FM - Faculdade Mental

NOSSOS COLUNISTAS - 02/11/2007

LIVROS E EDUCAÃ‡ÃƒO, UMA COMBINAÃ‡ÃƒO PERFEITA...

E POR FALAR EM LIVRO...

O ladrÃ£o entra na livraria e berra para o vendedor:
â€“ O dinheiro ou a vida!
â€“ Pois, nÃ£o. Qual a editora ou o nome do autor?

Fonte: Almanaque Brasil - EdiÃ§Ã£o 102.

PROFESSORA PASQUALINA

DIA NACIONAL DO LIVRO

O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o â€œDia Nacional do Livroâ€ por ser a data de aniversÃ¡rio da fundaÃ§Ã£o da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferÃªncia da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.
Seu acervo de 60 mil peÃ§as, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundaÃ§Ã£o.

PERIODOS EDITORIAIS
No Brasil, ocorreram trÃªs fases relacionadas Ã ediÃ§Ã£o de livros. A primeira comeÃ§a com a chegada de Dom JoÃ£o VI, em 1808, que imediatamente criou a imprensa rÃ©gia e conseqÃ¼entemente tambÃ©m um pÃºblico leitor: de inÃcio, na Corte, e depois nas provÃncias.
Um pÃºblico sedento de obras tÃ©cnicas (direito, economia, medicina, botÃ¢nica, filosofia...) e os romances e peÃ§as dramÃ¡ticas, os textos populares etc. As tipografias se multiplicaram por todo o impÃ©rio, espelhando a demanda do mercado. E a partir da metade do sÃ©culo XIX, alguns europeus comeÃ§aram a se instalar no Brasil e a fundar casas editoras.
A fase posterior ocorreu com a dificuldade de comunicaÃ§Ã£o entre o Brasil e a Europa, no decorrer da (e tambÃ©m logo apÃ³s a) Primeira Guerra Mundial. Nesse perÃodo, a indÃºstria editorial brasileira se firmou, conseguindo se libertar das amarras do mercado europeu. O escritor de "SÃtio do Pica-Pau Amarelo", Monteiro Lobato, traduz o espÃrito desse tempo, ao dizer: "um paÃs se faz com homens e livros".
JÃ¡ a terceira fase Ã© quando todo o trabalho do filÃ³logo AntÃ´nio Houaiss, a partir da dÃ©cada de 60, serve de ponte entre a editoraÃ§Ã£o amadorÃstica e a editoraÃ§Ã£o profissional das casas editoras. A conseqÃ¼Ãªncia lÃ³gica sÃ£o os cursos de editoraÃ§Ã£o grÃ¡fica que comeÃ§am a surgir, nos anos 70, e permanecem atÃ© hoje.

E HOJE?
Vivendo na era da informÃ¡tica, nos perguntamos: qual serÃ¡ o futuro do livro na era ditigal? Alguns respondem que as publicaÃ§Ãµes da forma como as conhecemos irÃ£o acabar, outros dizem que nÃ£o, que tanto as ediÃ§Ãµes impressas quanto as eletrÃ´nicas vÃ£o viver lado a lado, sendo apenas uma questÃ£o de escolha do leitor. Ainda Ã© uma questÃ£o.
De qualquer forma, nÃ£o hÃ¡ como negar a existÃªncia das editoras e livrarias online. Seus livros podem ser adquiridos - a pedido - no formato tradicional ou, em se tratando de obras de domÃnio pÃºblico, como Dom Casmurro, de Machado de Assis, simplesmente serem lidas online, conectado Ã rede, ou offline, "baixando" o arquivo, para imprimir o livro e ler Ã hora que desejarmos.
Um avanÃ§o e uma comodidade, nÃ£o? D. JoÃ£o VI, com toda a sua realeza, jamais poderia imaginar algo tÃ£o genial.
Pois Ã© a prÃ³pria internet, com sua comodidade, que nos dÃ¡ a reposta para nossa pergunta inicial. Ela mesma nos fornece duas opÃ§Ãµes de leitura: online e offline.
AlÃ©m do mais, sÃ£o os prÃ³prios donos de editoras online que deixam claro o status que Ã© para um escritor ver seu livro sair da versÃ£o online para a versÃ£o impressa.
Talvez a questÃ£o nÃ£o seja tanto se o livro impresso vai deixar ou nÃ£o de existir, mas de que valor serÃ¡ investido daqui a algum tempo. Maior ou menor?

