ROBOMANIA DA INTERAÇÃO
ROBÔ JUSTIN
English:
http://www.pcpro.co.uk/blogs/2009/03/04/robot-servants-in-sight/
Video:
http://www.engadget.com/2009/03/04/video-rollin-justin-and-desire-robots-take-out-trash-follow-c/
CeBIT 2009 - http://www.cebit.de/homepage_e
Robô humanóide Justin serve chá aos passantes da maior feira de tecnologia européia em Hannover, a CeBIT 2009, que apresenta novidades de 4,3 mil exibidores de 69 paÃses.
Fonte: Terra - 02/03/09.
Video:
http://www.engadget.com/2009/03/04/video-rollin-justin-and-desire-robots-take-out-trash-follow-c/
Mais sobre a CeBIT 2009:
http://www.adrenaline.com.br/tecnologia/noticias.html/?bc=22
CeBIT 2009 - http://www.cebit.de/homepage_e
LEGISLAÇÃO ROBÓTICA
Na ficção cientÃfica, já existem, há mais de 60 anos, as famosas leis da robótica, diretrizes criadas pelo escritor russo Isaac Asimov (1920-1992) que ditavam a "ética" dos robôs. Mas o mundo real ainda carece de uma iniciativa parecida. E, para um cientista britânico, já está mais do que na hora de começar a pensar em algo do tipo. Para Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, os robôs, de forma discreta, mas constante, estão deixando de ser elementos importantes apenas em laboratórios e linhas de montagem de fábricas para se tornarem habitantes do nosso cotidiano.
"Desde a virada do século, as vendas de robôs de serviço pessoal e profissional têm crescido e devem atingir um número total de 5,5 milhões em 2008", diz Sharkey. "Esse número, que facilmente supera os cerca de 1 milhão de robôs industriais operacionais no planeta, deve subir para 11,5 milhões até 2011." Entre esses robôs de serviço, muitos já estão sendo usados para ajudar a cuidar de crianças e idosos. "Na área de cuidados pessoais, companhias japonesas e sul-coreanas desenvolveram robôs que monitoram crianças e têm recursos para jogar videogame, conduzir jogos de quiz verbais, reconhecimento de voz, de face e conversação", diz.
Pesquisas sobre o desempenho desses robôs conduzidas nos Estados Unidos e no Japão mostraram que as crianças criam fortes laços com eles - a ponto de preferirem, na maioria dos casos, um robô a um ursinho de pelúcia. E aÃ, conforme essas máquinas ficam cada vez mais sofisticadas, surge um dilema ético: é certo permitir que crianças sejam criadas por robôs? De que maneira isso pode impactar em suas habilidades sociais?
Para Sharkey, o mesmo dilema se apresenta para máquinas destinadas a cuidar de idosos. Por mais eficientes que elas sejam, não seria ruim deixar uma pessoa, ao fim de sua vida, sem o privilégio dos cuidados (e do calor humano) fornecidos por outra pessoa? Na década de 1940, Isaac Asimov já pensou que seria preciso criar um código de ética - embutido na programação dos robôs - para evitar que fossem mal utilizados. As três leis da robótica, que ele descreveu pela primeira vez num conto de ficção cientÃfica publicado em 1942, são as seguintes:
• Primeira Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano seja ferido.
• Segunda Lei: um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando elas conflitam com a Primeira Lei.
• Terceira Lei: um robô precisa proteger sua própria existência, contanto que ela não conflite com a Primeira ou a Segunda leis.
Inteligente e conciso. Mas as leis da ficção não têm como dar conta do recado no mundo real, diante de dilemas que já aparecem hoje na sociedade. Por isso, Sharkey defende que seja iniciado, o mais rápido possÃvel, um debate para definir os limites para as aplicações robóticas, quando as fronteiras da ética parecem mais tênues. Em uma livre interpretação jornalÃstica, podemos dizer que seu artigo se resume em duas "novas" leis da robótica:
• Primeira Lei: um robô não pode cumprir ordens que acarretem em potenciais malefÃcios psicológicos para algum ser humano.
• Segunda Lei: em caso de combate, um robô não pode decidir por si só que humanos devem ser atacados.
Seu argumento foi apresentado em artigo publicado em dezembro passado pela revista cientÃfica americana "Science".
Soldados droides
Além de apontar os problemas potenciais com robôs de serviço pessoal, Sharkey também destaca uma outra classe de máquinas que enfrenta sérios dilemas de ordem ética: os robôs de guerra. Os EUA, por exemplo, estão fazendo vultosos investimentos para o desenvolvimento de robôs capazes de executar tarefas de forma completamente autônoma em cenários de conflito.
