TURMAS HERÓICAS
O RESGATE DOS MINEIROS
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As lições da mina
O mundo acompanhou, entre a apreensão e o alÃvio, a exitosa operação de resgate dos 33 trabalhadores que ficaram confinados por mais de dois meses em uma mina no deserto do Atacama.
O presidente dos EUA, Barack Obama, resumiu o clima de congraçamento mundial em torno do final feliz do que esteve perto de ser uma tragédia. "Esse resgate é um tributo não apenas aos trabalhadores da equipe de socorro e do governo, mas também à união do povo que inspira o mundo", disse.
A compreensÃvel atmosfera festiva que se sucede a um desfecho como esse não deve, porém, deixar em segundo plano a situação de risco diário enfrentada pelos trabalhadores nessas e em outras minas do Chile -e do mundo.
O segundo homem a ser resgatado, Mario Sepúlveda, destoou dos demais ao criticar a segurança no setor minerador. "Este era o momento de fazer mudanças. Este paÃs tem de entender que é preciso fazer mudanças", afirmou.
O cobre, do qual o Chile é o principal produtor mundial, impulsiona a economia do paÃs e ajuda a fazer dele o mais avançado da América do Sul, o único do subcontinente a integrar a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), sigla que reúne as nações mais desenvolvidas do mundo.
Os 5,4 milhões de toneladas do mineral produzidos anualmente pelo Chile abastecem 37% da demanda mundial. Os setores de energia, infraestrutura e mineração respondem por mais de dois terços dos 709 planos de investimento, no valor total de US$ 133 bilhões, ora em andamento no paÃs. Além do cobre, a extração de carvão também se destaca -é a quinta maior no mundo.
Por trás desses números, há milhares de mineiros trabalhando em condições perigosas e insalubres. Só neste ano, 31 deles não tiveram a mesma sorte dos colegas da mina de San José e sucumbiram a acidentes. Ainda assim, o Chile é considerado um dos mais seguros no setor. Na China, por exemplo, onde acidentes fatais em minas são mais frequentes, a cobertura do resgate foi censurada na imprensa estatal.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, soube ganhar dividendos polÃticos com o episódio. Sob holofotes, diante das câmeras de TV, recebeu na saÃda da mina cada um dos 33 trabalhadores. Numa frase feita, disse que a maior riqueza do Chile não é o cobre, mas sim os mineiros -e prometeu promover mudanças como as exigidas por Sepúlveda.
"Não podemos garantir que não haverá mais acidentes. Mas podemos garantir que nunca mais se trabalhará em condições tão desumanas", anunciou o presidente, que tomou posse em março.
O resgate consumiu US$ 22 milhões e foi mais rápido do que o previsto -falava-se que os mineiros poderiam permanecer soterrados até o Natal. O êxito da empreitada dá ao presidente chileno plenas condições polÃticas para endurecer a legislação e ampliar a fiscalização sobre as mineradoras. Caso isso ocorra, o sofrimento dos 33 trabalhadores e de suas famÃlias não terá sido em vão.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/10/10.
Fotos/vÃdeos do resgate:
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CHILE! ME TIRA DO BURACO!
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Tô exausto! De tanto ver tirar mineiro debaixo da terra! Manchete Bomba: "Mineiro endividado migra pro Chile pra tentar sair do buraco!". Chile! Me tira do buraco! E começou a esculhambação! Tão dizendo que a cápsula é o supositório da Mulher Melancia! E o resgate teve o patrocÃnio do Viagra. A emoção de subir. Rarará!
E aquele mineiro que foi recebido pela amante? Se a amante tem aquela cara, imagine a mulher! E os mineiros saindo todos arrumados, pulando, cabelo cortado, banho tomado. Parece produção da Globo! Eu acho que esse resgate foi no Projac! Como disse um amigo: "Fico bem pior saindo do metrô às 18h!".
E devia ter tido transmissão do Galvão Urubueno: "Vai que é sua Fênix 2! Ééééé do Chiiiiiiiileeeee!". É, amigo, o buraco é mais embaixo!
E na festa de comemoração teve até palhaço. A cara do Tiririca. Tiririca no Chile. Aliás, o Tiririca deu uma entrevista pro jornal "Imperatriz", em Itapipoca, Ceará. "Tiririca, por que você não se candidatou pelo Ceará, sua terra natal?" "Porque aqui não tem abestado." Chuuuupa, São Paulo.