COMO CUIDAR DOS LIVROS
Para quem curte ler, de forma online ou nÃ£o, e que possui suas obras preferidas (aquelas de que nÃ£o se desfaz nem morto!) separadas num espaÃ§o nobre de sua estante, Ã© bom saber umas dicas de como conservar esses nossos amigos, os livros.
Aqui vÃ£o algumas:
evite tirar o livro da estante puxando pela borda superior da lombada. Isto danifica a encadernaÃ§Ã£o. A forma correta de pegar Ã© empurrando os volumes laterais, retirando o exemplar desejado pelo meio da lombada;
evite folhear livros com as mÃ£os sujas;
evite fumar, beber ou comer nas bibliotecas ou mesmo em casa, enquanto lÃª uma obra;
contato permanente com a luz solar faz mal Ã saÃºde do livro;
evite largar os livros dentro do carro;
evite reproduzir livros frÃ¡geis ou muito antigos em copiadoras;
evite apoiar os cotovelos sobre eles.
Outra sugestÃ£o bacana Ã© acessar a CÃ¢mara Brasileira do Livro - www.cbl.org.br.

Fonte: http://www1.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/livro/home.html

AbraÃ§os

Professora Pasqualina

ATENÃ‡ÃƒO: AULAS DE INGLÃŠS. Aulas de inglÃªs para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora PatrÃcia. No Barreiro e no Eldorado. Contato - 33889365.

PROFESSOR X

O QUE FUNCIONA NA EDUCAÃ‡ÃƒO

O que funciona na educaÃ§Ã£o: as liÃ§Ãµes segundo a McKinsey. Para consultoria, escolas precisam obter os melhores professores, extrair o mÃ¡ximo dos docentes e intervir quando os alunos comeÃ§am a ficar para trÃ¡s. DA "ECONOMIST".
O governo britÃ¢nico, diz Sir Michael Barber, antigo assessor do ex-primeiro ministro Tony Blair, mudou quase todos os aspectos da polÃtica educacional na Inglaterra e no PaÃs de Gales, e em muitos casos mais de uma vez. "As verbas das escolas, a gestÃ£o, os padrÃµes curriculares, os sistemas de avaliaÃ§Ã£o, o papel dos governos local e nacional, o alcance e a natureza das agÃªncias nacionais, a polÃtica de admissÃ£o escolar" -pode escolher: tudo isso foi mudado, e em certos casos posteriormente devolvido Ã forma original.
A Ãºnica coisa que nÃ£o mudou foram os resultados. De acordo com a FundaÃ§Ã£o Nacional de Pesquisa Educacional britÃ¢nica, nÃ£o houve (atÃ© recentemente) melhora mensurÃ¡vel nos padrÃµes de alfabetizaÃ§Ã£o e de domÃnio da matemÃ¡tica nas escolas bÃ¡sicas -e isso ao longo dos Ãºltimos 50 anos.
A Inglaterra e o PaÃs de Gales nÃ£o estÃ£o sozinhos. A AustrÃ¡lia quase triplicou seus gastos por aluno, de 1970 para cÃ¡. Nenhuma melhora. Nos Estados Unidos, os dispÃªndios quase dobraram depois de 1980, e os tamanhos das turmas sÃ£o os menores de todos os tempos. Uma vez mais, resultado algum. NÃ£o importa o que se faÃ§a, aparentemente, os padrÃµes se recusam a mudar. Parafraseando Woody Allen: quem nÃ£o faz ensina; quem nÃ£o consegue ensinar se torna diretor de escola. Certamente hÃ¡ quem deva imaginar por que tanto esforÃ§o. Nada parece fazer efeito. Mas Ã© certo que algo deve funcionar.
Existem grandes variaÃ§Ãµes nos padrÃµes educacionais dos paÃses. Elas foram avaliadas e reavaliadas pelo Pisa (Programa de AvaliaÃ§Ã£o Internacional de Estudantes), da OCDE (OrganizaÃ§Ã£o para a CooperaÃ§Ã£o e Desenvolvimento EconÃ´mico), e isso serviu para estabelecer, primeiro, que os paÃses de desempenho mais forte se saem muito melhor do que os piores e, segundo, que os mesmos paÃses lideram essas avaliaÃ§Ãµes, a cada vez que sÃ£o realizadas: CanadÃ¡, FinlÃ¢ndia, JapÃ£o, Cingapura, CorÃ©ia do Sul.
Essas constataÃ§Ãµes provocam uma pergunta que deveria ser bastante frutÃfera: o que os paÃses de maior sucesso tÃªm em comum? Mas encontrar a resposta parece ser tarefa das mais complicadas. NÃ£o se trata de maior investimento: Cingapura gasta menos dinheiro por aluno do que a maioria dos demais paÃses. Tampouco de perÃodos mais longos de estudo: os alunos finlandeses comeÃ§am as aulas mais tarde, e estudam menos horas, do que os dos demais paÃses ricos.

