FNH. SER OU NĂO SER, EIS A QUESTĂO!
Depois das férias, do carnaval e do recesso de carnaval, o semestre estå começando pra valer.
As primeiras duas semanas de aulas foram sĂł um âaperitivoâ do que vem pela frente. Basta pegar o calendĂĄrio letivo pra ver que, daqui pra frente, os feriados sĂŁo poucos e os compromissos com a faculdade sĂŁo muitos.
A FNH continua sem um DA decente, continua tendo uma empresa jĂșnior carente de pai e mĂŁe e, enquanto instituição, continua nĂŁo sabendo como se comunicar com os seus alunos.
Falha de quem? Do marketing? Da comunicação? Talvez de ambos, mas falha muito mais da falta de uma diretriz para esta årea, simplesmente porque essa diretriz não existe.
Mas, esta falha nĂŁo se reflete apenas nos alunos.
Quando conversamos reservadamente com funcionĂĄrios e professores percebemos claramente que a FNH nĂŁo tem uma polĂtica de comunicação com as pessoas sem ser atravĂ©s de uma visĂŁo acadĂȘmica, curiosamente, ignorando ensinamentos o que a prĂłpria academia nos dĂĄ nas ĂĄreas de gestĂŁo de marketing e gestĂŁo de pessoas.
Hello! A FNH não é a UFMG. E nem vai ser. Nunca. Por mais que alguém possa querer insistir nesse rumo.
NĂŁo dĂĄ pra construir uma instituição privada, moderna, contemporĂąnea, com uma visĂŁo de gestĂŁo pĂșblica.
Aluno de instituição privada pouco estĂĄ se importando com Ăcones acadĂȘmicos. Ele quer Ă© perceber no professor uma pessoa com visĂŁo de mercado, que contribua para que ele se torne um profissional em condiçÔes de implementar uma carreira de sucesso, independentemente dos prĂȘmios que este professor possa ter recebido na sua vida acadĂȘmica.
Em universidade pĂșblica faltam vagas para os alunos. Em universidade privada faltam alunos para as vagas. Eles sĂŁo disputados a tapa. Mas nĂŁo Ă© sĂł o aluno que estĂĄ escolhendo uma faculdade para estudar. Ela investe em conquistar permanentemente o aluno que jĂĄ freqĂŒenta seus corredores e salas de aula.
Quando um filho nasce, os pais se enchem de expectativas e planos para os seus filhos, assim como os empresĂĄrios fazem com suas empresas. Mas isso nĂŁo Ă© garantia de que estas expectativas e planos se concretizarĂŁo. NĂŁo dependem apenas de estarem certos ou errados, mas sim de estarem atualizados com a realidade que o mundo e o mercado apresentam.
Por isso tudo, a FNH tem que ser a promotora de um novo ambiente de comunicação com sua comunidade, investindo nos seus funcionĂĄrios, no corpo docente, nos seus alunos, com instrumentos cuja eficĂĄcia seja maior do que, por exemplo, um jornal institucional, trimestral, com uma estrutura que pouco desperta o interesse dos alunos. Experimentem fazer uma enquete para saber quantos alunos e professores realmente lĂȘem esse jornal e, quem lĂȘ, que conteĂșdo assimilou da Ășltima edição.
Precisamos de um DA de verdade (leia a Carta ao DA, na Coluna do Canalha), de uma empresa jĂșnior que sobreviva a orfandade, de convĂȘnios com empresas que visem geração de estĂĄgios, de empregos, e nĂŁo apenas convĂȘnios para captar alunos atravĂ©s de programas de desconto. E isso tambĂ©m nĂŁo acontece por falta de diretriz para o setor.
Ainda nĂŁo dĂĄ para sentir com precisĂŁo, mas parece que as mudanças na estrutura acadĂȘmica começam a dar sinal de vida, principalmente no que diz respeito ao ambiente no setor, bem menos carregado de estrelismos.
Assim, depois das férias, do carnaval e do recesso de carnaval, o semestre estå começando pra valer. Que todos juntos façamos, então, que ele valha a pena.