FM - Faculdade Mental

NOSSOS COLUNISTAS - 09/12/2010

CRIATIVIDADE NO MARKETING

PROPAGANDAS INTELIGENTES (SACOLAS CRIATIVAS)
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Uma mais criativa que a outra...
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(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B.)

PROFESSOR TOM COELHO
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FinanÃ§as Pessoais em EquilÃbrio
*por Tom Coelho

â€œA parte mais sensÃvel do corpo humano Ã© o bolso.â€
(Delfim Netto)

Presentes e ceias de Natal e Ano Novo, seguidos pelo Carnaval. Por mais controlado que vocÃª seja, Ã© muito provÃ¡vel que tenha cometido excessos em seus gastos.
Se vocÃª Ã© assalariado, Ã© fÃ¡cil fechar as contas e saber o quanto comprometeu de sua poupanÃ§a ou renda futura. Por outro lado, se vocÃª Ã© empresÃ¡rio, consultor, profissional liberal, enfim, se exerce qualquer atividade com remuneraÃ§Ã£o variÃ¡vel, talvez esteja diante de um problema ainda maior, pois a Economia esteve pouco aquecida nestes dois primeiros meses do ano.
Administrar finanÃ§as pessoais nÃ£o difere muito de gerenciar o caixa de uma empresa ou mesmo de um paÃs. Mudam apenas a proporÃ§Ã£o e a complexidade. VocÃª precisa analisar dois conjuntos de contas: as receitas e as despesas.
O lado das receitas Ã© normalmente meio engessado. Se vocÃª Ã© assalariado, pode buscar uma elevaÃ§Ã£o de sua renda fazendo horas extras, evidentemente desde que com a anuÃªncia da empresa. Uma alternativa consiste em realizar pequenos jobs, ou seja, trabalhos autÃ´nomos para terceiros, a fim de reforÃ§ar o caixa.
JÃ¡ o profissional com remuneraÃ§Ã£o variÃ¡vel, ao mesmo tempo em que nÃ£o dispÃµe da seguranÃ§a proporcionada por um salÃ¡rio no final do mÃªs, tem Ã sua disposiÃ§Ã£o a possibilidade de, fazendo uso de sua habilidade e criatividade, gerar novos negÃ³cios, buscar novos clientes, aumentar suas vendas.
Mas Ã© no campo das despesas que este jogo acontece. E o segredo Ã© relacionar todas os gastos possÃveis dividindo-os em categorias conforme ilustrado a seguir:
- Grupo da HabitaÃ§Ã£o: prestaÃ§Ã£o da casa ou aluguel, IPTU, seguro residencial, condomÃnio, Ã¡gua, energia elÃ©trica, gÃ¡s encanado ou de cozinha, telefone fixo, manutenÃ§Ã£o da casa;
- Grupo da SaÃºde: assistÃªncia mÃ©dica e odontolÃ³gica, farmÃ¡cia, academia de esportes;
- Grupo da AlimentaÃ§Ã£o: gastos com alimentaÃ§Ã£o bÃ¡sica em geral, despesas em supermercado (inclusive produtos de limpeza e higiene pessoal);
- Grupo da EducaÃ§Ã£o: escola e material didÃ¡tico dos filhos, cursos, seminÃ¡rios, congressos, livros tÃ©cnicos ou nÃ£o;
- Grupo do Transporte: prestaÃ§Ã£o do carro, IPVA, seguro obrigatÃ³rio, seguro do veÃculo, combustÃvel, multas, transporte coletivo, estacionamento pago, manutenÃ§Ã£o do carro;
- Grupo da Cultura e Lazer: cinema, teatro, restaurantes, bares, assinatura de revistas, TV a cabo, provedor de acesso Ã Internet;
- Grupo das Despesas Financeiras: tarifas bancÃ¡rias, juros de cheque especial e emprÃ©stimos, juros embutidos em financiamentos;
- Grupos dos Diversos: telefone celular, vestuÃ¡rio e acessÃ³rios, empregada domÃ©stica, previdÃªncia privada.