E diz que o único mineiro que não foi resgatado foi o Atlético Mineiro. Lamento informar, mas esse ficou no buraco. Nem a cápsula salva.
Aliás, outro que está no buraco: o Timão! Eu acho que o Corinthians vai contratar a Fênix 2 para técnico! O Ronalducho vai entalar na cápsula! Rarará! Olha, só faltou sair o Hélio Costa daquele buraco. Rarará!
Diz que o Serra ficou todo animado quando soube que ia contar com mais 33 mineiros pro segundo turno.
E a charge mais sacana sobre o resgate é a do JNoreto. Um cara assistindo ao resgate pela televisão: "Vou ficar acordado assistindo ao resgate porque são chilenos. Se fossem argentinos, eu já teria ido dormir". Rarará!
José Simão (http://www2.uol.com.br/josesimao/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 15/10/10.
O GAME DO RESGATE
Uma agência de design interativo chilena criou um jogo inspirado no resgate dos 33 operários que passaram mais de dois meses presos na mina de San José, no Chile. O jogo é um aplicativo para web no qual o jogador deve fazer girar uma polia que faz descer a cápsula Fênix 2 para içar à superfÃcie os mineiros. Os interessados podem jogar no site http://www.root33.cl/los33/.
Plug @do - Fonte: O Tempo - 16/10/10.
A FOTO DO RESGATE
Lista com o nome dos 33 mineiros na entrada da mina. Foto acima.
Alexandra Martins - Fonte: O Tempo - 10/10/10.
SEM LIMITE
Larissa Riquelme, aspirante à fama importada do Paraguai, é a prova de que não há limite para a publicidade: ela estampa no próprio seio uma "tatuagem" da marca de desodorantes Axe. O valor e a duração do contrato não foram divulgados, mas o fato é que a logomarca está no corpo da modelo desde a época da Copa do Mundo. Larissa está tentando fazer "carreira de celebridade" no Brasil.
Veja a foto: http://www.faculdademental.com.br/fotosEventos3.php?fea_id=143.
Banco de Ideias - Luiz Tito - Fonte: O Tempo - 10/10/10.
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
A REVOLTA DE ATLAS
A BÃblia do pensamento liberal na segunda metade do século não é um livro de economia ou de filosofia polÃtica: é um romance.
"Atlas Shrugged", a clássica defesa da liberdade, do individualismo e do capitalismo escrita por Ayn Rand (1905-81), romancista e filósofa russo-americana, acaba de ganhar nova edição em português, com novo tÃtulo: "A Revolta de Atlas".
A edição anterior, publicada em 1987, e há muito esgotada, tinha o tÃtulo de "Quem é John Galt?". A tradução é a mesma, mas foi editada e revisada pela editora Sextante.
Com 1.232 páginas na presente edição, o livro tem um enredo extremamente complexo e bem elaborado, que não é possÃvel resumir aqui.
No entanto, uma descrição, ainda que breve, do tema escolhido por Rand dá ideia da dimensão da obra.
Originalmente publicada em 1957, a história se passa nos Estados Unidos, numa época futura em que o paÃs, seguindo o exemplo de paÃses europeus e latino-americanos, caminha para o socialismo e resolve regular e assim controlar sua economia.
GREVE DOS CHEFES
O livro descreve o que acontece quando aqueles que (como Atlas) sustentam o mundo nas costas resolvem fazer greve, sacudindo o mundo dos ombros e deixando que literalmente se dane.
"Vamos ver o que acontece ao mundo quando quem faz greve contra quem" é frase (retirada do livro) que resume o tema da obra.
Entrando em greve, empresários americanos começam a desaparecer, abandonando suas empresas nas mãos de reguladores e controladores estatais. Grandes filósofos, cientistas e artistas também desaparecem, abandonando seus empreendimentos.
O lado otimista da história é que o Estado pode confiscar empresas e outros empreendimentos, mas não consegue obrigar empresários e outros empreendedores a lhe arrendar suas mentes, sua criatividade, sua competência, seu trabalho.
O Estado, portanto, que fique com os empreendimentos, decidem seus proprietários na história. Mas eles não colocam mais suas mentes a serviço da sustentação de um mundo onde esse tipo de confisco pode acontecer.
