FM - Faculdade Mental

PENSE! - 25/11/2009

PENSANDO NOS ANIMAIS SILVESTRES

REFLETIR Ã‰ PRECISO! AGIR, Ã‰ NECESSÃRIO!
English:
http://blogs.abc.net.au/sa/2009/02/thirsty-koala-1.html?program=broken_hill_station_announcements
http://www.abc.net.au/local/stories/2009/02/03/2481612.htm
Assim caminha a humanidade e o mundo animal, em geral...
Fez calor no sul da Australia durante mais de uma semana... + 44Â°C cada dia, muito seco.
Nunca visto antes, os koalas pedem Ã¡gua aos ciclistas!!!
O que vocÃªs acham destas imagens?!...
... Estas imagens nos mostram claramente o que REALMENTE ESTÃ ACONTECENDO COM O MUNDO!
O consumo EXCESSIVO e o desenvolvimento INSUSTENTÃVEL, resulta neste aquecimento global que afeta a TODOS!
Inclusive essas criaturas, que ANTES se mantinham em HARMONIA com a natureza!!!
REFLETIR Ã‰ PRECISO!
AGIR, Ã‰ NECESSÃRIO!
(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B.)
Veja mais fotos:
http://blogs.abc.net.au/sa/2009/02/thirsty-koala-1.html?program=broken_hill_station_announcements

CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JÃ!
FaÃ§a o download gratuito no site http://www.redetres.com/.
(COLABORAÃ‡ÃƒO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)

AMBIENTE
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente divulga no dia 1Âº de dezembro o novo ranking ambiental do projeto MunicÃpio Verde Azul, destinado a premiar as melhores iniciativas de gestÃ£o pÃºblica na Ã¡rea ambiental. LanÃ§ado em junho de 2007, o projeto faz parte dos esforÃ§os de descentralizaÃ§Ã£o da agenda ambiental no Estado, de acordo com a secretaria. A divulgaÃ§Ã£o do ranking acontece no auditÃ³rio Celso Furtado, no Anhembi, a partir das 13h. Para mais informaÃ§Ãµes sobre o assunto, acesse o site http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/11/09.

CARTILHA DA GENTILEZA
Na cartilha da gentileza urbana, palmas para quem usa o serviÃ§o nota 10 do caminhÃ£o de lixo de coleta seletiva, com o slogan "Comece a mudar o mundo dentro de casa!". Como tambÃ©m cuidar da calÃ§ada, do jardim, da fachada; ser educado com porteiro, carteiro, vizinhos etc. E tambÃ©m mudar os modos, inclusive espirituais. Nosso corpo Ã© nossa morada, nÃ©?
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo - 23/11/09.

"ROUPA VERDE"
>> As roupas produzidas de forma a nÃ£o agredir o ambiente e a saÃºde dos agricultores sÃ£o chamadas de "roupas verdes". Um exemplo sÃ£o as peÃ§as feitas com algodÃ£o orgÃ¢nico, que nÃ£o recebe agrotÃ³xicos em seu cultivo.
>> Roupas feitas a partir de doaÃ§Ãµes viraram grife de moda: a Recicladinho Jeans. A ONG Florescer (http://www.ongflorescer.com.br/) teve a ideia de transformar as peÃ§as usadas em novos modelitos. A venda das peÃ§as rende dinheiro para projetos na comunidade de ParaisÃ³polis, zona sul de SÃ£o Paulo.
Fonte: Folhinha - 28/11/09.

JUVENTUDE VERDE
A pesquisa "Estilos SustentÃ¡veis de Vida", feita pelo Instituto Akatu em parceria com a Unep (programa das NaÃ§Ãµes Unidas para o ambiente) e que serÃ¡ divulgada hoje, mostra que 61% dos jovens brasileiros ouvidos manifestaram preocupaÃ§Ã£o com as mudanÃ§as climÃ¡ticas -em 2001, foram 24%. A pesquisa integra o Processo de Marrakech, plano da ONU (OrganizaÃ§Ã£o das NaÃ§Ãµes Unidas) que incentiva o consumo sustentÃ¡vel.
MÃ´nica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/11/09.
Leia mais: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/pesquisa-akatu-instituto-consumo-ipsos-jovem-apatico-515583.shtml
Instituto Akatu - http://www.akatu.org.br/
Unep - http://www.unep.org/
Processo de Marrakech - http://esa.un.org/marrakechprocess/

