FM - Faculdade Mental

PENSE! - 04/12/2008

PENSANDO NO VAZIO

PICHADORES VIRTUAIS

A 28Âª Bienal Internacional de SÃ£o Paulo, ou simplesmente a â€˜bienal do vazioâ€™, acaba de ajudar a escrever mais um capÃtulo bizarro na histÃ³ria das artes plÃ¡sticas brasileira.
Ã‰ que os desenhos dos pichadores no andar vazio da Bienal, apagados por funcionÃ¡rios do pavilhÃ£o, ganharam uma versÃ£o em nÃ©on na galeria Casa TriÃ¢ngulo, em mostra aberta dia 28/11 em SÃ£o Paulo. No primeiro dia da bienal, pichadores invadiram o prÃ©dio do Ibirapuera e picharam parte do segundo andar.
A idÃ©ia partiu dos artistas Eli Sudbrack e Christophe Pierson, juntos no coletivo "assume vivid astro focus", que resolveram questionar o elitismo da Bienal.
Segundo Sudbrack, a pichaÃ§Ã£o foi a melhor coisa que aconteceu durante a bienal. Portanto, deveria ter sido mantida lÃ¡. E nÃ£o apagada.
Os dois artistas pintaram de vermelho, azul, verde e cinza as paredes do segundo andar da galeria. Numa delas, estÃ¡ uma instalaÃ§Ã£o em nÃ©on que reproduz o logotipo usado pelo grupo de pichadores que invadiu a Bienal no dia da abertura. A obra dos dois artistas pode ser vista atÃ© o dia 20 de dezembro.
Fonte: O Tempo - 30/11/08.
28Âª Bienal Internacional de SÃ£o Paulo - http://bienalsaopaulo.globo.com/

DIA MUNDIAL DE COMBATE Ã€ AIDS
NÃ£o se pode relaxar nesse tema. NÃ£o existe grupo de risco, a doenÃ§a pode atingir qualquer um.
Confira todos os detalhes: http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/aids/index.htm

ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
Segredos dos Grandes Empreendedores! (PARTE V)
Por Adm. Marizete Furbino

â€œOs grandes lÃderes sÃ£o como os melhores maestros, eles vÃ£o alÃ©m das notas para alcanÃ§ar a mÃ¡gica dos mÃºsicosâ€.Blaine Lee

Empreendedores de sucesso sÃ£o profissionais de destaque no mercado, profissionais estes que possuem algumas caracterÃsticas que os fazem diferenciar dos demais.
Tais caracterÃsticas podem ser consideradas decisivas, e, quando somadas, se constituem em seus mais preciosos bens.
- Ã‰ um lÃder visionÃ¡rio: Esta Ã© uma das caracterÃsticas marcantes de um empreendedor. Ser um lÃder visionÃ¡rio nem sempre Ã© fÃ¡cil, jÃ¡ que a fronteira entre o â€œousar de forma conseqÃ¼ente e com pÃ© no chÃ£oâ€ Ã© muito tÃªnue quando relacionada ao â€œlÃder deliranteâ€. Dentro desse contexto, atravÃ©s de um comportamento dinÃ¢mico, ativo, e prÃ³-ativo no exercÃcio da funÃ§Ã£o, observa-se que o lÃder visionÃ¡rio Ã© capaz de enxergar oportunidades onde ninguÃ©m as vÃª, e, por conseguinte, obter alÃ©m do resultado esperado, um diferencial.
- Possui autoconfianÃ§a aguÃ§ada: O empreendedor confia muito em si prÃ³prio, e isto Ã© extremamente necessÃ¡rio, pois ninguÃ©m quer ter um lÃder que vive na indecisÃ£o.
- Possui disciplina em sua vida profissional: AtravÃ©s da disciplina o empreendedor atua de forma concentrada, priorizando suas metas, trabalhando em prol das mesmas, alcanÃ§ando maior equilÃbrio no que tange Ã melhor administraÃ§Ã£o do tempo, e assim, com muita responsabilidade, determinaÃ§Ã£o e flexibilidade, possui maior chance de alcanÃ§ar o tÃ£o desejado sucesso.
- Capacidade de correr riscos calculados: Assume os riscos, de forma a avaliar e a analisar de maneira antecipada a aÃ§Ã£o. Bons empreendedores nÃ£o agem de maneira impensada. O risco calculado Ã© que permite uma chance maior de Ãªxito na tomada de decisÃ£o.
- Planeja sempre suas aÃ§Ãµes: O empreendedor Ã© consciente de que o planejamento possui grande valia dentro da empresa; assim, executa suas aÃ§Ãµes pautadas em um bom planejamento elaborado e executado pela equipe, pois acredita que ninguÃ©m Ã© dono do saber. AÃ entÃ£o compartilha e descentraliza aÃ§Ãµes, somando habilidades, conhecimentos, e talentos.
- Tem senso de organizaÃ§Ã£o: Ã‰ extremamente organizado, possui a consciÃªncia de que com a organizaÃ§Ã£o se obtÃªm maior produtividade e maior lucro. Por via de conseqÃ¼Ãªncia, maximiza resultados e minimiza custos se houver organizaÃ§Ã£o em tudo que se propÃµe a fazer.
- Sabe valorizar seus clientes: AlÃ©m de propiciar a venda do produto e/ou serviÃ§o, o empreendedor deve ter armas para conquistar o cliente, e isto se faz com muita educaÃ§Ã£o, respeito, cordialidade, atenÃ§Ã£o e muita paciÃªncia. O cliente plenamente satisfeito torna-se um verdadeiro parceiro da empresa porque, alÃ©m de sempre retornar para comprar outros produtos e/ou serviÃ§os, irÃ¡ fazer a recomendaÃ§Ã£o desta para outras pessoas, tornando-se o nosso grande vendedor e divulgador.
- Capacidade de comunicaÃ§Ã£o: Possui plena consciÃªncia da importÃ¢ncia da comunicaÃ§Ã£o no que tange a todos os stakeholders (todos que afetam e/ou sÃ£o afetados pelas aÃ§Ãµes da empresa, como por exemplo, acionistas, clientes internos, clientes externos, sindicatos, donos do negÃ³cio, fornecedores, governo, etc) envolvidos no processo organizacional, preocupando dessa forma em realizar uma comunicaÃ§Ã£o eficiente, eficaz, rÃ¡pida e de maneira elegante. Ã‰ atravÃ©s da comunicaÃ§Ã£o que alcanÃ§amos sinergia dentro de uma organizaÃ§Ã£o, uma vez que a comunicaÃ§Ã£o nos permite unir forÃ§as, promover a integraÃ§Ã£o e o inter-relacionamento entre pessoas e departamentos, permitindo que todos se conheÃ§am, atuem de maneira a cooperar e a colaborar, somando forÃ§as e caminhando de forma integrada em prol dos objetivos organizacionais, procurando alcanÃ§ar sempre a obtenÃ§Ã£o da maximizaÃ§Ã£o dos resultados por meio de um trabalho em equipe.
Se vocÃª nÃ£o possui todas estas caracterÃsticas, procure nÃ£o lamentar, pois existe uma boa notÃcia: ainda hÃ¡ tempo de aprender a ser um exÃmio empreendedor e sobressair-se no mercado. Ã‰ fundamental vocÃª conhecer e ouvir a si prÃ³prio, descobrindo o que deseja fazer e implementando as habilidades acima referidas em sua vida profissional.