(Na realidade, o que deixam para o Estado espoliador não passa da carcaça de empresas e empreendimentos cuja alma eles levaram consigo.)
CAOS
A história narra nos mÃnimos detalhes o caos que resulta dessa inusitada greve em que aqueles que normalmente são vÃtimas das greves, os empreendedores, retiram do mercado sua mente e seu trabalho, e, no processo, deixam o mundo sem bens, sem serviços, sem empregos.
Quando Atlas faz greve, o mundo literalmente desmorona (mais ou menos como aconteceu com o mundo comunista em 1989).
Ao final da história, quando as luzes do velho mundo se apagam, simbolizando a derrocada que lhe sobrevém quando Atlas deixa de sustentá-lo, a porta está aberta para a construção de um mundo novo: a greve termina e Atlas está pronto para reassumir seu lugar.
A REVOLTA DE ATLAS
AUTORA Ayn Rand
TRADUÇÃO Paulo Henriques Britto
EDITORA Sextante
QUANTO R$ 69,90 (1.232 págs.)
Eduardo Chaves foi professor de filosofia da Universidade Estadual de Campinas e, depois de aposentado, leciona filosofia da educação no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/10/10.
Detalhes:
http://www.esextante.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5688&sid=2
AS MELHORES PRIMEIRAS PÃGINAS DOS JORNAIS BRASILEIROS
"As Melhores Primeiras Páginas dos Jornais Brasileiros" apresenta um panorama histórico da imprensa diária do paÃs.
Não estamos diante do que os organizadores, Judith Brito e Ricardo Pedreira, consideram as melhores primeiras páginas publicadas ao longo da história pelos jornais brasileiros -o que poderia resultar numa seleção concentrada em número relativamente restrito de veÃculos.
O livro, lançado pela Associação Nacional de Jornais, reúne as melhores primeiras páginas de jornais associados à entidade, escolhidas por seus próprios editores.
De um total de 146 diários convidados, 101 enviaram suas escolhas. Como diz Judith, atual presidente da ANJ, trata-se antes de um "um mosaico" de jornais em atividade no paÃs.
TÃtulos pouco conhecidos fora de suas cidades, como o "Jornal de JundiaÃ" ou "Mogi News", exibem suas páginas ao lado de jornais de projeção nacional, como "O Globo" e "O Estado de S. Paulo".
Este último está representado pela manchete "Viva a República", que tomava toda a página da edição de 16 de novembro de 1889.
Há outras escolhas que também remetem aos primórdios da imprensa diária do paÃs, no século 19.
É o caso da primeira edição do "Correio do Povo", de Porto Alegre, datada de 1º de outubro de 1895, que lança o compromisso de um noticioso "literário e comercial a ocupar-se de todos os assuntos de interesse geral".
Aparecem efemérides e fatos históricos, como o suicÃdio de Getulio Vargas, em 1954, e a comemoração do centenário da Independência, em 1922 -estampados nas primeiras páginas de "A NotÃcia", de Joinville (SC), e "A Tarde", de Salvador.
Mais recente, o histórico impeachment de Fernando Collor de Mello é a manchete da Folha do dia 30 de setembro de 1992, encimada por uma tarja com os dizeres: "Vitória da democracia".
O jornal foi alvo de investidas do presidente. Uma delas foi a invasão da sede da Folha pela PF logo no inÃcio do mandato de Collor.
O panorama, no entanto, tem predomÃnio da provÃncia, com primeiras páginas voltadas para aspectos da polÃtica paroquial, à qual os jornais muitas vezes estão vinculados. São comuns manchetes e fotos que destacam tragédias, como quedas de avião e enchentes.
O esporte regional neste contexto não poderia faltar, bem como a religião -não são poucas as primeiras páginas que tratam da morte do papa João Paulo 2º.
Derrotas em Copa também aparecem, como no "Jornal da Tarde" e na "Folha de Pernambuco". A nota vitoriosa vem do "Lance!", com a conquista do Mundial de 2002. Ronaldo ergue a taça sob o tÃtulo "Os reis do futebol".
AS MELHORES PRIMEIRAS PÃGINAS DOS JORNAIS BRASILEIROS
ORGANIZADORES Judith Brito e Ricardo Pedreira
EDITORA Associação Nacional de Jornais
QUANTO R$ 48 (344 págs.)
Fonte: Folha de S.Paulo - 09/10/10.
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