COMO Ã‰ DIFÃCIL SER FELIZ
Por mais louco que pareÃ§a, Ã© difÃcil suportar a felicidade. VocÃª conhece alguÃ©m feliz? Nem eu, e os poucos que tÃªm tudo para serem felizes ficam inventando modas para complicar a vida.
Ter uma vida familiar satisfatÃ³ria, sem nenhum daqueles problemas graves que existem em quase todas as famÃlias, jÃ¡ Ã© raro. AlÃ©m desse aspecto, ainda existem as relaÃ§Ãµes entre os parentes, que na maioria das vezes costumam ser explosivas, para dizer o mÃnimo. Sogras odeiam noras -e vice-versa-, irmÃ£s querem esfaquear as cunhadas, e levante as mÃ£os para os cÃ©us se na sua famÃlia nunca existiu quem se engraÃ§asse com quem nÃ£o devia.
Se do lado familiar estÃ¡ tudo bem, o que jÃ¡ Ã© raro, vamos ao profissional. Suponhamos que vocÃª, depois de muita luta, tenha conseguido chegar ao ponto que queria: bem de grana e prestÃgio na praÃ§a, o que nÃ£o Ã© pouco. Mas ainda falta o lado sentimental; como vai ele?
Por incrÃvel que pareÃ§a, esse tambÃ©m vai bem. Encontrou a pessoa certa -quase certa, a bem dizer-, com quem os filhos se dÃ£o bem, a quem os amigos nÃ£o torcem o nariz e atÃ© a famÃlia, que nÃ£o deixa passar nada, aceita.
AlÃ©m disso, estÃ¡ morando numa casa legal, tem o carro do ano, pode viajar mais ou menos para onde quer mais ou menos quando quer, e o resultado do Ãºltimo check up nÃ£o poderia ter sido melhor. E mais: modÃ©stia Ã parte, o visual nÃ£o deixa a desejar, muito pelo contrÃ¡rio, e as mulheres estÃ£o chovendo na sua horta. NÃ£o sÃ£o razÃµes de sobra para estar feliz? SÃ£o, e atÃ© demais. EntÃ£o Ã© hora de inventar alguma coisa, qualquer coisa, para sofrer; afinal, nÃ£o hÃ¡ nada mais difÃcil do que viver a felicidade.
Um dos recursos mais usados Ã© o medo. Ah, se ela me deixar; ah, se eu ficar doente; ah, se minha mÃ£e morrer; ah, se eu perder o emprego; ah, se um incÃªndio queimar a minha casa; ah, se eu perder a inteligÃªncia e nÃ£o puder mais trabalhar; ah, se a inflaÃ§Ã£o voltar e nÃ£o der para pagar as prestaÃ§Ãµes do apartamento; ah, se o aviÃ£o que vai me levar para fazer a mais maravilhosa de todas as viagens cair -e por aÃ vai.
As poucas pessoa felizes -e por isso sÃ£o felizes- nÃ£o tÃªm medo de nada e nunca acham que a vida vai piorar, muito pelo contrÃ¡rio. Mas os que estÃ£o com a vida boa encontram sempre uma maneira de achar um drama em tudo. As mulheres sÃ£o especialistas nisso: se estÃ¡ tudo bem, elas lembram daquele dia, oito anos atrÃ¡s, em que o marido bebeu demais e ficou fazendo charme para uma mulher. DaÃ para uma grande cena de ciÃºmes Ã© um passo -ah, como nÃ³s podemos ser insuportÃ¡veis Ã s vezes. E o pior: essa crise pode durar dias.
Se nÃ£o Ã© por aÃ, entÃ£o quem sabe no trabalho? Como estÃ¡ tudo meio burocrÃ¡tico demais, fica pensando em como seria bom que fosse mandado para longe por uns tempos; atÃ© BrasÃlia seria uma boa, sÃ³ para mudar de ares e de funÃ§Ã£o. Mas pensa na praia, na maravilha que Ã© morar no Rio, e abandona a ideia antes que seja tarde. Mas, como nÃ£o hÃ¡ nada mais monÃ³tono do que a felicidade, Ã© preciso arranjar pelo menos um problema, um pequeno problema, para que a vida fique mais interessante, e isso Ã© simples.
Basta pensar: e se sua felicidade acabar?
Danuza LeÃ£o - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/11/09.

