ESTĂ "TUTTO" ERRADO
Diariamente, somos obrigados a ficar enojados com a corrupção que corre solta em nosso paĂs, fruto de um sistema governamental arcaico, de uma classe polĂtica viciada, esquematizada, onde todo mundo se dĂĄ bem. Pior do que isso Ă© vivermos num paĂs de um povo pacĂfico e, infelizmente, ignorante demais que ainda se ilude com o populismo barato praticado por Lulas e Garotinhos. Essa passividade ignorante Ă© uma caracterĂstica de todos nĂłs. Ă a herança social de um povo que praticamente nunca viveu guerras, raras catĂĄstrofes, que nĂŁo experimentou o exercĂcio da solidariedade e da sobrevivĂȘncia, apesar de ser um povo solidĂĄrio e sobrevivente a tantos desmandos e descasos de quem deveria representĂĄ-los e protegĂȘ-los. seremos um paĂs roubado por estas fantĂĄsticas quadrilhas que envolvem membros de todas as esferas da sociedade civil, militar e governamental. Ă a era do âbusinessâ, onde o negĂłcio prevalece ante a filosofia e,muitas vezes, atĂ© mesmo ante Ă©tica. NĂŁo podemos ficar passivos Ă s coisas que acontecem em volta de nĂłs. Temos que mudar e a mudança tem que se dar pela percepção da importĂąncia da nossa participação nos mĂnimos movimentos do nosso dia-a-dia. NĂŁo podemos ficar isentos aos efeitos do que nos cerca. Se nĂŁo existe motivação pela eleição de um DA, o que se esperar do critĂ©rio de escolha de um deputado, senador, governado, presidente da repĂșblica.
Ă necessĂĄrio uma reflexĂŁo sobre a influĂȘncia do ambiente externo na nossa qualidade de vida. E nesse contexto participar da eleição de um DA Ă© um exercĂcio pleno da escolha de quem nos representarĂĄ enquanto alunos. TĂŁo importante quanto serĂĄ a eleição presidencial para nĂłs enquanto cidadĂŁos.
Temos um DA eleito pela falta da nossa participação e não pela nossa escolha. Nos tiraram esse direito e nós não falamos nada. O reflexo desse desinteresse em participar é o mesmo que vemos no momento da escolha de nossos representantes maiores. Temos representantes ruins porque não nos interessamos realmente em fazer a escolha com mais critério.
Enquanto isso, em todos os nĂveis sociais e associativos acontecem decisĂ”es das quais ninguĂ©m fica sabendo, do dia para a noite, se aproveitando da passividade ignorante de todos nĂłs. Reescrevem as leis. Modificam as regras. Fazem um novo estatuto. O discurso estimula a acreditar que estĂĄ âtutto certo. Mas estĂĄ âtuttoâ errado. E estĂĄ em
nossas mĂŁos o jeito de rearranjar isso tudo.