Ã‰ muito provÃ¡vel que eu tenha me esquecido de contemplar algumas contas na listagem acima. Mas os itens relacionados jÃ¡ sÃ£o suficientes para demonstrar como nos enganamos na administraÃ§Ã£o de nossas despesas pessoais. Isso acontece porque estamos habituados a considerar apenas aqueles gastos mais prÃ³ximos e palpÃ¡veis, negligenciando aqueles que tÃªm que ser provisionados, ou seja, que devem ser previstos porque eventualmente ocorrerÃ£o. Isso acontece, por exemplo, com medicamentos, multas de trÃ¢nsito e manutenÃ§Ã£o.
De todas as contas apresentadas, uma muito perniciosa merece atenÃ§Ã£o: juros e tarifas bancÃ¡rias. Isso porque vocÃª pode nÃ£o perceber, mas desde o fim da inflaÃ§Ã£o inercial (aquela de 30% ao mÃªs que chegou ao extremo de 3% ao dia nos idos dos anos 80) os Bancos passaram a cobrar por todo e qualquer serviÃ§o prestado. NÃ£o Ã© Ã toa que hoje as tarifas bancÃ¡rias sÃ£o suficientes para pagar, com folga, toda a folha de salÃ¡rios da maioria dos Bancos que atuam no Brasil.
Uma pesquisa realizada pela AssociaÃ§Ã£o Nacional dos Executivos de FinanÃ§as, AdministraÃ§Ã£o e Contabilidade (Anefac), realizada no ano de 2002 junto a 3.477 consumidores na cidade de SÃ£o Paulo, demonstrou que 29,83% da renda das famÃlias Ã© destinada ao pagamento de encargos financeiros. Este Ãndice sobe para 35,43% no caso do trabalhador de baixa renda (um a cinco salÃ¡rios mÃnimos).
Assim, diante deste quadro, algumas sugestÃµes mostram-se pertinentes.
Primeiro, monte sua prÃ³pria planilha de despesas de acordo com sua realidade. VocÃª poderÃ¡, por exemplo, chegar Ã conclusÃ£o de que nÃ£o Ã© o momento para adquirir um carro ou trocar o modelo atual.
Segundo, analise quais gastos podem ser eliminados, substituÃdos ou reduzidos. Sempre com os olhos voltados para sua receita, vocÃª pode concluir que certos serviÃ§os precisam ser eliminados de sua cesta, evidentemente reduzindo seu padrÃ£o de vida atual. Isso pode simbolizar o cancelamento da assinatura da TV a cabo, uma visita a menos por mÃªs a um restaurante ou o uso mais regrado do telefone celular.
Terceiro, evite comprar por impulso ou atravÃ©s de financiamento com juros. Opte por comprar Ã vista, quando for possÃvel. Um exercÃcio interessante Ã© aguardar uma semana para adquirir algum novo bem. ApÃ³s este prazo, pergunte-se com franqueza se ainda precisa daquele objeto.
Finalmente, ataque de frente e sem piedade suas despesas financeiras. Saia do crÃ©dito rotativo do cartÃ£o de crÃ©dito. Cancele-o e busque um juizado de pequenas causas para efetuar o pagamento do saldo devedor sem a incidÃªncia atroz de juros que se aproximam de 15% ao mÃªs. FaÃ§a o mesmo com seu cheque especial, negociando seu parcelamento com taxa mÃ¡xima de 3% ao mÃªs.
Em suma, tome as rÃ©deas de sua vida financeira e tenha na disciplina sua maior aliada.
07/03/2004 - Tom Coelho Ã© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paÃses. Ã‰ autor de â€œSete Vidas â€“ LiÃ§Ãµes para construir seu equilÃbrio pessoal e profissionalâ€, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos atravÃ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
ReproduÃ§Ã£o Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilizaÃ§Ã£o atravÃ©s do e-mail talento@tomcoelho.com.br