16/06/2008 - Marizete Furbino, com formaÃ§Ã£o em Pedagogia e AdministraÃ§Ã£o pela UNILESTE-MG, especializaÃ§Ã£o em Empreendedorismo, Marketing e FinanÃ§as pela UNILESTE-MG. Ã‰ Administradora, Consultora e Professora UniversitÃ¡ria na UNIPAC - Vale do AÃ§o.
Contatos atravÃ©s do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.
ReproduÃ§Ã£o autorizada desde que mantida a integridade do texto, mencionando a autora e comunicada sua utilizaÃ§Ã£o atravÃ©s do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br

A ESCRAVIDÃƒO DO COMPUTADOR, QUE LEMBRAR A VELHA REMINGTON
NÃ£o recebi o diploma de datilÃ³grafo aos 14 anos porque as freiras do ColÃ©gio SÃ£o Paulo, situado Ã avenida JoÃ£o Pinheiro, em Belo Horizonte, cansaram-se do tumulto que minha presenÃ§a inquieta causava na sala de aula. Disseram a meu pai que, se parasse o curso, nada mudaria para mim. JÃ¡ manejava suficientemente o teclado da velha Remington, hoje em desuso ou transformada em peÃ§a de decoraÃ§Ã£o.
Na verdade, as carinhosas freiras foram sÃ³ educadas. De fato, atrapalhava as suas aulas, das quais, temerosas, participavam duas das minhas irmÃ£s, que seguiram atÃ© o fim. Ansioso e ainda agitado, nÃ£o aceitava a conduÃ§Ã£o natural do curso, estabelecida pelas escolinhas de datilografia (as freiras administravam um deles). Queria sÃ³ vencer as etapas, rÃ¡pida e antecipadamente, para, finalmente, gozar as delÃcias das fÃ©rias de fim de ano (trÃªs meses ou pouco menos, naquele tempo).
As brincadeiras de rua marcaram profundamente minha infÃ¢ncia. JÃ¡ joguei futebol, quando menino, na avenida do Brasil, no quarteirÃ£o prÃ³ximo Ã rua Alagoas, 474, onde residiam meus pais, da mesma maneira que, nas noites de lua cheia, no adro da igreja da Boa Viagem, brincava de pegador ou nego fugido...
As chuvas fortes que caÃam, e que formavam caudalosas enxurradas, nos serviam apenas para, naquelas tardes quentes, com os pÃ©s descalÃ§os, brincar ainda mais. NinguÃ©m morria por causa delas...
A rua era um prolongamento da casa. PodÃamos empinar papagaio, pular corda ou marÃ©, rodar arco, jogar bente-altas ou futebol (com botÃµes ou bola de meia), varetas, finca, bolinha de gude (lembra-se do papÃ£o?), abafa ou, entÃ£o, manobrar carrinho de guia etc (no passeio ou na rua), com rodas de madeira, de bobina de jornal ou de rolimÃ£. Nunca as conferi, mas suas marcas estÃ£o lÃ¡, bem vivas ainda, no quarteirÃ£o entre Brasil e Bernardo GuimarÃ£es...
Essa enxurrada de lembranÃ§as (que poderia se estender muito mais) me veio depois que li a entrevista do historiador Roger Chartier, em O TEMPO, sobre o computador (a nova escravidÃ£o) e o brutal impacto da Internet na vida de todos nÃ³s. Ele se referiu, em especial, Ã literatura, mas a verdade Ã© que o impacto recai sobre todas as atividades humanas.
Hoje, nÃ£o se vive sem essa mÃ¡quina diabÃ³lica...
