FM - Faculdade Mental

EDITORIAL - 27/06/2006

FIM DE FESTA. FIM DE SEMESTRE.

Se, por si sÃ³, o ambiente de fim de semestre jÃ¡ gera em todo mundo um clima de fim de festa, a eliminaÃ§Ã£o do Brasil na copa do mundo amplia essa sensaÃ§Ã£o em todos.
Todos nÃ³s esperÃ¡vamos o Brasil pelo menos na final do torneio, mas...
O que tiramos de prÃ¡tico dessa situaÃ§Ã£o? Bem, vÃ¡rias coisas.
Em primeiro lugar, temos que aprender a fazer uma avaliaÃ§Ã£o menos apaixonada das coisas. A visÃ£o apaixonada causa uma cegueira improdutiva, quando as expectativas em cima de um objetivo se tornam mais fortes que as evidÃªncias de que ele pode ou nÃ£o ser alcanÃ§ado.
Em tudo na vida Ã© preciso comando e quem comanda nÃ£o pode se deixar levar pela confianÃ§a cega de que as qualidades individuais de uma equipe suplantam a necessidade de se trabalhar em equipe. Um comandante tem a obrigaÃ§Ã£o de antever as situaÃ§Ãµes e preparar caminhos para atravessar cada possÃvel cenÃ¡rio projetado e nÃ£o se deixar influenciar.
Uma simples anÃ¡lise Swot mostraria que a seleÃ§Ã£o brasileira tem indiscutÃveis valores individuais como pontos fortes, mas que tem a falta de coletividade como pontos fracos. As ameaÃ§as ficariam por conta da qualidade e experiÃªncia de cada adversÃ¡rio, somados ao regulamento do torneio. Como oportunidades, poderÃamos capitalizar os pontos fracos de nossos adversÃ¡rios, usando para isso a capacidade potencial de cada setor de nosso selecionado. SerÃamos imbatÃveis.
Motivar jogadores com currÃculos tÃ£o vencedores era outra tarefa importante. Muitas empresas caem em declÃnio ao nÃ£o ter a capacidade de se motivar quando estÃ£o no auge. E muitos profissionais fazem da mesma forma.
Temos que compreender que o â€œaugeâ€ Ã© um limite que todos querem atingir. Vencer o Brasil em uma copa do mundo Ã©, para muitos times, o equivalente a ganhar a copa. Para outros, os que se preparam para esse objetivo, vencer o Brasil Ã© eliminar, talvez, o mais importante obstÃ¡culo para se chegar ao tÃtulo, ou pelo menos disputÃ¡-lo.
Nossos concorrentes, profissionais ou empresas, estÃ£o de olho em nossas falhas, em nossas fraquezas, assim como quem nos comanda.
Nossas vidas sÃ£o feitas de objetivos de curto, mÃ©dio e longo prazo, assim como nossas carreiras e as vidas de nossas empresas.
Muitos que nos lÃªem agora terÃ£o completado sua jornada na faculdade. Outros ficam pelo caminho presos a uma matÃ©ria (ou mais) por nÃ£o terem dado a mesma a importÃ¢ncia devida.
Os que seguem ainda no caminho de concluir seu curso tem a oportunidade de reavaliar se estÃ£o dando Ã cada matÃ©ria a importÃ¢ncia devida, pensando, inclusive, no que a falta de domÃnio sobre esse assunto pode interferir na hora de absorver um novo conteÃºdo. NÃ£o dÃ¡ pra treinar o ataque sem saber como vai se comportar o meio campo e a defesa. HÃ¡ que se preparar cada setor e de preparar a forma como eles vÃ£o atuar em conjunto.
Quanto ao Senhor Parreira, ser burro Ã© uma realidade. Mas ninguÃ©m estÃ¡ livre de estar sob o comando de um â€œParreiraâ€ na vida. E, pra esses casos, a motivaÃ§Ã£o tem que vir de dentro, da capacidade que cada um tem de fazer o seu melhor.
Neste semestre, a FNH cometeu um erro estratÃ©gico ao â€œpatrocinarâ€ um D.A. sem a devida representatividade, tal qual a Nike fez ao influenciar na escalaÃ§Ã£o do Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos e Emerson, jogadores sem a condiÃ§Ã£o e sem a motivaÃ§Ã£o necessÃ¡ria para levar Ã frente o objetivo maior. Dar satisfaÃ§Ã£o ao patrocinador sem levar em conta a necessidade do coletivo gera desinteresse e apatia. E aÃ, ninguÃ©m chuta no gol, dure quanto tempo o jogo durar.
NÃ£o existe mais adversÃ¡rio fÃ¡cil. NÃ£o existe mais adversÃ¡rio bobo. Muitas vezes o verdadeiro inimigo estÃ¡ sentado no banco de reservas, ou comandando, ou querendo o seu lugar.
Desejamos boas fÃ©rias a todos. Em agosto estaremos de volta com algumas novidades e sempre com informaÃ§Ã£o de qualidade para todos.

AtÃ© agosto.