FM - Faculdade Mental

PENSE! - 31/07/2008

AS OLIMPÃADAS DA CHINA

POLUIÃ‡ÃƒO Ã€ VISTA

English:
http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/newsenglish/witn/2008/07/080728_beijing_pollution.shtml
China - Vista aÃ©rea exibe nÃ©voa cobrindo a Cidade Perdida de Pequim. As autoridades chinesas podem aumentar as restriÃ§Ãµes Ã circulaÃ§Ã£o de veÃculos e ao funcionamento de fÃ¡bricas para tentar reduzir a poluiÃ§Ã£o durante os Jogos OlÃmpicos.
Fonte: Terra - 28/07/08.

GREVE
A palavra "greve" vem do francÃªs 'grÃ¨ve' (faixa de areia ou cascalho Ã margem do mar ou de um rio). Sobre a origem da expressÃ£o, entende-se que, em Paris, os trabalhadores e desempregados costumavam se reunir numa praÃ§a Ã beira do Sena, perto da Prefeitura, chamada 'Place de la GrÃ¨ve'. 'Faire grÃ¨ve' ("fazer grÃ¨ve") inicialmente significava se reunir na praÃ§a para fazer reivindicaÃ§Ãµes ou pedir mais empregos, atÃ© que, em 1805, a palavra ganhou o sentido de "paralisaÃ§Ã£o voluntÃ¡ria e coletiva do trabalho", que persiste atÃ© hoje.
A palavra originou ainda algumas expressÃµes como "greve de fome", que significa o ato de nÃ£o se alimentar em nome de um protesto ou revindicaÃ§Ã£o. TambÃ©m temos a expressÃ£o "greve de braÃ§os cruzados", onde a paralisaÃ§Ã£o se dÃ¡ no local de trabalho.
DefiniÃ§Ã£o do dicionÃ¡rio Aulete Digital
GREVE (gre.ve)
substantivo feminino.
1 InterrupÃ§Ã£o coletiva do trabalho ou de atividade para reivindicar algo ou protestar contra uma determinada situaÃ§Ã£o; PAREDE.
[FormaÃ§Ã£o: Do francÃªs 'grÃ¨ve'.]
Greve branca
1 Pol. InterrupÃ§Ã£o de atividades (de empresa, instituiÃ§Ã£o etc.) sem que haja represÃ¡lias.
Greve de braÃ§os cruzados
1 InterrupÃ§Ã£o de atividades (de empresa, instituiÃ§Ã£o etc.) com os grevistas presentes no local de trabalho.
Greve de fome
1 Ato voluntÃ¡rio de nÃ£o se alimentar, como forma de protesto e para atrair a atenÃ§Ã£o dos meios de comunicaÃ§Ã£o ou das autoridades.
Greve geral
1 Pol. InterrupÃ§Ã£o de trabalho simultaneamente em vÃ¡rios setores, regiÃµes etc., como manifestaÃ§Ã£o polÃtica ou como forma de reivindicaÃ§Ã£o coordenada por organizaÃ§Ãµes de classe.
Aulete Digital: O primeiro dicionÃ¡rio livre, gratuito e interativo do Brasil. A palavra Ã© sua!
http://www.auletedigital.com.br/
(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B.)

