FM - Faculdade Mental

EU DIGITAL - 02/02/2012

ROBOMANIA BICENTENÃRIA

AUTÃ”MATO DE 200 ANOS

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http://www.nytimes.com/2011/12/27/science/maillardet-automaton-inspired-martin-scorseses-film-hugo.html?pagewanted=all
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AutÃ´mato construÃdo hÃ¡ 200 anos escreve poemas e desenha...
O que faz um autÃ´mato se movimentar? Para um que estÃ¡ em exposiÃ§Ã£o no Instituto Franklin, a resposta Ã©: um par de volumosos motores a corda. O autÃ´mato, um boneco mecÃ¢nico construÃdo hÃ¡ mais de dois sÃ©culos pelo relojoeiro suÃÃ§o Henri Maillardet, utiliza a forÃ§a dos motores de corda, transferida por ligaÃ§Ãµes em seu braÃ§o direito, para escrever e desenhar.
PorÃ©m, o que faz o autÃ´mato de 60 cm de Maillardet parecer mais do que uma mÃ¡quina Ã© o que estÃ¡ entre os motores e o braÃ§o. Um conjunto de cames rotativos de latÃ£o controla os movimentos do braÃ§o com precisÃ£o. Enquanto alavancas de aÃ§o acompanham o relevo das bordas dos discos rotativos, o braÃ§o se move suavemente ao longo de trÃªs eixos - de um lado a outro, para frente e para trÃ¡s, para cima e para baixo.
Basicamente, os discos funcionam exclusivamente como a sua memÃ³ria de leitura, dando ao autÃ´mato um repertÃ³rio de trÃªs poemas - dois em francÃªs e um em inglÃªs - e quatro desenhos, incluindo um de um templo chinÃªs.
"O que ele faz Ã© incrÃvel", disse Charles F. Penniman, um funcionÃ¡rio aposentado do museu que cuida do autÃ´mato com toda delicadeza. "Mas o fato de ainda fazÃª-lo depois de 200 anos Ã© realmente incrÃvel".
O autÃ´mato de Maillardet nem sempre esteve assim - ao longo de dois sÃ©culos, ele jÃ¡ passou por tantos altos e baixos quando as ondulaÃ§Ãµes de seus cames. Ele foi exposto por toda a Europa durante quatro ou cinco dÃ©cadas; talvez tenha sido levado aos Estados Unidos pelo produtor de espetÃ¡culos do sÃ©culo XIX P.T. Barnum; e foi danificado em um incÃªndio (talvez no museu de Barnum, na FiladÃ©lfia) antes de ser doado por uma famÃlia local ao Instituto Franklin em 1928. Ao longo dos anos, ele jÃ¡ foi vestido de menino (certo) e mulher (errado) e inspecionado, ajustado, modificado e consertado, Ã s vezes de maneira deficiente.
Contudo, esta Ã© uma Ã©poca de grandes emoÃ§Ãµes para a mÃ¡quina, e para outras que, como ela, derivaram da fabricaÃ§Ã£o de relÃ³gios europeia: o autÃ´mato faz um papel coadjuvante fundamental em um recente filme de Martin Scorsese, A InvenÃ§Ã£o de Hugo Cabret, e no romance ilustrado de 2007 homÃ´nimo de Brian Selznick, no qual o filme se baseia.
Selznick foi inspirado, em grande parte, pela mÃ¡quina que estÃ¡ no Instituto Franklin. Enquanto trabalhava no livro, ele soube que Georges MÃ©liÃ¨s, um cineasta francÃªs que tem um papel central na histÃ³ria, tivera uma coleÃ§Ã£o de autÃ´matos que mais tarde foi jogada fora. Selznick sabia pouco sobre as mÃ¡quinas. Uma pesquisa na internet mostrou referÃªncias ao autÃ´mato do Instituto Franklin.
"Quando telefonei, fui informado de que ele tinha quebrado muitos anos atrÃ¡s", disse ele em uma entrevista. "E que estava no porÃ£o, fora de exposiÃ§Ã£o." Quando Selznick visitou o Instituto, o autÃ´mato de Maillardet estava sem cabeÃ§a e nÃ£o tinha como escrever e nem desenhar. Mas Penniman conseguiu dar corda na mÃ¡quina e mostrar como as coisas funcionavam, e como as engrenagens e cames operavam. "DÃ¡ a impressÃ£o de que Charles tem uma amizade muito Ãntima com o autÃ´mato", disse Selznick.
Selznick tambÃ©m foi fundamental para o conserto da mÃ¡quina, feito por Andrew Baron, designer de livros pop-up e restaurador de mecanismos antigos que vive em Santa FÃ©, Novo MÃ©xico. Baron veio ao museu por vÃ¡rias semanas em 2007 e comeÃ§ou a trabalhar, com a ajuda das fotos tiradas por Penniman. "Em uma das fotos, Charlie escreveu 'PossÃvel impacto no ombro'", ele lembrou. "Quando o operei pela primeira vez, ele emperrou - e foi no ombro."
