"DEMOCRASSIA"
"Nosso grande medo nĂŁo Ă© que sejamos incapazes. Nosso maior medo Ă© que sejamos poderosos alĂ©m da conta. Ă nossa luz, nĂŁo nossa escuridĂŁo, o que nos amedronta", disse Nelson Mandela, em seu discurso de posse como presidente da Ăfrica do Sul, em 1994.
Estamos sendo acusados de sabotar o processo eleitoral do D.A. na FNH. Nos acusam de falta de colaboração e de "ciĂșmes" por nĂŁo termos promovido essa eleição, alĂ©m da tentativa de implosĂŁo do processo, bem como de nĂŁo termos conversado com as pessoas que fazem parte da chapa Ășnica e de nĂŁo sabermos quais sĂŁo as propostas dos atuais representantes de mais de 1600 alunos, atravĂ©s de meros 21 votos registrados na ata de eleição no dia 17/04/2006.
A maioria dos professores nos ensina a nunca desistir diante de obstĂĄculos. Que nĂŁo existe problema irreversĂvel quando se quer e se tem a humildade para enfrentĂĄ-lo. Mas o fato Ă© que apĂłs revelarmos a forma â nada democrĂĄtica - como foi realizado esse pleito acadĂȘmico, agora somos "os
culpados" e tratados como responsĂĄveis pelas explicaçÔes e respostas, ou seja, culpados por promover a discĂłrdia e criar problemas que nĂŁo existem. Como diz aquela mĂșsica do "Engenheiros do HawaĂ": "Somos suspeitos de um
crime perfeito, mas crimes perfeitos nĂŁo deixam suspeitos".
Com toda razĂŁo, a FNH nĂŁo deve explicaçÔes ao paralelo FM, pois Ă© uma instituição de ensino que tem como "alicerce" os nomes de seus conceituados diretores e de muitos professores, com diversos tĂtulos de Mestres e
Doutores, inclusive com formação no exterior. Uma vasta experiĂȘncia nĂŁo apenas na docĂȘncia, mas tambĂ©m no campo administrativo de instituiçÔes como, por exemplo, a Universidade Federal de Minas Gerais.
Certamente, nĂŁo foi apenas o nome da FNH, o grande angariador de alunos, mas, principalmente, os nomes de seu corpo dirigente, cuja lisura e respaldo na vida acadĂȘmica fornece a garantia necessĂĄria para se crer no potencial da instituição em formar administradores, contabilistas e advogados que possam fazer diferença no mercado de trabalho.
O que, definitivamente, se espera Ă© que esse pacto tĂĄcito seja cumprido desde o momento de nossas matrĂculas. NĂŁo aceitamos que a Ă©tica (acadĂȘmica e profissional) transmitida por nossos Mestres seja despejada no lixo ao lidar com o processo eleitoral de um D.A. que, por algum motivo, tornou-se de suma importĂąncia para a FNH.
Com respeito aos membros eleitos do D.A., a garantia de sua legitimidade nĂŁo estĂĄ apenas na forma como o processo eleitoral foi "executado". Ă difĂcil crer que uma chapa formada a "toque de caixa" por alunos dos trĂȘs cursos, dos dois turnos e das duas unidades, possa ter planejado, desenvolvido e fundamentado um projeto de acordo com os anseios de seus futuros associados. A votação foi feita para eleger uma Ășnica chapa, e nĂŁo uma chapa Ășnica por falta de concorrĂȘncia. AlĂ©m do mais, tem participante da chapa que irĂĄ representar os alunos, mesmo tendo vĂnculo empregatĂcio (estĂĄgio no departamento de comunicação) com a FNH.
A culpa Ă© nossa? O fato da maioria absoluta dos alunos e professores nada saber sobre a eleição, foi simplesmente desinteresse em buscar informaçÔes e notĂcias que, segundo consta, foram amplamente divulgadas(?). Nosso papel na
divulgação sobre o que acontece no ambiente da FNH passa a ser nocivo quando fere os interesses (ou necessidades) da instituição? O trabalho voluntårio exercido, até então, é tratado como "briga pelo poder", poder este que sequer almejamos? Nosso papel deve se restringir à publicação de matérias
que contribuam apenas com o bom humor dos alunos e professores? Que os façam rir e não pensar, ou, que até os faça pensar, mas não agir?
Como nos foi dito esta semana, historicamente, alunos de cursos noturnos nĂŁo tĂȘm capacidade de mobilização, aglutinação e interação. Deve ser esta, entĂŁo, a explicação plausĂvel para o processo eleitoral do primeiro D.A. da FNH.
O FM, provavelmente acabarå um dia desses. Em alguns anos poderå ser apenas história, lenda e uma lembrança para poucos. Mas não o D.A. da FNH, pois esse entrarå para a história da instituição. Cada um escreve sua história.
Os Editores.