Ela nÃ£o tem o mesmo gosto da outra, de datilografia, nem eliminarÃ¡ o livro impresso. Existe algo mais chato do que o livro virtual? A velha Remington (um desafio!) me estimulou a buscar as palavras, tornando-me menos pobre na lÃngua pÃ¡tria. Ensinou-me (ou quase isso) a escrever, ainda que nÃ£o tÃ£o bem como desejaria. Diante daquele teclado, esforÃ§ava-me para dizer algo, que, por sua vez, recebia estÃmulos dos livros, que buscÃ¡vamos aconselhados por nossos professores de portuguÃªs e, no meu caso, pelo meu prÃ³prio pai, senÃ£o pelos irmÃ£os mais velhos, que se habituaram (e nos ensinaram) a constituir bibliotecas. Minha riqueza comeÃ§ou pela estante de livros. Ela me foi doada pelo Otto, mas eles foram adquiridos com muito sacrifÃcio.
Concluirei o que vinha dizendo na prÃ³xima semana. Anteontem, antes de terminar esta "coisa", fui assistir ao filme "Rede de Mentiras". Fiz um pÃ©ssimo negÃ³cio! Que filme horroroso! Em compensaÃ§Ã£o, Ã noite, vi a entrevista, na TV Educativa, do professor (aposentado) de ciÃªncia da computaÃ§Ã£o (USP), Waldemar Stezer, sobre o perigo que a Internet representa para as nossas crianÃ§as.
Lavei a alma!
AcÃlio Lara Resende, Jornalista - Fonte: O Tempo - 04/12/08.

O REFOGADO DA DEMOCRACIA NÃƒO DEVE ENCHER BARRIGA DE NINGUÃ‰M
Democracia, em certos casos, requer virtudes de bom cozinheiro. Para pratos que demandam atenÃ§Ã£o constante e fogo brando, nÃ£o adianta ter pressa. Se o chef descuidar, a comida desanda e, se a temperatura passar do ponto, ela fica esturricada.
Em ano normal, sem tropeÃ§os de calendÃ¡rio, algumas das questÃµes que aÃ estÃ£o postas jÃ¡ exigiriam dedicaÃ§Ã£o de expert franÃ§ais para sair do papel e do palavrÃ³rio. Em 2008 entÃ£o, com eleiÃ§Ãµes municipais e recessos branco-encardidos, Ã© que a carestia de delÃcias se faz iminente.
As matÃ©rias que tramitam, pairando feito assombraÃ§Ã£o, nas cÃ¢maras de vereadores, assemblÃ©ias legislativas e no Congresso sÃ£o profundas, mexem com desejo e destino de muita gente.
De baixo para cima: em Belo Horizonte, um grupo de vereadores jÃ¡ montou praÃ§a de pedÃ¡gio e nÃ£o vai sequer deixar que cheguem Ã pauta as reformulaÃ§Ãµes dos cÃ³digos de Obra e de Posturas. O prefeito eleito queria urgÃªncia. Mas, e daÃ?
Na AssemblÃ©ia de Minas, estÃ¡ o projeto que cria a AgÃªncia de Desenvolvimento Metropolitano. Nesse caso, quem pede pressa Ã© o governo. JÃ¡ os prefeitos eleitos querem discutir, entender melhor a coisa. Em BrasÃlia, sÃ£o os governadores que nÃ£o querem papo sobre a reforma tributÃ¡ria. E a PresidÃªncia sonha votar seu projeto a todo custo nesses Ãºltimos dias. Mas, e daÃ? Fica para o ano que vem.
Tanta polÃªmica e tanto bate-boca em todas as trÃªs esferas seriam entÃ£o sÃ³ jogo de cena? Serviriam apenas para salvar o exercÃcio vazio? Ou podemos alimentar a ilusÃ£o de que, em fevereiro, os debates serÃ£o retomados de onde pararam?
Nesse refogado morno, nada deve ficar pronto a tempo. Como democracia nÃ£o tem receita, vamos nos contentando sÃ³ com promessas para a ceia.
Fonte: O Tempo 03/12/08.

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