FM - Faculdade Mental

PENSE! - 16/06/2012

PENSANDO NO TIBET

MONGES CONECTADOS ESPALHAM NOTÃCIAS DE PROTESTO
English:
http://www.nytimes.com/2012/05/24/world/asia/technology-reaches-remote-tibetan-corners-fanning-unrest.html?_r=1&ref=andrewjacobs
Facebook:
https://www.facebook.com/pages/Save-Tibet-Why/128005817227104?ref=ts
MudanÃ§a: RevoluÃ§Ã£o tecnolÃ³gica tem ajudado a difundir inquietaÃ§Ã£o sobre polÃticas chinesas sufocantes.
Toques do iPhone e alertas do Skype jÃ¡ podem ser ouvidos em monastÃ©rios.
O jovem monge budista discutia sobre autoimolaÃ§Ãµes e protestos que tÃªm sido cada vez mais frequentes em determinadas regiÃµes da China, quando o insistente barulho de punhos rangendo na porta soou pelo cÃ´modo. Toc, toc, toc.
Seus convidados ficaram apreensivos, mas o monge os acalmou, apontando para a tela de computador em cima da mesa, ao lado do santuÃ¡rio religioso que ocupava grande parte de seu pequeno quarto, em um monastÃ©rio na cidade de Qinghai.
O barulho, para surpresa de quem o ouviu, era um simples sinal de que havia chegado uma mensagem no Tecent QQ, o serviÃ§o de mensagens online mais popular da China. Hoje em dia, os toques clÃ¡ssicos do iPhone e os alertas difundidos do Skype podem ser ouvidos em monastÃ©rios por toda a Ã¡rea de picos nevados e remotos e em pradarias em grandes altitudes no noroeste da China. AtÃ© mesmo os nÃ´mades tibetanos que moram fora das cidades usam receptadores de sinal de satÃ©lites para assistir Ã TV chinesa - e ouvir a programas da rÃ¡dio Free Asia e da estaÃ§Ã£o Voice of America.
Apesar de a revoluÃ§Ã£o tecnolÃ³gica ter demorado para chegar atÃ© aqui, ela estacionou, e penetrou nas esquinas mais remotas do planalto tibetano, transformando vidas comuns e desenvolvendo um papel cada vez mais importante em disseminar o sentimento de inquietaÃ§Ã£o que aflige os tibetanos sobre as polÃticas governamentais chinesas - que muitos tibetanos descrevem como sufocantes.
Uma consciÃªncia polÃtica crescente recentemente encontrou a Ãºnica forma de expressÃ£o que nÃ£o pode ser apagado pelas autoridades. Desde marÃ§o de 2010, pelo menos 34 pessoas atearam fogo a si mesmas.
DivulgaÃ§Ã£o
Apesar de esforÃ§os governamentais para restringir o fluxo de informaÃ§Ãµes, cidadÃ£os jornalistas e monges comuns tÃªm coletado detalhes e imagens das autoimolaÃ§Ãµes, espalhando-as para alÃ©m do que o paÃs chama de "a grande muralha digital". Em alguns casos, imagens borradas de seus momentos finais em chamas, ou as terrÃveis consequÃªncias, logo antes de a polÃcia espantar os manifestantes e retirar os corpos da frente do pÃºblico. MatÃ©rias jornalÃsticas, rapidamente empacotadas por grupos de advocacia e enviadas por e-mail para jornalistas estrangeiros, frequentemente incluem as exigÃªncias dos manifestantes: mais autonomia e o retorno de Dalai Lama, o lÃder espiritual tibetano, que tem vivido em exÃlio desde 1959.
"A tecnologia estÃ¡ facilitando o desenvolvimento de uma consciÃªncia que estÃ¡ sendo propagada mais rÃ¡pido do que nunca", afirma Kate Saunders, diretora de comunicaÃ§Ã£o da Campanha Internacional pelo Tibete em Londres.
A consciÃªncia estÃ¡ influenciando uma geraÃ§Ã£o que foi criada sob as leis chinesas, mas Ã© cÃ©tica com relaÃ§Ã£o Ã propaganda governamental que mancha a reputaÃ§Ã£o de dalai Lama. AtÃ© os estudantes do ensino fundamental jÃ¡ estÃ£o fluentes na lÃngua da resistÃªncia.
CENSURA: "Todos nÃ³s sabemos como pular o muro"
Monges como Dorje, 23, no MonastÃ©rio Kumbum, em Quinghai, sÃ£o verdadeiros protÃ³tipos de uma nova geraÃ§Ã£o, mais internacional e bem informada. Em seu quarto, hÃ¡ cartazes de Kobe Bryant nas paredes, imagens de buda e uma guitarra acÃºstica que ele toca Ã noite.
Seu objeto mais precioso, porÃ©m, diz ele, Ã© o computador, usado para baixar mÃºsicas de Celine Dion e notÃcias do Tibete. "Todos nÃ³s sabemos como pular o muro", ele afirma,
cuidadosamente, referindo-se a programas de computador do governo chinÃªs que restringem informaÃ§Ãµes.
Essas atividades, porÃ©m, podem ser perigosas. Dorje conta que um amigo monge foi levado pela polÃcia em marÃ§o, apenas dias apÃ³s um amigo ligar da provÃncia de Sichuan e espalhar a notÃcia sobre mais uma autoimolaÃ§Ã£o. Segundo o amigo, o erro do monge foi compartilhar a notÃcia com pessoas demais.
Grupos exilados afirmam que os esforÃ§os do governo para sufocar informaÃ§Ãµes podem ter sido bem-sucedidos em grande parte da regiÃ£o autÃ´noma do Tibete, onde a seguranÃ§a Ã© draconiana e a visita de jornalistas Ã© proibida. Na regiÃ£o de Lhasa, por exemplo, um equipamento do governo impede os moradores de captarem sinais da Radio Free Asia.
Em Ã¡reas de predominÃ¢ncia tibetana, que atÃ© pouco tempo eram administradas com punhos mais frouxos, porÃ©m, o medo das consequÃªncias ainda nÃ£o eliminou a transmissÃ£o de informaÃ§Ãµes. Conhecidas pelos nomes histÃ³ricos Amdo e Kham, as Ã¡reas sÃ£o relativamente ricas e que jÃ¡ foram verdadeiros pontos de dissidÃªncia intelectual no Tibete. Ã‰ nessa regiÃ£o, nas provÃncias de Qinghai, Gansu e Sichuan, que as autoimolaÃ§Ãµes e os protestos em massa tÃªm ocorrido com frequÃªncia, apesar da forte presenÃ§a militar. (AJ/SD/NYT).
AÃ§Ãµes refletem em nova geraÃ§Ã£o
Para Dicki Chhoyang, ministro do governo tibetano em exÃlio, a quantidade autoimolaÃ§Ãµes reflete um grupo que Ã© mais educado que a geraÃ§Ã£o anterior, e estÃ¡, a cada dia, mais e mais ligado ao mundo do lado de fora dos muros.
"Estamos vivenciando uma geraÃ§Ã£o que Ã© mais ousada e possui um nÃvel maior de consciÃªncia polÃtica", diz Chhoyang, falando de Dharamsala, na Ãndia. "Eles querem mandar uma mensagem sobre o quÃ£o sÃ©rios estÃ£o, quando se trata da situaÃ§Ã£o nas regiÃµes do Tibete", completa.
Exilados e grupos que lutam por seus direitos afirmam que recebem, a cada dia, mais ligaÃ§Ãµes durante protestos nas ruas. Durante um protesto em frente Ã embaixada chinesa em Londres, um participante transmitiu ao vivo imagens para seus amigos tibetanos via skype. (AJ/SD/NYT).
Andrew Jacobs - The New York Times - Traduzido por Luiza Andrade â€“ Fonte: O Tempo â€“ 11/06/12.
Reportagem original do â€œThe New York Timesâ€ em inglÃªs:
http://www.nytimes.com/2012/05/24/world/asia/technology-reaches-remote-tibetan-corners-fanning-unrest.html?_r=1&ref=andrewjacobs
Facebook:
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PENSE!
â€œAs grandes obras sÃ£o executadas nÃ£o pela forÃ§a, mas pela perseveranÃ§aâ€ (Samuel Johnson, escritor inglÃªs)
Fonte: Almanaque Brasil â€“ NÃºmero 158.