A BURRICE NA VELOCIDADE DA LUZ
A burrice mais crassa toma o poder no mundo. Claro que Ã© uma generalizaÃ§Ã£o, mas a crescente complexidade da vida social, a superpopulaÃ§Ã£o, o fracasso das ideologias, tudo leva ao declÃnio da esperanÃ§a e conduz os homens Ã busca da "fÃ©". A fÃ© Ã© aquilo em que acreditamos contra todas as evidÃªncias. Cai o teto da igreja, os fiÃ©is morrem e os sobreviventes continuam a louvar Deus. E nÃ£o sÃ³ fÃ© religiosa; mas polÃtica.
Depois de um momento de esperanÃ§a, de que tudo mudaria com Obama, vemos como ele Ã© barrado pela muralha da estupidez e, em breve, do racismo. A democracia, com suas complexidades, traz a fome de autoritarismo.
A grande seduÃ§Ã£o do simplismo (e do mal) Ã© que ele Ã© uno, com contornos concretos, visÃvel. Mata-se um sujeito e ele vira uma "coisa" dominada.
Nada mais claro que um cadÃ¡ver, decapitado no Iraque ou na favela do Rio. Por outro lado, a democracia pressupÃµe tolerÃ¢ncia, controle da parte maldita, animal, implica renÃºncias e a angustiosa contemplaÃ§Ã£o da diferenÃ§a.
A estupidez, nÃ£o: ela Ã© clara, excitante, eficiente.
Ã‰ a vitÃ³ria da testa curta, o triunfo das toupeiras. InteligÃªncia Ã© chata - com seus labirintos. InteligÃªncia nos desampara; burrice consola, explica. O bom asno Ã© bem-vindo, o inteligente Ã© olhado de esguelha. Na burrice, nÃ£o hÃ¡ dÃºvidas. A burrice nÃ£o tem fraturas. A burrice alivia - o erro Ã© sempre do outro. A burrice Ã© mais fÃ¡cil de entender. A burrice Ã© mais "comercial". A burrice ativa e autoconfiante parece uma forma perversa de "liberdade". A burrice Ã© a ignorÃ¢ncia com fome de sentido. O problema Ã© que a burrice no poder chama-se "fascismo". HÃ¡ tempos, me impressionou a declaraÃ§Ã£o de austrÃacos nazistas: "Votamos no Haider (o neonazista) porque nÃ£o aguentamos mais a monotonia da polÃtica, o tÃ©dio do â€˜bemâ€™, do â€˜corretoâ€™. Sente-se no ar uma fome de chefes. NinguÃ©m se liga muito na liberdade fraternal. O sucesso planetÃ¡rio dos evangÃ©licos, as massas delirando com Ãdolos de rock ou com ditadores como ChÃ¡vez e Ahmadinejad mostram a solidÃ£o da democracia diante dos anseios por slogans irracionais, pelo fundamentalismo da crueldade prÃ¡tica das "soluÃ§Ãµes finais".
Nos anos 60, havia o encantamento de uma nova era, com a glÃ³ria da juventude, a alegria da democracia criativa; achÃ¡vamos que a ciÃªncia e a arte iam nos trazer uma nova beleza de viver. Em 68, nÃ£o foram apenas as revoltas juvenis que morreram; comeÃ§ou uma vida congestionada, sem espaÃ§o para sutilezas de liberdade. O ano de 1968 virou o mundo para a direita, depois de um breve e claro instante. Assassinarem Luther King, Bob Kennedy, Praga livre foi massacrada. Na cultura, os anos 70 comeÃ§aram com a frase profÃ©tica de Lennon de que "o sonho acabara" e, logo depois, com a morte sintomÃ¡tica de Janis Joplin e Hendrix, com o fim dos Beatles e com a chegada dos caretas "embalos de sÃ¡bado Ã noite". Parece bobagem, mas uma falsa "liberdade" careta (disfarÃ§ada de "revolta") virou o principal produto do mercado de massas - a volta da burrice foi triunfal.