Mas os desafios de inteligência artificial envolvidos são grandes demais para qualquer máquina criada até hoje. "Os problemas éticos emergem porque nenhum sistema computacional pode discriminar entre combatentes e inocentes num encontro próximo", argumenta. Além disso, o robô também teria de ser capaz de discriminar sobre o uso ou não de força letal num ataque.
Hoje, por mais que os exércitos possuam mÃsseis "inteligentes", o alvo original e a força usada são definidos por um humano. Colocar isso na mão de máquinas exigirá que elas tenham uma percepção cognitiva muito mais apurada do que elas possuem atualmente. Mas isso não impede os militares de seguir desenvolvendo robôs com esses fins - e daà surge a necessidade do debate. "Robôs para cuidados e para guerra representam apenas duas de muitas áreas eticamente problemáticas que logo aparecerão, com o rápido crescimento e a disseminação diversificada de aplicações robóticas", diz Sharkey. "Cientistas e engenheiros que trabalham em robótica devem pensar sobre os potenciais perigos de seu trabalho, e a discussão pública e internacional é vital para estabelecer diretrizes polÃticas para aplicação segura e ética, antes que as diretrizes surjam sozinhas."
Salvador Nogueira - Fonte: Galileu - Número 211.
ACERVO DIGITAL VEJA
O Acervo Digital ficou ainda mais atraente com a inclusão de todas as edições especiais e extras produzidas pela redação de VEJA. São 64 revistas, desde 1972. Temas que, por sua importância ou urgência em chegar à s mãos dos leitores, foram merecedores de um trabalho diferenciado. Foi o caso da edição extra sobre a morte do piloto Ayrton Senna, em 1994, que os leitores receberam apenas um dia depois do acidente. Edições que trataram do tetra e do pentacampeonato, dos avanços tecnológicos e das mudanças de comportamento na sociedade moderna são destaques agora disponÃveis a todos os leitores. Em http://www.veja.com.br/acervo.
Ficou ainda mais fácil realizar uma pesquisa nas mais de 2 000 edições de VEJA disponÃveis no Acervo Digital. O recurso de Busca Avançada permite refinar o levantamento por palavras-chave, frases ou pelo nome do autor mais o tema da reportagem.
Fonte: Veja - Edição 2102.
PASSEIO VIRTUAL POR MADRID
CENTRO DE ARTE DOS DE MAYO - http://www.madrid.org/centrodeartedosdemayo/
PASEO DEL ARTE - O passeio triangular tem, em cada vértice, um museu. Bem perto um do outro, estão o Prado (http://www.museodelprado.es/) e o Thyssen-Bornemisza (http://www.museothyssen.org/thyssen/). Ao sul fica o Reina SofÃa (http://www.museoreinasofia.es/museoreinasofia/live/index.html). Fica bem perto do CaixaForum.
PALÃCIO REAL - http://www.patrimonionacional.es/
SANTIAGO BERNABEU - http://www.realmadrid.com/cs/Satellite/es/Home
COMPRAS EM CHUECA E MALASAÑA - http://www.turismomadrid.es/COMU/DOCU/documento/rutaCompras_ESPA.pdf
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/03/09.
"TETRO" - NOVO FILME DE COPPOLA NA WEB
"Tetro", o próximo filme de Francis Ford Coppola, ganhou um site oficial já cheio de novidades (http://www.tetro.com/). A principal delas é um vÃdeo em que o próprio Coppola se filma para apresentar o projeto.
O diretor comenta que "Tetro" é seu primeiro roteiro original desde "A Conversação" e diz que muita coisa que está no texto sobre rivalidade de irmãos é inspirada em histórias da sua infância, mas com um pouco de ficção.
Além do vÃdeo, as primeiras fotos do filme também saÃram - o fato de estarem em preto e branco não significa que o filme também o seja.
Lupa - Fonte: O Tempo - 01/03/09.
ARTES PLÃSTICAS E MÚSICA ONLINE
A internet oferece artes plásticas e música de graça. De todos os incontáveis sites, para as artes plásticas não hesito em afirmar que o mais formidável é a Web Gallery of Art (http://www.wga.hu/), organizado por universitários húngaros: um banco de quase 30 mil reproduções de alta qualidade, acompanhadas por comentários sucintos, mas precisos e plenamente confiáveis. No caso da música, o quinto canal da Filodiffusione (http://www.radio.rai.it/filodiffusione/) é formidável, com uma programação exclusivamente musical, sem comentários, imbatÃvel pelas escolhas que são certamente feitas por uma equipe muito sofisticada de especialistas.
