FM - Faculdade Mental

PENSE! - 11/03/2010

PENSANDO EM SOLUÃ‡ÃƒO NUCLEAR

GRANDE IDEIA - PEQUENA SOLUÃ‡ÃƒO NUCLEAR

English:
http://ngm.nationalgeographic.com/big-idea/08/mini-nukes
A energia nuclear vem ganhando novos adeptos nos Ãºltimos tempos, sobretudo como alternativa aos sujos combustÃveis fÃ³sseis. Usinas nucleares, porÃ©m, tendem a ser enormes, atendem Ã s necessidades de apenas uma cidade mÃ©dia e, para piorar, exigem investimentos de bilhÃµes de dÃ³lares. Por isso, agora, surgem protÃ³tipos de reatores menores.
"Pequenos reatores talvez sejam uma soluÃ§Ã£o para os obstÃ¡culos de natureza financeira", diz Richard Lester, chefe do departamento de ciÃªncia e engenharia nucleares do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A construÃ§Ã£o de reatores gigantescos, ressalta, nÃ£o Ã© a Ãºnica maneira de obter economia de escala; Ã© possÃvel alcanÃ§ar o mesmo objetivo com a produÃ§Ã£o em massa de miniusinas mais baratas. Se for projetada de maneira modular, uma Ãºnica unidade poderia gerar energia para um vilarejo remoto, ao passo que uma dÃºzia delas conectadas geraria tanta energia quanto uma usina tradicional. No mundo desenvolvido, os minirreatores nÃ£o representariam uma carga excessiva para as redes de transmissÃ£o jÃ¡ sobrecarregadas. E a possibilidade de instalar apenas uma unidade, e gradualmente acrescentar outros mÃ³dulos, seria atraente para companhias de eletricidade em outros paÃses.
Nenhum dos novos reatores pequenos estÃ¡ em funcionamento. Alguns, como o projetado pela empresa NuScale Power, sÃ£o reatores de Ã¡gua leve que se assemelham aos usados na propulsÃ£o de navios de guerra. Outros sÃ£o mais inovadores. A Toshiba e o Instituto de Pesquisa do Setor de GeraÃ§Ã£o ElÃ©trica do JapÃ£o estÃ£o desenvolvendo uma "bateria nuclear" refrigerada a sÃ³dio lÃquido. Instalado no subsolo, esse reator poderia gerar 10 MW por 30 anos sem ser reabastecido.
AlÃ©m do custo mais baixo, alguns reatores pequenos podem ser mais seguros, diz Vladimir Kuznetsov, da AgÃªncia Internacional de Energia AtÃ´mica. O projeto da NuScale nÃ£o requer bombas de resfriamento do reator, ao passo que as bombas da Toshiba sÃ£o eletromagnÃ©ticas, sem peÃ§as mÃ³veis. Em ambos os casos hÃ¡ uma reduÃ§Ã£o da probabilidade de falhas desastrosas.
Por outro lado, pesquisadores chineses estÃ£o desenvolvendo um reator pequeno, no qual a prÃ³pria fissÃ£o nuclear Ã© capaz de se interromper. Em uma demonstraÃ§Ã£o, eles desligaram o sistema de resfriamento, e a reaÃ§Ã£o simplesmente se extinguiu por si mesma. Hoje, 56 reatores desse tipo estÃ£o sendo construÃdos, sendo 19 na China. Com o forte aumento da demanda por energia, essa atividade nÃ£o vai alterar o percentual de energia nuclear na matriz global de energia. Mas os pequenos reatores poderiam ajudar, diz Lester. "A ideia Ã© expandir as fontes de energia com baixas emissÃµes de carbono. E a energia nuclear tem potencial." Se houver permissÃ£o, claro. Nos Estados Unidos, as autoridades afirmam que alguns modelos podem ser aprovados num prazo de cinco anos. Os mais inovadores, porÃ©m, talvez tenham de esperar mais.
Carl Zimmer - Fonte: National Geographic - EdiÃ§Ã£o 120.

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Fonte: Folha de S.Paulo - 07/03/10.

VELHO OU EXPERIENTE?
Uma velha senhora foi para um safÃ¡ri na Ãfrica e levou seu velho vira-lata consigo.
Um dia, caÃ§ando borboletas, o velho cÃ£o, de repente, deu-se conta de que estava perdido, Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cÃ£o percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direÃ§Ã£o, com intenÃ§Ã£o de conseguir um bom almoÃ§o...
O cachorro velho pensa:
- Oh, oh! Estou mesmo enrascado! Olhou Ã volta e viu ossos espalhados no chÃ£o por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cÃ£o ajeita-se junto ao osso mais prÃ³ximo, e comeÃ§a a roÃª-lo, dando as costas ao predador. Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto:
- Cara, este leopardo estava delicioso! SerÃ¡ que hÃ¡ outros por aÃ?
Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, jÃ¡ quase comeÃ§ado, e se esgueira na direÃ§Ã£o das Ã¡rvores.
- Caramba! Pensa o leopardo, essa foi por pouco! O velho vira-lata quase me pega!
Um macaco, numa Ã¡rvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteÃ§Ã£o para si, informaria ao predador que o vira-lata nÃ£o havia comido leopardo algum...
E assim foi, rÃ¡pido, em direÃ§Ã£o ao leopardo. Mas o velho cachorro o vÃª correndo na direÃ§Ã£o do predador em grande velocidade, e pensa:
- AÃ tem coisa!
O macaco logo alcanÃ§a o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.
O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz:
- AÃ, macaco! Suba nas minhas costas para vocÃª ver o que acontece com aquele cachorro abusado!
Agora, o velho cachorro vÃª um leopardo furioso, vindo em sua direÃ§Ã£o, com um macaco nas costas, e pensa:
- E agora, o que Ã© que eu posso fazer?
Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doÃdas nÃ£o o levariam longe...) o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda nÃ£o os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cÃ£o diz:
- CadÃª o f d p daquele macaco? TÃ´ morrendo de fome! Ele disse que ia trazer outro leopardo para mim e nÃ£o chega nunca!
Moral da histÃ³ria: nÃ£o mexa com cachorro velho.. Idade e habilidade se sobrepÃµem Ã juventude e intriga. Sabedoria sÃ³ vem com idade e experiÃªncia. A cada dia vocÃª acrescenta mais uma.
(ColaboraÃ§Ã£o: HÃ©lio Bob Pai)