Ele desmontou alguns elementos do mecanismo, substituiu uma peÃ§a essencial, inserindo uma nova, produzida pelo mecÃ¢nico do museu, lubrificou e ajustou as restantes. O autÃ´mato, que fica sentado, sem roupas, em um mostrador de vidro como parte da exposiÃ§Ã£o permanente "MÃ¡quinas IncrÃveis" do museu, agora estÃ¡ funcionando, apesar de raramente ser ligado frente ao pÃºblico.
Quando o autÃ´mato Ã© operado, Penniman e os funcionÃ¡rios do museu o tratam com toda cautela, usando um pedaÃ§o de alumÃnio para preparar delicadamente a mÃ£o e a caneta (nÃ£o se sabe qual o instrumento original de escrita; ele se perdeu muito tempo atrÃ¡s) na posiÃ§Ã£o apropriada sobre uma pequena folha de papel.
Assim que Ã© dada a corda e a mÃ¡quina Ã© ligada, ela entra em aÃ§Ã£o, produzindo um desenho ou poema em cerca de trÃªs minutos. Cada um deles exige mÃºltiplos cames, e podem ocorrer problemas quando a mÃ¡quina precisa mover todo o conjunto, a apenas 0,3 mm, para mudar os cames. Se tudo correr muito bem, ela comeÃ§a automaticamente a fazer outro desenho ou poema logo apÃ³s terminar o primeiro.
AutÃ´matos desse tipo eram exibidos pelos fabricantes de relÃ³gios finos como forma de fazer propaganda e relaÃ§Ãµes pÃºblicas de seus produtos, disse Jeremie Ryder, conservador da ColeÃ§Ã£o Murtogh D. Guinness de autÃ´matos e instrumentos musicais mecÃ¢nicos do Museu Morris, em Morristown, Nova Jersey. O pÃºblico do inÃcio do sÃ©culo XIX ficava impressionado com o realismo dos movimentos dos bonecos.
NinguÃ©m sabe exatamente como eles foram feitos - era comum haver segredos comerciais na Ã©poca - mas a precisÃ£o dessa mÃ¡quina Ã© notÃ¡vel. "As peÃ§as que datam daquele perÃodo eram o auge da complexidade", disse Ryder. "Uma quantidade extrema de trabalho manual era dedicada a elas."
"Ã‰ difÃcil conseguir um gesto realista, bastante fluido, a partir de um simples movimento de braÃ§o ou mÃ£o, sem que ele seja brusco", acrescentou. "Nesse caso, eles o faziam de modo brilhante."
Penniman disse que compreendeu quÃ£o extraordinÃ¡ria era a mÃ¡quina quando estudou os movimentos programados nos cames. "Eu disse: 'Ã‰ geometria - eixo x, y e z'", lembrou ele. PorÃ©m, percebeu entÃ£o que nÃ£o era algo tÃ£o simples: "Se Maillardet quisesse que o autÃ´mato desenhasse uma linha diagonal reta, por exemplo, ele teria que programar os cames para mover o braÃ§o para trÃ¡s enquanto ele estava se movendo para os lados - caso contrÃ¡rio, o boneco desenharia um arco."
"Como resolver isso?", disse Penniman. "Sim, vocÃª pode ser um relojoeiro e sim, vocÃª pode ter experiÃªncia. Mas isso Ã© muito mais complicado." O que chamou mais ainda a atenÃ§Ã£o de Baron, o restaurador do Novo MÃ©xico, foram os movimentos da cabeÃ§a e olhos, que sÃ£o controlados por dois cames mais simples.
"Maillardet podia ter deixado a cabeÃ§a em uma posiÃ§Ã£o fixa, os olhos em uma posiÃ§Ã£o fixa", ele disse. Em vez disso, quando o autÃ´mato para de escrever rapidamente enquanto o conjunto de cames muda, a cabeÃ§a se levanta, os olhos se voltam para cima por alguns poucos segundos e entÃ£o para baixo, quando a mÃ£o comeÃ§a a se mover de novo.
"Nesse momento, a impressÃ£o que a plateia tem Ã© de que ele estÃ¡ pensando na prÃ³xima coisa que irÃ¡ fazer", prosseguiu Baron. "Ã‰ uma arte performÃ¡tica." Maillardet "criou uma ilusÃ£o de vida", afirmou. "Isso, para mim, Ã© a verdadeira mÃ¡gica."
Henry Fountain - Fonte: Tecnologia Terra ( ) - 07/01/12.
Reportagem original em inglÃªs:
http://www.nytimes.com/2011/12/27/science/maillardet-automaton-inspired-martin-scorseses-film-hugo.html?pagewanted=all
Mais detalhes / vÃdeos:
http://www.fi.edu/learn/sci-tech/automaton/automaton.php?cts=instrumentation