Jorge Coli - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
MODA ON-LINE
No site http://www.tamconexaomoda.com.br/, os visitantes estarão em contato com grandes áreas de conteúdo e destinos fashion, além de calendário de eventos, dicas e matérias do mundo da moda.
Fonte: Tam nas Nuvens - Número 14 - Fevereiro 2009.
SITES BÃSICOS
http://www.imdb.com/ - O site tem tudo sobre cinema, desde a invenção do cinematógrafo ao Oscar deste ano: filmes, atores, técnicos, diretores e mais.
http://www.economist.com/ - Revista muito bem escrita, deixa clara sua opinião e apresenta fatos objetivos e análises procedentes.
http://www.kiosco.net/ - O site tem jornais do mundo todo. Ver sempre "El PaÃs" e "The New York Times", ambos com informação de qualidade e articulistas brilhantes.
Artes Visuais
Em sites como Frieze (http://www.frieze.com/), Artforum (http://artforum.com/), Canal Contemporâneo (http://www.canalcontemporaneo.art.br/), Trópico (http://www.uol.com.br/tropico), Fórum Permanente (http://www.forumpermanente.org/), e-flux (http://www.e-flux.com/), Akimbo (http://www.akimbo.biz/), Europeana (http://www.europeana.eu/portal/) e The European Library (http://search.theeuropeanlibrary.org/portal/pt/index.html) pode-se ver e ler de tudo.
Ivo Mesquita é curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
SUPEROLHARES TECNOLÓGICOS
http://news.google.com.br/ - É a página de entrada do meu navegador Firefox, e volto a ela de hora em hora, acompanhando uma seleção de manchetes nacionais e internacionais, e culturais, conforme vão acontecendo. É superficial e, à s vezes, vem com fatos irrelevantes (tipo um "serial killer" em Aracaju), mas em geral contém as notÃcias que estarão nos jornais do dia seguinte. Obrigatório e grátis.
http://www.nytimes.com/- Um site nada careta, e incontornável, cheio de matérias interativas e multimÃdia. As seções de arte, ciência e tecnologia (são) fornecem alimento para conversas em festas sem fim. Quando morre um grande nome, o "Times" libera todos os artigos que publicou sobre o assunto ao longo dos anos, durante uma semana, incluindo vÃdeos e resenhas. O mundo todo o copia. Às vezes, é (pode ser) substituÃdo pelo "The Washington Post" ou o "Los Angeles Times" (que tem grandes fotógrafos) no meu café da manhã, em que sempre um deles está presente. Grátis.
http://www.alternet.org/ - A esquerda será fashion em 2009. Alternet reúne jornalistas independentes em artigos, fora da grande imprensa americana. Li recentemente uma reportagem sobre a favela de Mumbai onde se passa "Quem Quer Ser um Milionário?" [Oscar de melhor filme], do diretor inglês Danny Boyle, naturalmente desancando o adorável filme.
http://www.google.com/intl/en/landing/prado/ - O que pode oferecer o Museu do Prado a você que não tem dinheiro para ir a Madri? Algo muito melhor. Viajar (virtualmente) dentro de 14 obras-primas. Por meio do (programa de computador) Google Earth, você parte do planeta Terra e penetra no museu. Atravessando diversas salas, você mergulha no interior de um quadro, por exemplo "O Jardim das DelÃcias" de [Hieronymus] Bosch, e chega a nÃveis de detalhes nunca experimentados por um ser humano. A pintura se torna hiper-real, em reproduções de 14 milhões de pixels. A cada aproximação, a tela do seu computador se torna um quadro diferente, que você pode capturar, e cada personagem, visto nos livros como um pequeno ponto na multidão de figuras, adquire agora uma presença assustadora, dominando um espaço próprio. Macrocosmos e microcosmos se integram de forma nova, graças à tecnologia. A ideia de um visitante de museu explodiu em favor de um operador de olhares.
http://www.artdaily.org/index.asp - Todas as exposições do mundo diariamente chegam nessa newsletter, com um resumo e uma foto. O interessante é perceber a variedade de ofertas. Todas as exposições que estamos perdendo e não vamos ver nunca.