Outro olhar:
Agora, uma organizaÃ§Ã£o que vem de fora do setor de educaÃ§Ã£o -a consultoria McKinsey, que assessora empresas e governos- decidiu que audaciosamente iria ao lugar que raros educadores ousaram visitar e faria recomendaÃ§Ãµes estratÃ©gicas com base nas constataÃ§Ãµes do Pisa.
Segundo a empresa (em "How the world's best performing schools systems come out on top" [como os melhores sistemas escolares do mundo chegam ao topo]), as escolas precisam fazer trÃªs coisas: obter os melhores professores, extrair o mÃ¡ximo deles e intervir quando os alunos comeÃ§am a ficar para trÃ¡s. Isso talvez nÃ£o pareÃ§a exatamente uma recomendaÃ§Ã£o "sem precedentes" (a definiÃ§Ã£o usada por Andreas Schleicher, diretor de pesquisa educacional da OCDE, para a abordagem da McKinsey): as escolas com certeza jÃ¡ devem agir dessa maneira. Mas a verdade Ã© que nÃ£o o fazem. Se essas idÃ©ias fossem realmente levadas a sÃ©rio, seria possÃvel mudar a educaÃ§Ã£o radicalmente.
O primeiro passo Ã© contratar os melhores. NÃ£o resta dÃºvida de que, como declarou um funcionÃ¡rio do governo sul-coreano, "a qualidade de um sistema educacional nÃ£o pode superar a qualidade de seus professores".
Estudos feitos no Tennessee e em Dallas mostraram que, se alunos de capacitaÃ§Ã£o mÃ©dia forem entregues a professores que estÃ£o entre os 20% mais competentes de sua profissÃ£o, terminam se posicionando entre os 10% de estudantes com melhor desempenho; caso os professores que os ensinam venham dos 20% menos competentes, os alunos terminam entre os 10% de pior desempenho.
A qualidade dos professores exerce a maior influÃªncia sobre o desempenho dos alunos.
Mas a maioria dos sistemas escolares nÃ£o se esforÃ§a demais para selecionar os melhores. A Nova ComissÃ£o sobre a CapacitaÃ§Ã£o da ForÃ§a de Trabalho dos Estados Unidos, uma organizaÃ§Ã£o sem fins lucrativos, diz que as escolas norte-americanas tipicamente recrutam professores que estÃ£o no terÃ§o mais baixo de desempenho, entre os formandos das universidades.
A cidade de Washington recentemente contratou como diretora-geral de suas escolas pÃºblicas uma integrante da organizaÃ§Ã£o Teach for America, que identifica os melhores formandos e os contrata para lecionar por dois anos. Tanto a indicaÃ§Ã£o da diretora quanto a organizaÃ§Ã£o que ela representa geraram grande controvÃ©rsia.

