ĂTIMO? BOM? REGULAR? RUIM? PĂSSIMO?
VocĂȘ se lembra quando aquela professora do primeiro grau exigia que vocĂȘ desenhasse uma flor exatamente igual ao modelo que ela forneceu? E daquelas aulas do ginĂĄsio que vocĂȘ matava tranquilamente pra ir ao shopping, ir pra casa de algum amigo ou simplesmente pra ficar em casa assistindo sessĂŁo da tarde? E das mĂ©dias apertadas que vocĂȘ conseguiu obter pra concluir o segundo grau no maior sufoco? Lembra?
Qual a sua base em matĂ©rias fundamentais como matemĂĄtica, portuguĂȘs, histĂłria, geografia?
Olhando para tudo isso com muito senso crĂtico, como vocĂȘ se avalia como aluno de um curso superior?
O resultado da Ășltima edição do ENADE deixa claro o panorama do ensino universitĂĄrio brasileiro. (O link para conferir o resultado estĂĄ na coluna "Eu Digital").
Tirando algumas universidades estaduais e federais a conclusĂŁo mais Ăłbvia Ă© a de que estamos mal. Bem mal. E a culpa nĂŁo pode ser debitada Ă s instituiçÔes de ensino superior. Estamos mal desde que aquela professora do primeiro grau exigia que vocĂȘ desenhasse uma flor exatamente igual ao modelo que ela forneceu.
A menos que o Brasil invista pesadamente no ensino fundamental e de segundo grau, muitos alunos continuarĂŁo matando aula para ir ao shopping, ir para a casa de amigos, ficarem em casa assistindo sessĂŁo da tarde e concluindo o segundo grau de forma melancĂłlica.
Conforme matĂ©ria publicada pela Folha de SĂŁo Paulo (que reproduzimos na Ăntegra na coluna Formandos & Formados) o resultado do ENAD nĂŁo reflete com a devida exatidĂŁo a qualidade das instituiçÔes de ensino do paĂs, uma vez que ele âfoi concebido para comparar cursos, nĂŁo para avaliar conteĂșdosâ.
Dessa forma, a nota tirada pela instituição em que vocĂȘ estuda (a avaliação vai de 1 a 5) nĂŁo reflete a qualidade dela, mas, sim, em que patamar ela estĂĄ em relação aos cursos similares em outras instituiçÔes.
Portanto, nĂŁo fique desesperado e nem saia falando bobagem por aĂ se sua faculdade foi mal avaliada, pois no fim das contas essa avaliação pode demonstrar apenas que aquela professora do primĂĄrio deveria ter dado a vocĂȘ toda liberdade na hora de desenhar sua prĂłpria flor e que as escolas onde vocĂȘ estudou (assim como seus professores) deveriam ter se preocupado mais quando vocĂȘ faltava tanto Ă aula.
Se tudo isso tivesse acontecido vocĂȘ teria se formado com mais tranqĂŒilidade no segundo grau. AĂ sim o resultado do ENADE poderia apontar com certeza a qualidade da instituição de ensino que vocĂȘ estuda.
Nada disso ameniza, tambĂ©m, que as instituiçÔes de ensino tenham que melhorar muitas coisas. Como a nossa, por exemplo. Mas ninguĂ©m aqui deve fazer um julgamento mais severo da FNH, ou de qualquer outra faculdade, sem antes olhar para o prĂłprio rabo e ser sincero ao avaliar se chegou atĂ© aqui com a base mĂnima necessĂĄria para ser um aluno excelente.
Mais do que a qualidade de ensino, o nome e o conceito de uma instituição de ensino Ă© feito atravĂ©s dos profissionais que ela forma e coloca no mercado, dentre os quais estamos nĂłs todos. Ou seja, quem âcoloca o carimbo de qualidadeâ no seu diploma Ă© vocĂȘ mesmo, sendo um bom aluno e um bom profissional.
Da parte da instituição, encher as salas de mestres e doutores (e encher de alunos alĂ©m da capacidade normal de qualquer sala) nĂŁo Ă© garantia de nada se a mesma insistir na manutenção de uma gestĂŁo centralizadora, egocĂȘntrica, intervencionista, que pouco contribui para sua evolução. Antes de tudo Ă© preciso tratar a docĂȘncia e a discĂȘncia com mais decĂȘncia.
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