FM - Faculdade Mental

EDITORIAL - 25/02/2009

SERÃ QUE DECOLA?

A cada ano o discurso Ã© sempre o mesmo, ou seja, no Brasil, o ano sÃ³ comeÃ§a realmente depois do carnaval. Pois Ã©? O carnaval jÃ¡ passou, muita gente pulou, outras tantas descansaram, mas agora, de volta Ã realidade.
"Trata-se de uma idiossincrasia bem brasileira. O ano sÃ³ comeÃ§a depois do Carnaval. NÃ£o Ã© uma verdade absoluta, mas no exercÃcio do poder e da polÃtica leva-se o costume ao paroxismo, com as exceÃ§Ãµes de praxe." (Fernado Rodrigues - 2009, enfim - Folha de S.Paulo - 25/02/09).
Ano novo, vida nova, manchetes do ano passado. Os jornais continuam estampando notÃcias que mais parecem uma reprise do segundo semestre de 2008. Ã‰ a crise da era globalizada. Ã“bvio que chegou primeiro nos Estados Unidos, Europa e Ãsia, mas aos poucos vai dando Ã s caras no â€œresto do mundoâ€. Na Alemanha o Ãndice de confianÃ§a dos empresÃ¡rios alemÃ£s na economia do paÃs caiu para o nÃvel mais baixo desde 1982. O JapÃ£o registra dÃ©ficit comercial e as exportaÃ§Ãµes despencam. No Reino Unido Ã© contraÃ§Ã£o de 1,5% da economia britÃ¢nica, aprofundando a estimativa de recessÃ£o. A China jÃ¡ alerta para a deterioraÃ§Ã£o econÃ´mica e jÃ¡ tenta medidas mais "poderoras" para reverter essa tendÃªncia. As demissÃµes estÃ£o aÃ, Nokia, Vodafone, Embraer... No Brasil, foi possÃvel notar durante o carnaval, a visÃvel queda dos patrocÃnios nos desfiles das escolas de samba. Efeitos da crise?
Especialistas dizem que por nÃ£o serem paÃses com economias diretamente vinculadas aos Estados Unidos e nÃ£o serem totalmente dependentes da exportaÃ§Ã£o, na AmÃ©rica Latina, Brasil e Chile sÃ£o os paÃses que menos sentirÃ£o as consequÃªncias da crise. SerÃ¡? Os integrantes do governo brasileiro praticamente estÃ£o garantindo que nÃ£o haverÃ¡ crise e que jÃ¡ em marÃ§o o mercado mostrarÃ¡ sinais de aquecimento. DÃ¡ pra acreditar? Outros analistas se expressam pelo menos na hipÃ³tese de que uma "recessÃ£o tÃ©cnica" jÃ¡ estÃ¡ instalada na economia brasileira. Traduzindo: dois trimestres seguidos de crescimento negativo ou queda do PIB. Acreditar em quem? EstÃ¡ certo que o discurso de Obama no Congresso Americano animou a economia, mas nÃ£o serÃ¡ somente mais um otimismo virtual? Dizem que a crise chegou por um otimismo virtual exagerado por uma demanda que nÃ£o existia de verdade, atÃ© o momento em que a bolha da mentira econÃ´mica financeira estourou. SerÃ¡ que agora tambÃ©m nÃ£o estÃ¡ acontecendo uma onda de pessimismo virtual por uma por uma falta de demanda equivocada ou pelo menos superestimada? SerÃ¡ que essa demanda nÃ£o precisa ser apenas ajustada, saindo do campo virtual para o real para que todos tenham a visÃ£o exata da economia, com possibilidades de crescimento, queda ou estagnaÃ§Ã£o? Por vias das dÃºvidas e pontos de interrogaÃ§Ã£o Ã parte, Ã© bom todos estarem devidamente preparados.
Em tempos de crise nÃ£o hÃ¡ nada mais atual que o â€œmarketing pessoalâ€ e o â€œNetworkingâ€. Mantenha a sua â€œexpertiseâ€ em evidÃªncia, inclusive o vocabulÃ¡rio e, sua rede de relacionamentos sempre super atualizada. Assim, independente do discurso, o ano que agora estÃ¡ definitivamente comeÃ§ando poderÃ¡ ser vencido com menores dificuldades ou, maiores facilidades.
EducaÃ§Ã£o, Paz, SaÃºde e agora sim, â€œFeliz 2000Inoveâ€ Ã todos!

"Os anos ensinam muitas coisas que os dias jamais chegam a conhecer." (Ralph Waldo Emerson - http://www.pensador.info/autor/Ralph_Waldo_Emerson/).

Imagem: O Ponto de InterrogaÃ§Ã£o foi extraÃdo do site da Revista TecnologÃstica (http://www.tecnologistica.com.br/).

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