PROFISSÃƒO PARANORMAL
Encarar cabras atÃ© matÃ¡-las com a forÃ§a da mente e atravessar paredes como se fosse um fantasma. Essas duas tarefas eram parte do treinamento de um grupo de militares americanos nos anos 70. De verdade. O jornalista britÃ¢nico Jon Ronson pesquisou essa histÃ³ria e a publicou no livro â€œOs Homens que Encaravam Cabrasâ€, que agora virou filme. Pelo que consta, as cabras nÃ£o tiveram problemas.
OS HOMENS QUE ENCARAVAM CABRAS â€“ Nos cinemas dia 26 de marÃ§o.
Fonte: Super Interessante â€“ EdiÃ§Ã£o 276.
O filme:
http://cinema10.com.br/filme/os-homens-que-encaravam-cabras

PASSOU DO LIMITE
Ao defender mais uma vez a ditadura cubana, e equiparar presos polÃticos a comuns, Lula escarnece dos valores democrÃ¡ticos.
NÃ£o parece demais, em nome do registro histÃ³rico, reproduzir mais uma vez as palavras do presidente Luiz InÃ¡cio Lula da Silva em entrevista Ã Associated Press: "Temos de respeitar a determinaÃ§Ã£o da JustiÃ§a e do governo cubanos de deter as pessoas em funÃ§Ã£o da legislaÃ§Ã£o de Cuba. A greve de fome nÃ£o pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em SÃ£o Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade".
A declaraÃ§Ã£o Ã© escandalosa -mesmo para os padrÃµes de Lula, que habituou os brasileiros a seus disparates. Lembre-se, por exemplo, quando disse, ainda em 2003: "Quem chega a Windhoek [capital da NamÃbia], nÃ£o parece que estÃ¡ num paÃs africano. Poucas cidades do mundo sÃ£o tÃ£o limpas e bonitas arquitetonicamente quanto esta".
Desta vez, porÃ©m, a manifestaÃ§Ã£o nÃ£o se reveste de nenhuma graÃ§a, tosca que seja. E nÃ£o pode ser atribuÃda a mais um entre tantos deslizes de quem abusa dos improvisos, nÃ£o esconde o orgulho por falar errado e se diverte com as gafes que comete. NÃ£o. Lula, este personagem satisfeito com as suas prÃ³prias precariedades, desta vez passou dos limites na agressÃ£o aos valores democrÃ¡ticos.
Vejamos mais de perto a escalada de impropriedades: Lula endossa uma ditadura que reprime a divergÃªncia de opiniÃ£o. Prega "respeito" pela legislaÃ§Ã£o cubana, que autoriza a prisÃ£o de pessoas cujo crime Ã© dar sinais de "conduta manifestamente em contradiÃ§Ã£o com as normas da moralidade socialista".
A seguir, avanÃ§a outra casa ao qualificar os direitos humanos de "pretexto" dos presos polÃticos que fazem greve de fome. Pretexto? Em 2003, o governo cubano fuzilou trÃªs dissidentes que tentaram fugir do paÃs. Outros 75 opositores foram presos, entre os quais Orlando Zapata. Condenado inicialmente a trÃªs, ele teve sua pena ampliada para mais de 25 anos de prisÃ£o. Morreu apÃ³s uma greve de fome, no dia em que Lula chegou Ã ilha, semanas atrÃ¡s, para visitar Fidel Castro pela quarta vez.
Surpreendido por jornalistas, primeiro alegou desconhecer o apelo que entidades defensoras dos direitos humanos haviam feito para que intercedesse por Zapata. Limitou-se, a seguir, a lamentar que "um preso se deixe morrer por greve de fome".
Como disse ontem Ã Folha o jornalista e dissidente cubano Guillermo FariÃ±as, tambÃ©m em greve de fome: "Lula demonstra seu comprometimento com a ditadura dos Castro e seu desprezo com os presos polÃticos".
Nada supera, porÃ©m, o escÃ¡rnio da conclusÃ£o presidencial: os presos polÃticos da ditadura cubana sÃ£o equiparÃ¡veis aos presos comuns de um paÃs democrÃ¡tico, no caso o Brasil. "Imagine se todos os bandidos presos em SÃ£o Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade."
Imaginemos, nÃ³s, com mais razÃ£o, que tal aberraÃ§Ã£o a serviÃ§o da defesa de um regime homicida nÃ£o seja apenas um tropeÃ§o, mas, antes, a revelaÃ§Ã£o do real apreÃ§o de Lula pela democracia.
Editoriais â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 11/03/10.

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