a seis mĂŁos, o livro surgiu a partir de documentos que destacavam o interrogatĂłrio de um negro liberto, Rufino JosĂ© Maria, africano capturado no interior da NigĂ©ria, vĂtima das autoridades que acreditavam numa insurreição escrava, a partir de escritos seus em ĂĄrabe, nos quais se acreditava haver um plano de revolta.
"O FlĂĄvio Gomes encontrou no Arquivo Nacional um documento que originou o projeto: o interrogatĂłrio de um liberto africano, Rufino JosĂ© Maria, preso no Recife em 1853, por suspeita de envolvimento numa conspiração escrava. Como ele era um malĂȘ (muçulmano de origem IorubĂĄ), e eu tinha escrito diversos trabalhos sobre os malĂȘs na Bahia, FlĂĄvio me convidou para escrever um trabalho juntos", explica JoĂŁo JosĂ© Reis. "Mas, como a histĂłria de Rufino tinha esse momento em Pernambuco, chamamos o Marcus Carvalho, professor da UFPE, para a equipe. Tratava-se de distribuir os esforços de pesquisa mais ou menos de acordo com os ambientes em que nosso personagem circulou", afirma.
Segundo Reis, a obra nĂŁo trata apenas de uma biografia sobre Rufino JosĂ© Maria, mas procura elucidar questĂ”es sociais e econĂŽmicas da escravidĂŁo no paĂs. "O personagem nos serve como guia para percorrer e entender um mundo mais amplo do que sua experiĂȘncia pessoal, ou seja, a escravidĂŁo nos diversos lugares por onde ele circulou ou viveu", diz.
Reis afirma que uma grande parte do livro fala do trĂĄfico transatlĂąntico de escravos, mas de modo mais humano, no sentido de que interessa mais a experiĂȘncia concreta das pessoas no entĂŁo chamado "infame comĂ©rcio" do que os nĂșmeros desse comĂ©rcio.
"NĂŁo nos furtamos de apresentar e discutir nĂșmeros, mas nĂŁo se trata de um estudo quantitativo, por exemplo, nem sobre a diplomacia do trĂĄfico, embora esses aspectos tambĂ©m sejam abordados. O Rufino veio para o Brasil como escravo, aqui se alforriou e virou cozinheiro de navio negreiro".
AtravĂ©s da experiĂȘncia de Rufino, um largo panorama atlĂąntico Ă© descortinado no livro, um mundo que o personagem percorre em ritmo de aventura. "Cuidamos muito da narrativa, aliĂĄs, em escrever um texto bom de ler, sem chavĂ”es universitĂĄrios ou teoria maçante. Escrevemos para um pĂșblico bem mais amplo do que o especialista, embora tambĂ©m para este", ressalta Reis.
Para o autor, Rufino nĂŁo foi exatamente um personagem fundamental nos processos abolicionistas, apesar do papel importante que desempenhou no perĂodo.
"Ao contrĂĄrio dos muçulmanos que fizeram a famosa Revolta dos MalĂȘs, na Bahia, em 1835, ele abraçava um islamismo nĂŁo militante, oferecendo seus serviços como adivinho e curandeiro. Era um homem instruĂdo, conhecia a doutrina do IslĂŁ, lia e escrevia o ĂĄrabe e tinha seguidores no Recife de sua Ă©poca, sendo por isso tambĂ©m um alufĂĄ, um mestre malĂȘ. DaĂ o tĂtulo do livro".
Personagem do trĂĄfico
DifĂcil pensar que um negro alforriado de sua condição escrava possa ter exercido um papel no comĂ©rcio de escravos no Brasil. No entanto, nas pĂĄginas de "O AlufĂĄ Rufino", os autores JoĂŁo JosĂ© Reis, FlĂĄvio dos Santos Gomes e Marcus J.M. de Carvalho demonstram que o personagem central da obra, Rufino JosĂ© Maria, tambĂ©m desempenhou tal função.
"Além de cozinheiro, Rufino era um pequeno traficante. Quando o negreiro em que viajava a caminho de Luanda, o mais ativo porto do tråfico de então, foi apreendido pela marinha inglesa, em 1841, ele tinha a bordo caixas de doces de goiaba que equivaliam a 2% do valor da carga, e tudo indica que iria trocå-las por cativos", explica João José Reis, destacando que outros documentos confirmam que Rufino traficava escravos a bordo de navios negreiros.
Fabiano Chaves - Fonte: O Tempo - 01/12/2010.
Detalhes:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13033
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