ADM. MARIZETE FURBINO
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Lembre-se: vocÃª Ã© o que deseja ser!
Por Adm. Marizete Furbino

â€œ A mente Ã© como o lar, Ã© mobiliada por nÃ³s.
Portanto, se sua vida for fria e Ã¡rida,
a culpa serÃ¡ somente do proprietÃ¡rio.â€
( Louis L Amour)

Importante perceber que vocÃª Ã© produto de seu pensamento. Se vocÃª pensar que Ã© um fracassado, vocÃª o serÃ¡; se vocÃª pensar que Ã© um vencedor vocÃª o serÃ¡; assim, vocÃª Ã© quem irÃ¡ controlar o seu prÃ³prio destino. Pensando desta forma, percebemos que tudo depende de nossa opÃ§Ã£o e aÃ§Ã£o: logo, nossas opÃ§Ãµes, bem como nossas aÃ§Ãµes, determinarÃ£o o nosso destino. Como resultado, Ã© de suma importÃ¢ncia observar que somente vocÃª Ã© quem detÃ©m o poder sobre as rÃ©deas de sua vida, ninguÃ©m mais. Quando vocÃª descobrir este poder ninguÃ©m mais conseguirÃ¡ lhe deter, pois irÃ¡ encarar a vida com bastante coragem e determinaÃ§Ã£o.
HÃ¡ de se realÃ§ar, todavia, que Ã© de fundamental importÃ¢ncia ressaltar que todo ser humano deve sempre manter a coerÃªncia do que pensa em relaÃ§Ã£o ao que faz. Isto Ã© o cerne da questÃ£o; conseqÃ¼entemente, a maneira como procedemos pode se tornar em um verdadeiro â€œgargaloâ€, impedindo-nos assim de alcanÃ§ar os nossos objetivos.
Ã‰ de extrema importÃ¢ncia frisar que a vida Ã© uma sÃ³, e Ã© sua. Sendo assim, tendo clareza do que se almeja, vocÃª Ã© a pessoa mais indicada para definir que percurso da caminhada percorrer, e se faz ou nÃ£o mudanÃ§a quanto Ã rota bem como quais estratÃ©gias a serem utilizadas, uma vez que Ã© vocÃª quem deve definir o seu destino.
Pois bem, na vida encontramos inÃºmeros obstÃ¡culos, e estes, se bem conduzidos, se tornam barreiras transponÃveis, nos conduzindo ao desenvolvimento e ao crescimento; logo, o que importa sÃ£o as maneiras como reagimos a cada obstÃ¡culo enfrentado. O seu comportamento, bem como a sua atitude diante dos â€œentravesâ€ encontrados no decorrer da caminhada Ã© que definirÃ£o o seu â€œtrajetoâ€.
Para esse propÃ³sito, o modo positivo e otimista de lidar com a situaÃ§Ã£o, bem como a disposiÃ§Ã£o e a â€œbravuraâ€ no decorrer da â€œlutaâ€ nÃ£o se deixando se abater em momento algum diante de quaisquer obstÃ¡culos, serÃ£o, alÃ©m de cruciais, determinantes no que tange Ã sua chegada ao â€œpÃ³dioâ€.
Neste contexto, Ã© preciso perceber que cada momento de nossa vida Ã© Ãºnico. Assim, valorizar o momento vivido Ã© de fundamental importÃ¢ncia e, por conseguinte, a vida passa a ter uma conotaÃ§Ã£o diferenciada, as pessoas se respeitam e se amam muito mais, descobrindo uma nova maneira de viver, dando um novo â€œcoloridoâ€ Ã sua vida, encarando todo e qualquer problema com muita garra e vontade de vencer, passando a agir sem medo e/ou qualquer temor, mas de cabeÃ§a erguida e com muita disposiÃ§Ã£o de reverter a situaÃ§Ã£o vivida.
Somados a isso, Ã© importante perceber que cada momento, mesmo sendo Ã¡rduo, tem sua devida importÃ¢ncia, e que atravÃ©s das nossas falhas e erros, amadurecemos e crescemos muito. Ã‰ crucial entender que toda e qualquer falha ou erro que cometemos deve servir como aprendizado. Quem nÃ£o aprende com os prÃ³prios erros ou falhas estÃ¡ condenado a repeti-los e, entÃ£o, deverÃ¡ arcar com as conseqÃ¼Ãªncias.
Diante de todo o exposto salientamos que, quando assumimos uma postura otimista diante da vida, nÃ£o damos â€œbrechaâ€ alguma para que o medo possa nos â€œassombrarâ€; por conseqÃ¼Ãªncia, enfrentamos a situaÃ§Ã£o tendo uma visÃ£o â€œclaraâ€ diante dos fatos, o que nos ajuda e muito a pensar sobre as estratÃ©gias de como atuar.
Nessa senda observamos que, alÃ©m da nossa maneira de pensar, existem ferramentas que sÃ£o determinantes nessa empreitada; dentre estas poderemos citar: o planejamento, a fÃ©, a autoconfianÃ§a, a convicÃ§Ã£o, o otimismo, o autoconhecimento, a vontade de vencer, assim como a nossa garra, motivaÃ§Ã£o, coragem e esperanÃ§a.
De fato, Ã© importante enxergar que a vida nos testa e nos atesta o tempo todo. Para enfrentÃ¡-la Ã© preciso que tenhamos muita sabedoria e disposiÃ§Ã£o. Ã‰ fundamental atrelarmos esses prÃ©-requisitos Ã coragem, para que assim possamos tomar as rÃ©deas de nosso prÃ³prio destino e controlÃ¡-lo sem deixar que sejamos influenciados. Devemos igualmente enfrentar toda e qualquer situaÃ§Ã£o sem entrar em pÃ¢nico, com equilÃbrio e postura otimista, nÃ£o nos deixando abater, e muito menos nos prostrarmos diante das adversidades e das â€œamargas experiÃªnciasâ€ que porventura a vida nos possa oferecer, tendo a capacidade de seguirmos em frente, mesmo em meio Ã â€œtempestadeâ€.
Ante a este contexto, torna-se de suma importÃ¢ncia cultivar a certeza de que lutaremos, mas que tambÃ©m alcanÃ§aremos o alvo. Pensar assim Ã© fator sine qua non para se alcanÃ§ar o sucesso, pois devemos em todo instante lembrar que os obstÃ¡culos encontram-se armazenados em nossa mente. Em sÃntese, a partir do momento em que desejamos e decidimos vencer, os limites anteriormente estabelecidos serÃ£o superados, deixando de existir. Sem essa certeza, a caminhada fica pesada, Ãngreme, Ã¡rdua e corre-se o risco de nÃ£o somente resvalar, mas de cair e se machucar.
26/07/2008 - Marizete Furbino, com formaÃ§Ã£o em Pedagogia e AdministraÃ§Ã£o pela UNILESTE-MG, especializaÃ§Ã£o em Empreendedorismo, Marketing e FinanÃ§as pelo UNILESTE-MG. Ã‰ Administradora, Consultora de Empresa e Professora UniversitÃ¡ria no Vale do AÃ§o/MG.
Contatos atravÃ©s do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
ReproduÃ§Ã£o autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilizaÃ§Ã£o atravÃ©s do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br