Falta de dinheiro:
A predisposiÃ§Ã£o contra os mais capazes surge em parte pela falta de dinheiro (os governos temem que nÃ£o terÃ£o verba para contratÃ¡-los) e em parte porque outros objetivos interferem. Quase todos os paÃses ricos vÃªm tentando reduzir os tamanhos de suas turmas escolares, nos Ãºltimos anos. Mas, se nÃ£o houver outras variaÃ§Ãµes, turmas menores querem dizer mais professores a serem contratados com a mesma verba, o que reduz o salÃ¡rio mÃ©dio e o status profissional da categoria.
Isso pode explicar o paradoxo de que, depois da educaÃ§Ã£o bÃ¡sica, parece haver pouca ou nenhuma correlaÃ§Ã£o entre o tamanho das turmas e as realizaÃ§Ãµes educacionais.
A McKinsey argumenta que os sistemas de educaÃ§Ã£o que apresentam melhor desempenho mesmo assim conseguem atrair os melhores profissionais. Na FinlÃ¢ndia, todos os novos professores precisam ter mestrado. A CorÃ©ia do Sul contrata professores de ensino bÃ¡sico entre os 5% de formandos com melhor desempenho, Cingapura e Hong Kong entre os 30% de melhor desempenho.
E esses paÃses o fazem de maneira surpreendente. Seria possÃvel imaginar que as escolas oferecem o mÃ¡ximo de dinheiro possÃvel para tentar atrair um grande quadro de interessados em formaÃ§Ã£o educacional, o que permitiria selecionar os melhores dentre eles.
Mas nÃ£o Ã© assim, segundo a McKinsey. Se o dinheiro fosse tÃ£o importante, entÃ£o os paÃses com os melhores salÃ¡rios para os professores -Alemanha, Espanha e SuÃÃ§a- teriam presumivelmente sistemas de ensino posicionados entre os melhores. E isso nÃ£o procede. Na prÃ¡tica, os paÃses com melhor desempenho pagam salÃ¡rios nÃ£o superiores Ã mÃ©dia.
E eles tampouco tentam atrair um grande quadro de interessados para selecionar entre eles os mais bem sucedidos. Quase que o contrÃ¡rio. Cingapura avalia os candidatos rigorosamente antes de admiti-los aos cursos de formaÃ§Ã£o de professores e aceita apenas o nÃºmero de candidatos suficiente para cobrir as vagas nos quadros da educaÃ§Ã£o.
A FinlÃ¢ndia tambÃ©m limita a oferta de cursos de treinamento de professores Ã demanda. Em ambos os paÃses, o ensino Ã© uma profissÃ£o de status elevado (porque Ã© altamente competitiva), e os fundos destinados a cada professor em treinamento sÃ£o generosos (porque o nÃºmero deles Ã© baixo). A CorÃ©ia do Sul demonstra como os dois sistemas produzem resultados diferentes.
Seus professores de ensino bÃ¡sico tÃªm de obter um diploma de graduaÃ§Ã£o em uma de apenas 12 universidades. A admissÃ£o requer notas altas; o nÃºmero de vagas Ã© racionado de acordo com o nÃºmero de postos de ensino em aberto. Em contraste, os professores de escolas secundÃ¡rias podem obter seus diplomas em qualquer uma das 350 faculdades do paÃs, e os critÃ©rios de seleÃ§Ã£o sÃ£o mais frouxos. Isso gera um enorme excedente de professores secundÃ¡rios recentemente qualificados -cerca de 11 por vaga, de acordo com as mais recentes estatÃsticas. Como resultado, o ensino secundÃ¡rio Ã© uma profissÃ£o com menos status na CorÃ©ia do Sul, onde todo mundo prefere trabalhar no ensino bÃ¡sico. A liÃ§Ã£o parece ser a de que a admissÃ£o aos sistemas de treinamento de professores precisa ser difÃcil, e nÃ£o fÃ¡cil.