A BOLACHA NA TELINHA E A NOSSA LIBERDADE
Dizem que sou arrogante, que nunca assumo um erro. A segunda parte, ao menos, Ã© falsa. Errei na Ãºnica vez em que apoiei, ainda que parcialmente, uma proposta do petismo. Fui enganado pelo ministro da SaÃºde, o peemedebista JosÃ© Gomes TemporÃ£o. Como sabem, o governo limitou o horÃ¡rio da propaganda de cerveja na TV â€“ TemporÃ£o invocava com a "Zeca-Feira". Segundo ele, a publicidade glamouriza o consumo do produto. No programa Roda Viva, eu lhe disse que era favorÃ¡vel Ã limitaÃ§Ã£o de horÃ¡rio, mas contrÃ¡rio a que o governo se metesse no conteÃºdo publicitÃ¡rio. Seria censura. Ã‰ claro que a limitaÃ§Ã£o acarretaria uma diminuiÃ§Ã£o de receita das emissoras de TV. "Fazer o quÃª?", pensei. "Aconteceu isso quando se proibiu a propaganda de cigarro; que procurem novos nichos, novos produtos, novas fontes." Eu, o liberal tolo diante de um governo petista. Como numa canÃ§Ã£o antiga, proclamo: "Errei, sim!". E digo por quÃª.
Nova pretensÃ£o anunciada pela AgÃªncia Nacional de VigilÃ¢ncia SanitÃ¡ria (Anvisa) deixa evidente que a limitaÃ§Ã£o da propaganda de cerveja tem mais a ver com a saÃºde do governo Lula do que com a saÃºde dos brasileiros. Percebi que ela era parte de uma estratÃ©gia para asfixiar as emissoras que dependem do mercado para viver â€“ e nÃ£o da bufunfa de estatais, do governo ou de seitas religiosas. Fui um idiota. Penitencio-me.
A Anvisa, Ã³rgÃ£o subordinado ao MinistÃ©rio da SaÃºde, agora quer limitar ao perÃodo das 21 Ã s 6 horas a propaganda de alimentos considerados pouco saudÃ¡veis, "com taxas elevadas de aÃ§Ãºcar, gorduras trans e saturada e sÃ³dio", e de "bebidas com baixo teor nutricional" (refrigerantes, refrescos, chÃ¡s). Mesmo no horÃ¡rio permitido, a propaganda nÃ£o poderia conter personagens infantis nem desenhos. Segundo a AssociaÃ§Ã£o Brasileira das IndÃºstrias de AlimentaÃ§Ã£o (Abia), isso representaria um corte de 40% na publicidade do setor, estimada em 2 bilhÃµes de reais em 2005. Dos 802 milhÃµes de reais que deixariam de ser investidos, algo como 240 milhÃµes seriam destinados Ã TV â€“ e a maior parte disso, suponho, para a Rede Globo.
Virei caixa dos Marinho? NÃ£o! Virei guardiÃ£o da minha liberdade. Ã‰ evidente que se tenta usar a via da saÃºde para atingir o nirvana da doenÃ§a totalitÃ¡ria. Querem criar dificuldades para as emissoras â€“ e, a rigor, nos termos dados, para todas as empresas que vivem de anÃºncios â€“ para vender facilidades. O ministro TemporÃ£o, que ainda nÃ£o conseguiu fazer funcionar os hospitais (sei que a tarefa Ã© difÃcil; daÃ que ele deva se ocupar do principal), candidata-se a ser o grande chefe da censura no Brasil. Na aparÃªncia, ele quer nos impor a ditadura da saÃºde; na essÃªncia, torna-se esbirro de um projeto para enfraquecer as empresas privadas de comunicaÃ§Ã£o que se financiam no mercado â€“ no caso, nÃ£o o mercado do divino ou o mercado sem-mercado das estatais.
Imagine vocÃª, leitor, que aquele biscoito recheado â€“ em SÃ£o Paulo, a gente chama de "bolacha" â€“, que sempre nos leva a dÃºvidas existenciais profundas ("Como as duas de uma vez? Separo para comer primeiro o recheio? Como o recheio junto com um dos lados?"), seria elevado Ã categoria de um perigoso veneno para as nossas crianÃ§as. TemporÃ£o quer protegÃª-las desse perigoso elemento patogÃªnico. Mesmo no horÃ¡rio permitido, a propaganda teria de ser uma coisa sÃ©ria, de bom gosto. Sem apelo infantil. O MinistÃ©rio da SaÃºde, quando faz propaganda de camisinha, sempre recorre a situaÃ§Ãµes que simulam sexo irresponsÃ¡vel. Mas nÃ£o quer saber de desenho animado em propaganda de guaranÃ¡. A criatividade dos publicitÃ¡rios, coitados, teria de se voltar para comida de cachorro. Imagine o seu filho, ensandecido, querendo comer a sua porÃ§Ã£o diÃ¡ria de Frolic, estimulado pela imaginaÃ§Ã£o perversa de desalmados diretores de criaÃ§Ã£o.
