O FUTURO DO NOSSO PLANETA???
O FUTURO DEPENDE DA GENTE!
PLANETA TERRA
Vamos cuidar do nosso planeta. O futuro depende de todos nós. Pense, pense muito e procure agir agora... Confira a charge!
Fonte: Folha de S.Paulo - 07/06/2007.
PALAVRA DA SEMANA: OPORTUNIDADE
A palavra veio do latim opportunus, "na direção do porto". Na hora de atracar seu barco, o comandante tinha de saber aguardar pelo vento favorável. Se fosse afobado, encalharia ou trombaria o barco. Se fosse lento, desperdiçaria o momento ideal.
Max Gehringer - Fonte: Época - número 472.
“É preciso provocar sistematicamente confusão – isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.†Salvador Dali, pintor espanhol (1904-1989)
Fonte: Almanaque Brasil - Edição 55.
DESAFIOS PARA A CÚPULA DO G8
A REALIZAÇÃO de mais uma cúpula ampliada do G8, em Heiligendamm (Alemanha), oferece nova oportunidade para os lÃderes da Ãfrica do Sul, do Brasil, da China, da Ãndia e do México aprofundarem o diálogo, iniciado em Evian, em 2003, com as principais economias industrializadas sobre temas prioritários da agenda internacional.
Essas reuniões vêm se fortalecendo ano após ano, ganhando reconhecimento por introduzir novos enfoques nos debates do G8. Estou convencido de que mudança do clima, desenvolvimento sustentável, fontes novas e renováveis de energia e financiamento para o desenvolvimento são temas sobre os quais as principais economias emergentes precisam ser mais ouvidas. Não só porque as populações de nossos paÃses são diretamente afetadas mas também pela capacidade de nossos paÃses de formular e implementar propostas inovadoras para responder a esses múltiplos desafios.
A transformação dos biocombustÃveis em commodities internacionais é um exemplo de como estamos juntando esforços para encontrar respostas coordenadas. A difusão do uso do etanol e do biodiesel ajuda a democratizar o acesso à energia, diminuindo a dependência mundial de reservas finitas de hidrocarbonetos. Ao mesmo tempo, contribui para reduzir emissões de gases poluentes, ajudando na luta para reduzir os efeitos da mudança do clima, que afeta a todos.
Os biocombustÃveis têm relevância especial para os paÃses em desenvolvimento. Pelo enorme potencial de geração de empregos e de renda, oferecem uma verdadeira opção de crescimento sustentável, especialmente para paÃses que dependem da exportação de poucos bens primários. Ao mesmo tempo, o etanol e o biodiesel abrem novas avenidas de desenvolvimento, sobretudo nas indústrias bioquÃmicas. São alternativas econômicas, sociais e tecnológicas que oferecem a paÃses pobres economicamente, mas ricos em sol e terra aráveis.
As crÃticas de que os biocombustÃveis podem afetar a segurança alimentar ou agravar as mudanças climáticas partem de uma falsa premissa. Desde que os paÃses adotem cultivos adequados para suas realidades e necessidades, os biocombustÃveis podem andar de mãos dadas com a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente. Um sistema de rigorosa certificação pública, lastreado em acordos multilaterais, preservará o meio ambiente, assim como garantirá condições decentes de trabalho.
O equilÃbrio entre as pequena propriedade familiar e as grandes plantações também pode ser garantido, como prescreve, por exemplo, a legislação brasileira. Essa experiência estamos partilhando com nossos vizinhos da América Latina e do Caribe e com os irmãos africanos.
Para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, será preciso multiplicar mecanismos financeiros inovadores aptos a assegurar os recursos necessários para mudar a condição de vida de milhões de marginalizados. A cobrança de contribuição sobre passagens aéreas é um pequeno exemplo do que pode ser feito, como ficou claro na criação da Unitaid (central internacional de medicamentos).
A cúpula ampliada oferece oportunidade para formularmos estratégias integradas mundialmente para lidar com as grandes ameaças planetárias.
Não haverá desenvolvimento sustentável, harmonia ambiental e segurança duradoura se não eliminarmos a fome e a extrema desigualdade.
É por isso que as negociações comerciais multilaterais devem avançar. Precisamos de uma verdadeira rodada do desenvolvimento na OMC. Com resultados que tragam para os paÃses mais necessitados os benefÃcios tantas vezes prometidos, mas nunca plenamente materializados, da liberalização comercial.
Talvez o maior teste de nossa capacidade de forjar uma governança verdadeiramente global esteja na distribuição das responsabilidades e custos das mudanças inadiáveis à frente. Essas responsabilidades são compartilhadas, porém diferenciadas. Ao falarmos de aquecimento global ou de negociações comerciais multilaterais, não podemos tratar igualmente paÃses com capacidades e responsabilidades tão desiguais. A legÃtima proteção da propriedade intelectual, por exemplo -que está na agenda do G8-, não pode se sobrepor ao imperativo ético de garantir medicamentos essenciais a preços acessÃveis.
O Brasil tem plena consciência de suas obrigações e está ativamente engajado em todas essas iniciativas. Por isso, confiamos em que o diálogo ampliado do G8 continuará a ser instância indispensável na consolidação de uma agenda comum, de interesses e desafios compartilhados por todos.
A constituição de um foro permanente entre paÃses em desenvolvimento e desenvolvidos para tratar as questões centrais do mundo de hoje ajudará a tornar a globalização menos assimétrica e mais solidária.
LUIZ INÃCIO LULA DA SILVA, 61, é o presidente da República Federativa do Brasil.
Fonte: Folha de S.Paulo - 08/06/2007.
O HISTÓRICO ACORDO DO ULSTER
Após mais de quatro décadas de conflito, protestantes e católicos formaram em maio último um governo de união para administrar a Irlanda do Norte, o Ulster. Histórico, o acordo determina a autonomia limitada do Ulster, que passa a legislar sobre questões como agricultura, educação e saúde. Última etapa do Acordo da Sexta-Feira Santa, assinado em 1998, o governo de coalizão é apontado como uma das principais conquistas do primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
As rivalidades religiosas na Irlanda remontam ao século 17. De um lado, a maioria de irlandeses protestantes, unionistas, identificados com o domÃnio britânico. Do outro, a minoria irlandesa católica, republicana e nacionalista, que busca, por meio da resistência religiosa, lutar pelo fim da hegemonia britânica e pela unificação com a vizinha República da Irlanda.
No século 19, a Irlanda foi integrada ao Reino Unido da Grã-Bretanha por meio da assinatura do Union Act. Em 1922, a resistência nacionalista católica fez surgir a República da Irlanda, o Eire. Todavia, a parte norte da ilha, o Ulster, continuava como provÃncia do Reino Unido. Discriminados, os católicos intensificaram sua luta no final dos anos 1960 e foram duramente reprimidos. Com a radicalização do conflito, o IRA (Exército Republicano Irlandês), grupo extremista católico, respondeu com sucessivos atentados. O agravamento das tensões resultou na ocupação militar inglesa em 1969. Em 1972, tropas britânicas atiraram contra manifestantes católicos, matando 14 jovens irlandeses, no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Depois de muita violência e um saldo de cerca de 3.000 mortos, a paz parece ter chegado ao Ulster. O premiê britânico, Tony Blair, no poder desde 1997, convencido de que cumpriu sua missão, anunciou que deixará o cargo no final de junho. Mesmo com a consolidação do acordo, os militantes do IRA declararam que prosseguirão na sua busca pela independência, mas agora pela "via polÃtica".
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile.
Fonte: Folha de S.Paulo – 05/06/2007.
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