Claro que o mundo estÃ¡ mais informado, comunicando-se horizontalmente, digitalizado pelos milagres da tecnologia da informaÃ§Ã£o, internet etc... Claro. Mas os efeitos colaterais sÃ£o imensos. Vejam nos Twitter e Orkuts da vida a burrice viajando na velocidade da luz.
Junto com a revoluÃ§Ã£o da informaÃ§Ã£o hÃ¡ a restauraÃ§Ã£o alegre da imbecilidade. LÃ¡ fora, Forrest Gump, o herÃ³i babaca, foi o precursor; Bush foi seu sucessor, orgulhoso da prÃ³pria burrice. Uma vez, em Yale, ele disse: "Eu sou a prova de que os maus estudantes podem ser presidentes dos EUA".
AtenÃ§Ã£o: nÃ£o penso em Lula no Brasil, nÃ£o. Ele Ã© inteligentÃssimo e tem a sagacidade de usar a ignorÃ¢ncia nÃ£o sÃ³ como medalha de sucesso ("Eu era ignorante e venci"), mas sabe tambÃ©m, brilhante e pragmÃ¡tico, que as plataformas polÃticas tÃªm de ser Ã³bvias e de fÃ¡cil leitura.
Vai explicar o que Ã© "sub-peronismo" para as massas do Bolsa FamÃlia...
DaÃ, uma das razÃµes para o "nada" da oposiÃ§Ã£o atual tucana: a dificuldade de se formular uma plataforma suficientemente burra para ser entendida. No Brasil, contaminado pelo ar do tempo, a fome de simplismo domina a polÃtica, a cultura e a vida social. Vivemos em suspense, pois o pensamento petista, dominante entre acadÃªmicos e intelectuais (mesmo os que se opÃµem, tÃªm medo de ser "contra"), continua com a ideia de "confronto", de "luta de classes", de "tomada do poder", como tumores inoperÃ¡veis na cabeÃ§a.
Isso cria tambÃ©m entre nÃ³s apenas um Ã¢nimo de queixas e rancor diante da vitÃ³ria acachapante do "lulismo". NÃ£o hÃ¡ mais polÃªmicas; apenas a aceitaÃ§Ã£o do atual governo como um destino inevitÃ¡vel.
Lula nÃ£o Ã© filho do Brasil nÃ£o; Ã© o "cavalo" do Brasil - nele baixaram todos os desejos simplistas da populaÃ§Ã£o, que ele executa com maestria e maquiavelismo. Muita gente acha que a burrice Ã© a moradia da verdade, como se houvesse algo de "sagrado" na ignorÃ¢ncia dos pobres, uma sabedoria que pode desmascarar a "mentira inteligente" do mundo. Para eles, sÃ³ os pobres de espÃrito verÃ£o Deus, como reza a tradiÃ§Ã£o.
Lula pensou, brilhantemente: "Sabe o que mais? O Brasil Ã© burro demais para uma polÃtica sofisticada. Vou manter a macroeconomia que o FHC deixou e aceitarei toda a canalhice do sistema polÃtico; Ã© a Ãºnica maneira de governar". Ã‰ incrÃvel, porque a mistura de sorte na economia mundial com esta "sabedoria da ignorÃ¢ncia" tem dado alguns bons resultados.
HÃ¡ no ar uma fome de regressismo autoritÃ¡rio, como se do casebre com farinha, paÃ§oca e violinha viessem a solidariedade e a paz que deteria a marcha do mercado voraz. Ã‰ espantoso, repito: um mundo cada vez mais complexo e evoluÃdo na tecnociÃªncia anseia pela obviedade autoritÃ¡ria. Do IslÃ£ Ã velha esquerda queremos o maniqueÃsmo e o voluntarismo grosso.
Outro dia, vi um daqueles "bispos" de Jesus de terno e gravata na TV, clamando para uma multidÃ£o de fiÃ©is: "NÃ£o tenham pensamentos livres; o Diabo Ã© que os inventa!".
Arnaldo Jabor (http://www.arnaldojabor.blogger.com.br/) - Fonte: O Tempo - 24/11/09.