Ensinando os professores:
Depois de selecionar pessoal de boa qualidade, a tentaÃ§Ã£o Ã© a de trancÃ¡-los nas classes e deixar que eduquem. Por motivos compreensÃveis, os professores raramente recebem muito treinamento nas salas de aula em que lecionam (enquanto os mÃ©dicos, em contraste, treinam muito nos hospitais). Mas os paÃses de maior sucesso no ramo podem fazer muito para superar essa dificuldade.
Cingapura provÃª cem horas de treinamento aos seus professores a cada ano e aponta professores veteranos para supervisionar o desenvolvimento profissional em cada escola.
No JapÃ£o e na FinlÃ¢ndia, grupos de professores visitam as classes de colegas e planejam aulas juntos. Na FinlÃ¢ndia, professores tÃªm uma tarde de folga semanal com esse objetivo.
Em Boston, cidade cujo sistema educacional demonstra um dos melhores ritmos de progresso nos EUA, os cronogramas de aulas sÃ£o organizados de forma a permitir que os professores das mesmas disciplinas tenham perÃodos de folga coincidentes, para que possam planejar juntos. Isso ajuda a difundir as melhores idÃ©ias.
Como apontou um educador, "quando um professor norte-americano brilhante se aposenta, quase todos os planos de aula e prÃ¡ticas que ele desenvolveu tambÃ©m sÃ£o aposentados. Quando um professor japonÃªs se aposenta, deixa um legado".
Por fim, os paÃses de maior sucesso sÃ£o singulares nÃ£o sÃ³ no que tange Ã s pessoas que contratam para que as coisas saiam bem mas tambÃ©m com relaÃ§Ã£o Ã quilo que fazem quando as coisas vÃ£o mal.
Nos Ãºltimos anos, quase todos os paÃses comeÃ§aram a dedicar mais atenÃ§Ã£o aos processos de avaliaÃ§Ã£o, a mais comum maneira de verificar se os padrÃµes estÃ£o em queda. A pesquisa da McKinsey Ã© neutra quanto Ã utilidade do mÃ©todo, apontando que, embora Boston teste todos os alunos anualmente, a FinlÃ¢ndia em larga medida abriu mÃ£o de exames nacionais.
De maneira semelhante, escolas na Nova ZelÃ¢ndia e na Inglaterra sÃ£o testadas a cada trÃªs ou quatro anos, e os resultados sÃ£o divulgados em pÃºblico, enquanto a FinlÃ¢ndia, lÃder mundial na educaÃ§Ã£o, nÃ£o tem processo formal de revisÃ£o e mantÃ©m sigilo sobre os resultados de suas auditorias informais.
Mas existe um padrÃ£o quanto ao que os paÃses fazem quando os alunos e as escolas comeÃ§am a falhar. Os paÃses de melhor desempenho nÃ£o hesitam em intervir, e o mais cedo possÃvel. A FinlÃ¢ndia dispÃµe de mais professores de educaÃ§Ã£o especial encarregados de ensinar os alunos retardatÃ¡rios do que qualquer outro paÃs -em certas escolas, chega a ser um professor em cada sete.
A cada dado ano, um terÃ§o dos alunos recebe educaÃ§Ã£o suplementar em sessÃµes individuais. Cingapura oferece aulas adicionais aos 20% de alunos com desempenho mais fraco, e existe a expectativa de que os professores fiquem na escola depois das aulas -ocasionalmente por horas- a fim de ajudar os alunos.
Nada disso Ã© muito complexo. Mas sÃ£o prÃ¡ticas que contrariam algumas das suposiÃ§Ãµes silenciosas da polÃtica educacional. Quando professores, dirigentes de escolas ou atÃ© pais sÃ£o convidados a se expressar sobre a questÃ£o, muitas vezes dizem que Ã© impossÃvel obter os melhores professores sem pagar salÃ¡rios altos; que os professores de Cingapura, digamos, tÃªm status elevado devido aos valores confucianos; ou que os estudantes asiÃ¡ticos sÃ£o bem comportados e atentos por motivos culturais.
As conclusÃµes da McKinsey parecem mais otimistas: obter bons professores depende de como vocÃª os seleciona e treina; lecionar pode se tornar uma carreira para os melhores formandos mesmo que nÃ£o sejam oferecidos salÃ¡rios milionÃ¡rios; e, com as polÃticas corretas, as escolas e os alunos nÃ£o estÃ£o condenados ao atraso.

TraduÃ§Ã£o de Paulo Migliacci. Fonte: Folha de S.Paulo - 28/10/07.

AbraÃ§os

Professor X

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