http://www.ubu.com/ - Nostalgia vanguardista em tempos de arte pós-contemporânea. Começou como um site de poesia experimental, hoje é um repositório gigante de recursos sobre arte sonora, performances, escrita conceitual, etnopoética, filmes e vÃdeos. Demanda semanas para ser explorado conscientemente.
http://www.sensesofcinema.com/ - Artigos sobre cinema e diretores, filmografias, análises, algumas muito detalhadas. De origem australiana, é o cinema no sentido universal. Tem edições regulares, com uma revista e um banco de dados. Eles veem para você os filmes que você não vai ver nunca -ou melhor, que você não precisa perder tempo assistindo.
http://realitystudio.org/ - Neste ano, em que se comemoram 50 anos de "Almoço Nu", de William Burroughs, nada melhor que viver numa comunidade burroughsiana como esse estúdio de realidade, dedicado a explorações de sua obra. Afinal, "Almoço Nu" quer dizer isso: a realidade nua na ponta do garfo.
http://www.rhizome.org/ - Site dedicado às relações entre arte e tecnologia, com pensamentos de ponta e obras de "net.arte" divertidas e engenhosas que podem ocupar a mente durante todo um fim de semana de chuva em casa.
Arthur Omar é cineasta, fotógrafo e artista plástico - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
MUSEU PABLO NERUDA
Casa no Chile onde viveu o poeta preserva seus objetos pessoais.
http://www.neruda.cl/
Fonte: Aventuras na História - Número 67.
NA REDE - MIB - MÚSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA
Mesmo sendo considerada uma das mais criativas e diversificadas do mundo, comparável apenas à música cubana ou ao jazz norte-americano, a música instrumental brasileira não é incentivada como merece pela indústria do disco, que nas últimas décadas optou por investir apenas em vertentes de consumo fácil.
"Ainda temos de aguentar, de vez em quando, um desses chefões de gravadora dizer que a culpa é da falta de criatividade dos músicos", rebate a pesquisadora Maria Luiza Kfouri, 55, que desenvolveu com Fernando Ximenes o site Músicos do Brasil: Uma Enciclopédia Instrumental (http://www.musicosdobrasil.com.br/inicio.jsf), na rede desde fevereiro.
O perfil enciclopédico não impediu que o projeto, patrocinado pela Petrobras, fosse desde o inÃcio pensado para a internet. "SabÃamos que um projeto desta magnitude não estaria "pronto" nunca e, por isso, a internet seria seu meio ideal, para que possamos acrescentar aquilo que vai, sempre, estar faltando", diz a pesquisadora.
O site já reúne cerca de 700 verbetes com muitos dos principais instrumentistas do paÃs, que traçaram nos palcos e estúdios de gravação a história desta corrente musical: do flautista Pixinguinha (1897-1973) ou do violonista Garoto (1915-1955), chegando a talentos da cena atual, como o bandolinista Hamilton de Holanda e o pianista André Mehmari.
Para iniciar a pesquisa, em meados de 2006, Kfouri e Ximenes criaram uma espécie de recenseamento, um minucioso questionário, enviado por e-mail a centenas de instrumentistas. A pesquisa também colheu dados sobre a formação e o "pensamento" desses músicos, mapeando assim seus mestres, influências e parceiros.
Os critérios para definir quais músicos devem estar representados nos verbetes do site resumem-se a apenas um: só entram os que gravaram ou participaram de gravações de pelo menos um disco exclusivamente instrumental.
"Não há outro critério, nem de estilo, nem de gênero", explica Kfouri. "Tivemos de criar essa regra, um tanto draconiana, pois se não terÃamos de ter outras vidas para poder cobrir todos os instrumentistas brasileiros. São milhares aqueles que acompanham cantores e que nunca participaram de uma gravação instrumental."
As respostas vieram em grande volume, mas músicos pouco afeitos ao e-mail, como o flautista Altamiro Carrilho ou o pianista Amilton Godoy, pediram para gravar seus depoimentos. Já o pianista Francis Hime, curiosamente, preferiu responder o questionário à mão. "Ainda não conseguimos chegar a alguns músicos, como João Donato, Paulinho da Viola e Edu Lobo, mas estamos insistindo", conta Kfouri.
Dificuldades não faltam num projeto tão abrangente. No caso de instrumentistas já mortos, por exemplo, a pesquisa fica mais restrita a consultas a familiares, a poucas obras de referência ou a sites que nem sempre trazem dados corretos.