A proposta nÃ£o resiste a trinta segundos de lÃ³gica. Ã‰ evidente que biscoito nÃ£o faz mal. Em quantidades moderadas, nÃ£o havendo incompatibilidade do organismo com os ingredientes, faz bem. Se o moleque ou a menina comerem um pacote por dia, tenderÃ£o a engordar. Deve haver um limite saudÃ¡vel atÃ© para o consumo de chuchu. Carro tambÃ©m mata â€“ acidentes de automÃ³vel sÃ£o uma das principais causas de morte no Brasil. A culpa, quase sempre, Ã© da imprudÃªncia do motorista ou das pÃ©ssimas condiÃ§Ãµes das estradas. Ã‰ preciso usar/consumir adequadamente a mercadoria.
Uma pergunta: Ã¡gua entra ou nÃ£o na categoria das "bebidas com baixo teor nutricional"? O ridÃculo desse pessoal Ã© tamanho a ponto de propor limites Ã propaganda de Ã¡gua? E de lingÃ¼iÃ§a, pode? A gordura animal em excesso tambÃ©m faz mal Ã saÃºde. Quem garante que o sujeito nÃ£o vai consumir o produto todos os dias, atÃ© que as suas artÃ©rias se entupam? NÃ£o ande de moto. HÃ¡ o risco de cair. Numa bicicleta, vocÃª pode ser atropelado. E desodorizador de ambiente do moleque que quer fazer "cocÃ´ na ca-sa do Pe-dri-nho"? Pode ou nÃ£o? NÃ£o fere a camada de ozÃ´nio?
Observem: ainda que isso tudo fosse a sÃ©rio, com o propÃ³sito de cuidar da saÃºde dos brasileiros, jÃ¡ seria um troÃ§o detestÃ¡vel. Sabiam que os nazistas foram os primeiros, como direi?, ecologistas do mundo? Ã‰ verdade: nÃ£o a ecologia como uma preocupaÃ§Ã£o vaga com a natureza, mas como uma polÃtica pÃºblica mesmo. Hitler, que era vegetariano, gostava mais de paisagem do que de gente, o que fica claro na "arte" alemÃ£ do perÃodo, com suas evocaÃ§Ãµes da Floresta Negra. Eles tambÃ©m tinham uma preocupaÃ§Ã£o obsessiva com a saÃºde, com os corpos olÃmpicos. O tirano odiava que fumassem na sua presenÃ§a, privilÃ©gio concedido a poucos. A exemplo do czar naturalista de Carlos Drummond de Andrade, Hitler caÃ§ava homens e achava uma barbaridade que se pudessem caÃ§ar borboletas e andorinhas.
A preocupaÃ§Ã£o excessiva do governo nessa Ã¡rea, entendo, Ã© tambÃ©m patolÃ³gica, mas a patologia Ã© outra. Por meio da censura prÃ©via â€“ de que foi obrigado a recuar â€“ e da limitaÃ§Ã£o Ã publicidade de vÃ¡rios produtos, pretende-se atingir o caixa das empresas de comunicaÃ§Ã£o, que fazem do que faturam no mercado a fonte de sua independÃªncia editorial. Ora, Ã© claro que, sem a publicidade da cerveja, dos alimentos e do que mais vier por aÃ, elas ficam, especialmente as TVs, mais dependentes da verba estatal e do governo. E, no caso, Ã© mais prejudicado quem se financia mais no mercado.
A equaÃ§Ã£o Ã© simples: vocÃªs acham que a porcentagem da grana de estatais no faturamento total Ã© maior na Globo ou em qualquer uma das concorrentes? Numa Carta Capital ou numa VEJA? Os petistas nÃ£o se conformam que o capitalismo possa financiar a liberdade e a independÃªncia editoriais. Querem tornar essas grandes empresas estado-dependentes. Quanto mais se reduz o mercado anunciante â€“ diminuindo, pois, a diversidade de fontes de financiamento â€“, mais se estreita a liberdade.
TemporÃ£o, tenha sido ou nÃ£o chamado Ã questÃ£o com esse propÃ³sito, tornou-se o braÃ§o operativo dessa pressÃ£o. Curioso esse ministro tÃ£o cheio de querer impor restriÃ§Ãµes do estado Ã vida e Ã s opÃ§Ãµes das pessoas. Ã‰ aquele mesmo que jÃ¡ deixou claro ser favorÃ¡vel Ã descriminaÃ§Ã£o do aborto atÃ© a 14Âª semana porque, parece, atÃ© esse limite o feto nÃ£o sente dor, jÃ¡ que as terminaÃ§Ãµes nervosas ainda nem comeÃ§aram a se formar. Ã‰ um ministro, digamos, laxista em matÃ©ria de vida humana, mas muito severo com biscoitos. O que faÃ§o? Recomendo a ele que tenha com as crianÃ§as que estÃ£o no ventre o mesmo cuidado que pretende ter com as que querem comer Doritos?
Eis aÃ o caminho do nosso bolivarianismo light. A terra estÃ¡ amassada pelo discurso hipÃ³crita da saÃºde. Farei agora uma antÃtese um tanto dramÃ¡tica, cafona atÃ©, mas verdadeira: essa gente finge cuidar do nosso corpo porque quer a nossa alma.
Reinaldo Azevedo - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2071.