PROFESSOR X

ENSINO SUPERIOR TEM 5,9 MILHÃ•ES DE ALUNOS
Estudo ressalta ainda que de 2005 a 2010, 748.788 ex-alunos de escolas pÃºblicas tiveram acesso a uma bolsa do PProUni, sendo que 69% dos benefÃcios eram integrais
Texto publicado originalmente no blog AlÃ©m de Economia (http://www.alemdeeconomia.com.br/blog/).
De acordo com o Censo da EducaÃ§Ã£o Superior, realizada pelo MinistÃ©rio da EducaÃ§Ã£o (MEC), as matrÃculas no ensino superior cresceram pouco mais de 3% entre 2008 e 2009, confirmando a tendÃªncia de estabilidade verificada nos Ãºltimos anos.
Dos 5,95 milhÃµes de alunos das instituiÃ§Ãµes de ensino superior, 4,43 milhÃµes estÃ£o na rede privada e 1,52 milhÃµes nas pÃºblicas. Os nÃºmeros incluem estudantes de cursos presenciais e a distÃ¢ncia.
Os dados mostram que houve uma pequena queda no nÃºmero de alunos da rede pÃºblica, cerca de 30 mil a menos. Em 2008 1,55 milhÃµes estavam matriculados. A reduÃ§Ã£o se deu nas universidades municipais e estaduais, jÃ¡ que na rede federal houve um acrÃ©scimo de 141 mil novos estudantes no perÃodo de um ano, em cursos presenciais e a distÃ¢ncia.
Um balanÃ§o das aÃ§Ãµes divulgado pelo MEC mostra que houve um acrÃ©scimo de quase 60% no nÃºmero de vagas oferecidas nas universidades federais entre 2003 e 2009. Esse crescimento ocorreu em funÃ§Ã£o do Programa de Apoio a Planos de ReestruturaÃ§Ã£o e ExpansÃ£o das Universidades Federais (Reuni), lanÃ§ado em 2007. A previsÃ£o do MEC Ã© que em 2012 o total de vagas oferecidas por essas instituiÃ§Ãµes chegue a 234 mil.
O estudo realizado pelo ministÃ©rio ressalta ainda que de 2005 a 2010, 748.788 ex-alunos de escolas pÃºblicas tiveram acesso a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Do total, 69% dos benefÃcios eram integrais, que custeiam 100% das mensalidades em faculdades privadas. Quase metade (47%) dos bolsistas eram afrodescendentes.
Paulo Daniel - Fonte: Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br/) - 06/12/10.