ECONOMIA
"Um viajante chega numa cidade e entra num pequeno hotel. Na recepÃ§Ã£o, entrega duas notas de R$100,00 e pede para ver um quarto.
Enquanto o viajante inspeciona os quartos, o gerente do hotel sai correndo com as duas notas de R$100,00 e vai atÃ© o aÃ§ougue pagar suas dÃvidas com o aÃ§ougueiro.
Este pega as duas notas e vai atÃ© um criador de suÃnos a quem, coincidentemente, tambÃ©m deve R$200,00 e quita a dÃvida.
O criador, por sua vez, pega tambÃ©m as duas notas e corre ao veterinÃ¡rio para liquidar uma dÃvida de... R$200,00.
O veterinÃ¡rio, com a duas notas em mÃ£os, vai atÃ© a zona quitar a dÃvida com uma garota de programa. Coincidentemente, a dÃvida era de R$200,00.
A garota sai com o dinheiro em direÃ§Ã£o ao hotel, lugar onde, Ã s vezes, levava seus clientes e que ultimamente nÃ£o havia pago pelas acomodaÃ§Ãµes. Valor total da dÃvida: R$200,00. Ela avisa ao gerente que estÃ¡ pagando a conta e coloca as notas em cima do balcÃ£o.
Nesse momento, o viajante retorna dos quartos, diz nÃ£o ser o que esperava, pega as duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
NinguÃ©m ganhou ou gastou nenhum centavo, porÃ©m agora toda a cidade vive sem dÃvidas, com o crÃ©dito restaurado e comeÃ§a a ver o futuro com confianÃ§a!
MORAL DA HISTÃ“RIA: NÃƒO QUEIRA ENTENDER ECONOMIA!â€
(ColaboraÃ§Ã£o: Waldeyr E. de Paula Junior)

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