BLOG DO EASTMAN
Blog do Eastman: Entrou pixel no meu rolo
Pois Ã©, a Kodak, empresa fundada por mim, faliu. Era uma morte anunciada. Mas a concretizaÃ§Ã£o do fato serviu para simbolizar o fim de uma era e para espalhar pela imprensa uma profusÃ£o de frases de autoajuda empresarial do tipo â€œÃ© preciso nÃ£o se acomodar e apostar sempre na inovaÃ§Ã£oâ€. NÃ£o sem razÃ£o. A cÃ¢mera digital, um dos algozes do filme, foi inventada pela Kodak, mas naquela Ã©poca a maioria dos lucros vinha da venda de produtos quÃmicos utilizados nos filmes e os espertos executivos que estavam no comando ficaram com medo de atentar contra o prÃ³prio patrimÃ´nio.
Juntamente com as pelÃculas vai embora tambÃ©m uma sÃ©rie de vocÃ¡bulos e expressÃµes. Queimar o filme, bem na fita, tenho seu negativo, por exemplo, nÃ£o farÃ£o sentido para as novas geraÃ§Ãµes. Letras de mÃºsica terÃ£o de ser revistas para continuarem a ser apreciadas. O clÃ¡ssico da bossa nova, Desafinado, entre outros, terÃ¡ de modificar seu mais conhecido verso para:
Fotografei vocÃª no meu smartphone
Instagrou-se sua enorme ingratidÃ£o
*Leia conteÃºdo completo em Blogs do AlÃ©m: http://blogsdoalem.com.br/eastman/.
Vitor Knijnik - Blogs do AlÃ©m (http://www.blogsdoalem.com.br/) - Fonte: Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br/) - 01/02/12.

LOCALIZADOR DE ENDEREÃ‡OS
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(ColaboraÃ§Ã£o: Jenny Squaiella - SP)

MEC VAI COMPRAR ATÃ‰ 900 MIL TABLETS PARA DAR A ALUNOS
Sem alarde, o MinistÃ©rio da EducaÃ§Ã£o concluiu na semana passada o primeiro estÃ¡gio de um pregÃ£o eletrÃ´nico para a compra de atÃ© 900 mil computadores do tipo tablet. O objetivo Ã© distribuir os equipamentos para alunos do ensino mÃ©dio e fundamental.
A compra dos tablets serÃ¡ feita por meio do "Um Computador Por Aluno", programa que prevÃª que os governos possam adquirir equipamentos a um custo mais baixo para a rede pÃºblica.
O MEC afirma que o objetivo nÃ£o Ã© comprar os tablets para todos os alunos (estimados em 53 milhÃµes), mas sim "criar pequenos nÃºcleos de aplicaÃ§Ã£o e desenvolvimento da tecnologia, que depois vÃ£o disseminar o conhecimento".
A compra Ã© polÃªmica. Alguns educadores consideram que ela sÃ³ deveria ocorrer apÃ³s elaboraÃ§Ã£o de conteÃºdo pedagÃ³gico especÃfico.
O edital foi lanÃ§ado no dia 28. A sessÃ£o de lances do pregÃ£o eletrÃ´nico comeÃ§ou na segunda da semana passada e foi concluÃda na terÃ§a.
Dezenove empresas apresentaram propostas, mas sÃ³ duas delas estÃ£o tendo suas documentaÃ§Ãµes analisadas: a Digibras e a Positivo, pois deram os lances mais baixos.
Se o MEC ficar com as propostas mais baratas para os quatro lotes, o investimento total serÃ¡ de R$ 330 milhÃµes.
O edital previa a aquisiÃ§Ã£o de dois modelos de configuraÃ§Ãµes dos tablets. Ambos devem ter o sistema operacional Android, mais aberto para diversos tipos de aparelho. O sistema da Apple, por exemplo, sÃ³ pode ser usado no iPad -que, na prÃ¡tica, fica excluÃdo do pregÃ£o.
Breno Costa / Renato Machado - Fonte: Folha de S.Paulo - 31/01/12.
MEC - http://www.mec.gov.br/

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