DIA DE FINADOS
DIA DE FINADOS
O encontro da cultura cristã com a cultura celta deu origem à comemoração do Dia de Finados. Os celtas – povo que habitava a região da atual Irlanda – tinham no seu calendário a festa conhecida como Samhain. Nesse dia, os celtas acreditavam que os dois mundos – o dos vivos e o dos mortos – ficavam muito próximos e eles celebravam essa comunhão.
Desde o século I, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.
No século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.
O abade Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. E os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos.
No século XI, o calendário litúrgico cristão incorporou o Dia de Finados, que deveria cair no dia 2 de novembro para não se sobrepor ao Dia de Todos os Santos, comemorado no dia 1º.
A primeira celebração do dia dos mortos pelos povos católicos foi feita pelos monges beneditinos de Cluny, na França.
Fonte: http://www.bernerartes.com.br/ideiasedicas/historia/finados.htm
INTERNET OFERECE CEMITÉRIOS VIRTUAIS
Sites permitem a criação de homenagens virtuais, e existem comunidades on-line dedicadas a mortos famosos.
Serviços para homenagear mortos, como o oferecido pelo Gone Too Soon (http://gonetoosoon.co.uk/index_main.php), que permite a criação de páginas-tributo, são cada vez mais comuns.
Nenhum, porém, é tão completo como o Respectance (http://respectance.com/) -uma rede social como o Orkut, mas destinada aos mortos. Seus usuários utilizam recursos web 2.0 para criar perfis e comunidades para os homenageados.
Apesar do propósito do site, ele não escapa dos problemas de gerenciamento comuns em grandes sites de relacionamento, como Facebook e MySpace. Algumas celebridades, como Elvis Presley e Luciano Pavarotti, têm mais de uma página, e muitos usuários criaram um perfil de falecido para si próprios. Fidel Castro, ainda vivo, também já tem uma página.
Outros cemitérios virtuais gratuitos são o http://www.jardincelestial.com/index.html e o http://campavirtual.com/. Sites dedicados a animais podem ser acessados em http://thepetcemetary.com/ e http://www.projetoproanimal.com.br/cemiterio/.
A internet também é uma boa fonte de informações sobre serviços funerários em geral. Os portais http://ww2.funerarianet.com.br/ e http://www.funerariaonline.com.br/ destinam-se principalmente a profissionais da área.
Site permite visita a milhões de túmulos no mundo inteiro
Se visitar sepulturas -de famosos, familiares ou desconhecidos- de várias partes do mundo e deixar lembranças e flores é difÃcil no mundo real, no virtual não é tanto, graças principalmente ao Find A Grave (http://www.findagrave.com/). É um site com milhares de cemitérios e milhões de túmulos registrados, com diversas informações -como minibiografia, fotos e localização- e espaço para "flores virtuais". A pesquisa pode ser feita por nome, datas, cemitério, paÃs e categorias como "atores", "polÃticos" e "animais". A página lista 24 brasileiros famosos -de Chacrinha a Santos Dumont, passando por Clarice Lispector e Heitor Villa-Lobos. O Find A Grave permite criar cemitérios virtuais, nos quais você pode juntar seus túmulos favoritos -os de seus familiares, os de seus Ãdolos, os que você já visitou ao vivo etc.
Emerson Kimura - Fonte: Folha de S.Paulo - 31/10/07.
VIDA E MORTE, MORTE E VIDA
Câmara Cascudo diz que em certos lugares nesse dia não se caça nem se pesca. Almas voltam para pedir missa, vela ou cruz. Afogados passeiam por cima das águas. Hoje, em geral a celebração mistura religiosidade, misticismo e memória. Muitos lavam túmulos, levam flores e velas: saudade de entes queridos. No México costumava-se fazer banquete, com comidas, bebidas e músicas que o finado gostava, sobre o próprio túmulo.
O etnógrafo Melo Morais registra, no começo do século 20, a Festa dos Mortos, de tradição iorubá, em Alagoas e Rio de Janeiro, com bailados, jejuns, sacrifÃcio de animais e banquetes. Em Manaus, é dia de alumiação. Milhares de velas ardem em redor dos túmulos; fazem promessas aos mortos.
Quase sempre a festa dos mortos era a mesma dos ritos agrários e de fecundidade. Na antiguidade greco-romana, o culto das almas (manes) se dava com o cerimonial da vegetação. Hipócrates afirmou que os espÃritos "fazem germinar e crescer as sementes". E por que 2 de novembro? Provavelmente por causa dos celtas. No mesmo perÃodo realizavam sua festa dos mortos (Samain) e a primeira festa agrária das estações, associada ao outono.
Fonte: Almanaque Brasil.
DIA DE TODOS OS SANTOS
No dia 1 de Novembro comemora-se o dia de "Todos os Santos". Neste dia as pessoas vão ao cemitério arranjar as sepulturas dos seus entes queridos que já faleceram, com flores, que por tradição nesta altura do ano são crisântemos.
É também neste dia que logo pela manhã se juntam grupos de crianças que vão batendo de porta em porta pedindo às pessoas que lhes dêem os "santinhos" pela alma das pessoas que já morreram. As crianças levam nas mãos uma bolsa de pano e quando fazem o pedido às pessoas, elas dão o que querem ou podem, como por exemplo: dinheiro, maçãs, castanhas, rebuçados, nozes, bolos, chocolates etc.
Antigamente todas as pessoas iam pedir os "santinhos" porque havia muita miséria e estas pediam por necessidade. Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e quando chegavam os pedintes (pobres), eles entravam e comiam à vontade e à saÃda ainda lhes davam alguma coisa.
Hoje já só se pedem os "santinhos" para não se perder a tradição. É costume neste dia as pessoas confeccionarem broas de milho para comerem e darem.
No dia 1 de Novembro as pessoas arranjam as sepulturas e no dia seguinte vão à missa de Finados, que é uma missa em memória de todos os que já morreram.
Fonte: Planeta Educação.
O dia de todos os santos com o objetivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigÃlias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basÃlicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martÃrio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/eparquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossÃvel designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martÃrio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na missa).
Fonte: Wikipedia.
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