MESMO ASSIM
Vivemos um momento na face da Terra que, por vezes, parece que todos os valores morais estÃ£o em baixa.
E vocÃª, que estÃ¡ buscando construir suas mais nobres virtudes, em muitos momentos se sente enfraquecido pelo prÃ³prio mundo Ã sua volta.
Quando age com honestidade, comentam que vocÃª Ã© tolo, que estÃ¡ remando contra a marÃ©, em vez de fazer o que todo mundo faz. Mas se vocÃª quer ser grande perante sua consciÃªncia, seja honesto mesmo assim.
Se procura balizar seus atos na justiÃ§a, ouve que essa atitude Ã© a de um alienado, vivendo num mundo em que vence sempre o mais forte. No entanto, seja justo mesmo assim.
Se estÃ¡ construindo um lar apoiado nas colunas sÃ³lidas da fidelidade, Ã© comum ouvir gargalhadas insanas ou comentÃ¡rios maldosos a respeito do seu comportamento. Seja fiel mesmo assim.
Quando seu coraÃ§Ã£o se compadece, diante dos infelizes de toda sorte, nÃ£o falta a zombaria daqueles que pensam que cada um deve pensar em si prÃ³prio, ignorando os sofrimentos dos irmÃ£os de caminhada. Tenha compaixÃ£o mesmo assim.
Se vocÃª dedica algumas horas do seu dia, voluntariamente, em favor de alguÃ©m, rico ou pobre, que precisa da sua atenÃ§Ã£o e do seu carinho, percebe as investidas da maldade daqueles que pensam que nos seus atos hÃ¡ uma segunda intenÃ§Ã£o. Seja fraterno e solidÃ¡rio mesmo assim.
Quando vocÃª age com sinceridade, com lealdade, Ã© comum ser taxado de insensato, fugindo do comum em que muitos usam de subterfÃºgios mesquinhos para conseguir o que desejam. Seja sincero e leal mesmo assim.
Se, diante das circunstÃ¢ncias do dia-a-dia, vocÃª revela sua fÃ© em Deus e em Suas soberanas Leis, e Ã© chamado de piegas ou crÃ©dulo, mantenha sua fÃ© mesmo assim.
Se em face de tantos desatinos no campo da sensualidade e na falta de decoro que assola grande parte dos seres, vocÃª deseja manter-se Ãntegro e recatado e Ã© chamado de louco mantenha-se Ãntegro e recatado mesmo assim.
Quando aqueles que se julgam acima do bem e do mal tentam apagar a chama da esperanÃ§a que vocÃª acalenta no Ãntimo, afirmando que a esperanÃ§a Ã© a ilusÃ£o da mediocridade, mantenha a esperanÃ§a mesmo assim.
E, por fim, mesmo que alguÃ©m tente roubar a sua coragem de continuar lutando e acreditando em dias melhores, mantenha sua coragem e continue acreditando mesmo assim.
Ao findar sua jornada terrestre, e sÃ³ entÃ£o, vocÃª poderÃ¡ contemplar a ficha de avaliaÃ§Ã£o do seu desempenho. Somente vocÃª serÃ¡ responsabilizado por seus atos. E tenha a certeza de que todos aqueles que tentaram desviÃ¡-lo do caminho reto nÃ£o estarÃ£o lÃ¡ para lhe dar apoio...
Madre Teresa de CalcutÃ¡, dentre tantos conselhos preciosos que legou Ã humanidade, deixou um conselho especial para aqueles que desejam construir na intimidade as mais nobres virtudes, dizendo:
"Muitas pessoas sÃ£o irracionais, ilÃ³gicas e egocÃªntricas. Ame-as, mesmo assim."
"Se vocÃª tem sucesso em suas boas realizaÃ§Ãµes, ganharÃ¡ falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha sucesso, mesmo assim."
"O bem que vocÃª faz serÃ¡ esquecido amanhÃ£. FaÃ§a o bem, mesmo assim."
"A honestidade e a franqueza o tornam vulnerÃ¡vel. Seja honesto, mesmo assim."
"Aquilo que vocÃª levou anos para construir, pode ser destruÃdo de um dia para o outro. Construa, mesmo assim."
"Os pobres tÃªm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacÃ¡-lo se vocÃª os ajudar. Ajude-os, mesmo assim."
"Se vocÃª der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, vocÃª corre o risco de se machucar. DÃª o que vocÃª tem de melhor, mesmo assim."
(ColaboraÃ§Ã£o: Luciana)