PROFESSORA PASQUALINA

VIDA LITERÃRIA - SE Ã‰ PARA CONSERTAR O JABUTI, VALEU
Bons ou ruins, antenados ou sem noÃ§Ã£o, criteriosos ou politiqueiros, todos os grandes prÃªmios literÃ¡rios tÃªm um vÃcio de origem. EstÃ£o para a literatura como a decoraÃ§Ã£o de shopping estÃ¡ para um certo espÃrito de Natal: tÃªm visibilidade e movimentam a ciranda dos interesses comerciais, mas passam longe de captar a essÃªncia da coisa. Tal convicÃ§Ã£o sempre levou este blog, em seus quatro anos e meio de existÃªncia, a oscilar entre o comentÃ¡rio breve e o silÃªncio significativo diante dos prÃªmios nacionais, mesmo reconhecendo seu papel na divulgaÃ§Ã£o de livros e autores. Ocorre que essas cerimÃ´nias jÃ¡ fazem os tambores soar em alto volume por toda parte, restando assuntos mais relevantes a tratar se o seu negÃ³cio Ã© literatura, esse nicho rarefeito, e nÃ£o mercado editorial ou outros temas perifÃ©ricos.
O Jabuti, entÃ£o, pouco deu as caras por aqui. O mais tradicional de nossos galardÃµes vem sendo tambÃ©m, de forma consistente, o menos artisticamente sÃ©rio. Mas a celeuma em torno da premiaÃ§Ã£o de â€œLeite derramadoâ€, de Chico Buarque, que a princÃpio julguei conveniente submeter ao mesmo tratamento, chegou tÃ£o longe que altera a equaÃ§Ã£o. NÃ£o porque tenha algo a ver com mÃ©rito literÃ¡rio: o Ãºltimo romance do grande compositor â€“ um exercÃcio machadiano meio esquemÃ¡tico e constrito, Ã s vezes clamorosamente superescrito, embora tenha pÃ¡ginas avulsas de bela prosa â€“ pouco esteve em questÃ£o. Os ingredientes do coquetel foram outros.
Nos Ãºltimos domingos, dois gigantes do mercado editorial, Companhia das Letras e Record, expuseram seus argumentos em artigos no caderno IlustrÃssima da â€œFolha de S.Pauloâ€ â€“ Luiz Schwarcz defendendo seu autor e SÃ©rgio Machado explicando a decisÃ£o de se retirar de um prÃªmio que acha normal conceder a lÃ¡urea de Livro do Ano a um tÃtulo que nÃ£o foi o primeiro colocado em sua categoria (este, como se sabe, foi o livro de Edney Silvestre, autor da Record). Descontados os aspectos de guerra comercial ou de vaidades, esse raro confronto explÃcito Ã© bom. Principalmente porque parece se encaminhar para a reforma de um prÃªmio que, justiÃ§a seja feita, Ã© esquizofrÃªnico hÃ¡ muito tempo, embora Machado sÃ³ tenha resolvido reagir agora, alÃ©m de comicamente inflacionado (nÃ£o entendo por que nunca criaram a categoria Melhor Cafezinho de Editora).
O jornalista Paulo Werneck, editor do IlustrÃssima, fez aqui uma boa sÃntese do clima de Fla x Flu comercial e polÃtico que cercou a premiaÃ§Ã£o de Chico Buarque. Mas isso, como eu disse acima, Ã© tema perifÃ©rico. SÃ³ se aproximarÃ¡ de regiÃµes mais artisticamente relevantes se, como parece provÃ¡vel, o quebra-pau servir para consertar o decadente Jabuti. PrÃªmios literÃ¡rios tÃªm todos um vÃcio de origem, mas isso nÃ£o muda o fato de que um prÃªmio bom Ã© melhor que um prÃªmio ruim. Se ele for muito bom, criterioso e ousado, ao mesmo tempo representativo das correntes estÃ©ticas mais vigorosas da cena literÃ¡ria e impermeÃ¡vel Ã politicagem, pode atÃ© transcender a condiÃ§Ã£o de decoraÃ§Ã£o natalina de shopping e contribuir de fato para o debate artÃstico. Por enquanto, o prÃªmio nacional que chega mais perto disso, pelo caminho da transparÃªncia, Ã© o mais financeiramente pobre de todos: a Copa de Literatura Brasileira, que promete um retorno triunfal em 2011 apÃ³s o hiato deste ano. TorÃ§amos.
SÃ©rgio Rodrigues - Todoprasa - 29/11/10.

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