Mesmo assim, Kfouri observa que a situação na área da pesquisa cultural, no Brasil, tem melhorado. "A biblioteca musical cresceu consideravelmente e a internet tem sido uma ferramenta e tanto, embora muitas vezes ainda se tenha de tomar muito cuidado com as informações que se encontram em determinados sites."
O site oferece também dissertações universitárias e ensaios sobre instrumentos, estilos, grupos musicais ou discos mais significativos, escritos por especialistas. Entre os músicos que assinam ensaios, estão Henrique Cazes ("O Cavaquinho") e MaurÃcio Carrilho ("O Violão de Sete Cordas").
Carlos Calado - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/03/09.
VIDA DIGITAL - IMPROV EVERYWHERE
Eles conseguem mobilizar centenas de pessoas para as mais bizarras performances em locais emblemáticos de Nova York.
Em janeiro, levaram cerca de 1.200 pessoas para os metrôs da cidade. Detalhe: sem as calças. No ano passado, organizaram um "espelho humano" reunindo gêmeos, com roupas idênticas, frente a frente em um vagão do metrô. Em 2003, atraÃram 200 pessoas para a estação de trem Grand Central, para passarem cinco minutos "congeladas", sem se mover.
Esses feitos são de autoria do grupo Improv Everywhere (http://improveverywhere.com/), que, desde 2001, reúne comediantes, designers e nerds em geral interessados em se divertir promovendo "cenas de caos e alegria em lugares públicos".
A arma de que eles dispõem para divulgar as ações e atrair curiosos para elas se restringe à internet. Os participantes são acionados por e-mail, MSN ou fóruns de discussão no Facebook e no MySpace.
Nessa, Chad Nicholson, 30, fotógrafo oficial e integrante do grupo, estará em São Paulo para falar da experiência do grupo. Ele participa do You Pix, série de palestras e bate-papos, com entrada gratuita, sobre iniciativas bem-sucedidas na web.
Além da palestra, o evento promoverá uma ação similar a uma intervenção do grupo em Nova York, o MP3 Experiment, em que os participantes ligam seus aparelhos e ouvem a mesma música, no mesmo horário.
"Nosso trabalho começa na internet. Desde a definição do tema e do local da ação até a data e o número de participantes que queremos atingir. É tudo discutido por e-mails, MSN ou chat on-line", diz Nicholson.
Eles só se encontram pessoalmente cerca de uma hora antes do evento, para acertar os últimos detalhes, checar o movimento no local e decidir onde colocar a câmera fotográfica para registrar.
"Para mim, a ideia principal é fazer as pessoas sorrirem. Evento discute fazer as pessoas sorrirem. Em segundo lugar, quero torná-las mais observadoras, fazer com que olhem à sua volta", defende Chad.
Quem se lembra das "flash mobs", que causaram frisson entre os moderninhos de várias capitais (inclusive São Paulo), nos idos de 2003 pode notar que qualquer semelhança não é mera coincidência. As duas ações têm a mesma ideia central: reunir, por meio da internet, um grande número de pessoas em algum lugar público de grande visibilidade, por um curto perÃodo de tempo.
Os integrantes do Improv Everywhere, no entanto, rejeitam a comparação. "As flash mobs ficaram datadas. Era divertido aparecer em algum lugar e ir embora, mas nós gostamos de ter uma razão para aparecer. Por exemplo, na Grand Central Station, as pessoas gostaram porque nós fizemos algo inesperado, que era "congelar". Nas flash mobs as pessoas simplesmente aparecem e desaparecem de repente de um lugar", diz Nicholson.
Assim, os integrantes do grupo definem-se sobretudo como pranksters, pessoas que realizam atos incomuns ou até ridÃculos por pura diversão.
Em sua passagem por São Paulo, Nicholson ainda não planejou nenhuma grande missão. Mas, se alguém se habilitar, ele garante que participa.
Vida noturna
Além de Chad Nicholson, outro destaque do evento é o fotógrafo norte-americano Merlin Bronques, que registra a sempre efervescente vida noturna de Nova York e joga todas as fotos em seu blog, http://www.lastnightsparty.com/.
De festas badaladas com direito a Madonna na pista de dança a inferninhos com garotas seminuas, Bronques e sua câmera estão onde a noite ferver. A atração pelas personagens e eventos mais extravagantes da cidade, bem como a linguagem sexy das fotos se tornou marca registrada de Bronques e inspirou outros fotógrafos a seguirem seus passos, usando a web para divulgar seu trabalho.
Leticia de Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/03/09.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php