FM - Faculdade Mental

PENSE! - 04/09/2006

O PODER DO PENSAMENTO

"Se assimilamos certo grau de decepÃ§Ãµes e as substituÃmos por otimismo e esperanÃ§a, teremos entÃ£o um elemento fortificante em nossa vida. A escolha serÃ¡ sempre sua e este Ã© o maior poder que uma pessoa pode ter: poder escolher. Pode optar entre agir movido pela fÃ© e pela esperanÃ§a, ou reagir com medo e inseguranÃ§a. Pode escolher entre desfrutar a sobrevivÃªncia ou simplesmente sobreviver ..." (Legrand)

(ColaboraÃ§Ã£o: Tadeu)

A ARTE DE CONVIVER COM PESSOAS INSUPORTÃVEIS NO TRABALHO

NÃ£o importa qual o ramo de atividade que exercemos, mais cedo ou mais tarde temos que conviver com pessoas com um temperamento difÃcil. O que fazer?
Vejam a entrevista com Bruna Gasgon, consultora em comunicaÃ§Ã£o e recursos humanos, que criou apelidos para os tipinhos insÃ³litos que aparecem nos escritÃ³rios e ensinar de uma maneira divertida como neutralizar as mÃ¡s influÃªncias.
"Pode ter certeza, em algum momento de sua vida vocÃª foi (ou Ã©) insuportÃ¡vel para alguÃ©m. EntÃ£o vocÃª tem que refletir sobre as suas atitudes para que o clima do escritÃ³rio nÃ£o piore".

ConheÃ§a os principais tipinhos difÃceis de escritÃ³rio e aprenda a lidar com eles:

BRUCUTU
Perfil:
Ã‰ aquele que sente prazer especial em humilhar as pessoas, principalmente os subordinados. Ele grita, dÃ¡ respostas grosseiras e parece que nem percebe o quanto magoa os que estÃ£o ao seu redor. Geralmente, ou vocÃª engole, ou vira brucutu tambÃ©m. Nenhuma das duas alternativas Ã© interessante.

Por que ele Ã© assim?
Um brucutu pode ter acordado com o pÃ© esquerdo, estar de TPM, "a TendÃªncia Para Matar", disse Bruna. Geralmente tratam mal os subordinados porque acham que tÃªm poder suficiente para escapar de protestos.

O que fazer?
Quando alguÃ©m estiver explodindo com vocÃª, deixe que a pessoa fale tudo o que quer. "Espere acabar a corda", explica Bruna. Fique parado na mesma posiÃ§Ã£o. "Ã‰ estranho, mas em todas as pesquisas que fiz, quando alguÃ©m se move numa situaÃ§Ã£o dessas, a pessoa que estÃ¡ explodindo fica ainda mais brava". Finalmente, depois que o brucutu se calar, diga em um tom de voz calmo e baixo que vocÃª Ã© um profissional, que merece ser respeitado e de gostaria muito que isso nÃ£o acontecesse mais. "Pode acreditar, o brucutu se desmonta na hora porque ele percebe que reagiu de forma errada".

SABE-TUDO
Perfil:
Sabe aquele chato que sempre te corta no meio de uma reuniÃ£o porque ele tem certeza de que sabe muito mais sobre o assunto? TambÃ©m Ã© aquele que fica o tempo todo contando vantagem, falando da viagem sensacional que fez, do melhor restaurante da cidade que sÃ³ ele conhece, do carrÃ£o que comprou.

Por que ele Ã© assim?
Pessoas que tentam mostrar o tempo todo o como sÃ£o melhores tÃªm um profundo complexo de inferioridade, sÃ£o muito inseguras, diz Bruna.

O que fazer?
Vire o melhor ouvinte do mundo. NÃ£o tente dizer que o seu Ã© melhor ou que vocÃª nÃ£o acha a nova camisa dele tÃ£o fantÃ¡stica assim.. Quanto mais vocÃª der corda, mais ele vai querer se exibir.

KID TOCAIA
Perfil:
O mais nocivo de todos. Ã‰ aquele colega que faz de tudo para que vocÃª fique mal diante dos olhos do seu chefe e que comemora secretamente cada falha que ele vÃª em vocÃª. Fofoqueiro, costuma dar umas alfinetadas em vocÃª no meio de uma rodinha e depois solta um "eu tava brincando, amiga!".

Por que ele Ã© assim?
O Kid Tocaia quer alguma coisa que vocÃª tem. Pode ser seu cargo, seu cabelo, seu namorado. SÃ£o patologicamente invejosos.

O que fazer?
Ã‰ preciso estar atento para que as mentiras espalhadas pelo Kid Tocaia nÃ£o acabem com a sua imagem na empresa. "O mais complicado Ã© segurar a vontade de sair no braÃ§o com o invejoso, mas nÃ£o adianta revidar. Se vocÃª estiver explodindo, vÃ¡ ao banheiro mais prÃ³ximo e dÃª uns gritos de caratÃª para aliviar a tensÃ£o", aconselha Bruna. NÃ£o adianta ficar remoendo o Ã³dio, afinal de contas vocÃª nÃ£o Ã© culpado pela inveja do Kid. "Dedique-se ao seu lazer. Pegue um dia para dar um passeio sozinho. NÃ£o adianta ficar acumulando a raiva porque isso faz mal Ã saÃºde e
atrapalha ainda mais o seu trabalho", disse a consultora.

FRENTE FRIA
Perfil:
Uma nuvem preta paira apenas sobre a cabeÃ§a dele. Tudo estÃ¡ ruim e a pessoa se sente tÃ£o mal com tudo e todos que contamina o escritÃ³rio.

Por que ele Ã© assim?
Os frente fria sÃ£o pessoas muito melancÃ³licas, que optaram por olhar sempre para o lado negativo das coisas. Sabe aquela histÃ³ria de ver que o copo estÃ¡ meio vazio?

O que fazer?
NÃ£o tente argumentar ou brincar de "Jogo do Contente". Eles vÃ£o inverter tudo que vocÃª disser e achar ainda mais "provas" de que o mundo vai acabar antes das seis da tarde. Principalmente, NUNCA mude seus planos por causa de uma opiniÃ£o do frente fria.

DISQUE PROBLEMA
Perfil:
Primo do frente fria, Ã© viciado em reclamar. Se trocam os computadores, reclama que nÃ£o vai saber mexer nos programas novos. Se pintam as paredes, reclama que o ambiente ficou muito claro.

Por que ele Ã© assim?
Para essas pessoas, reclamar Ã© um vÃcio. Ã‰ impressionante como eles conseguem estragar a melhor das intenÃ§Ãµes.

O que fazer?
Chame a pessoa para conversar e fale francamente o que vocÃª acha das atitudes dela. NÃ£o tente atacar, a conversa tem que ser bastante amigÃ¡vel. VocÃª pode atÃ© comeÃ§ar brincando, chamando a pessoa de reclamona. "Na hora o Disque Problema pode fugir da conversa, mas com certeza no dia seguinte ele vai falar com vocÃª e tentar reclamar menos", disse Bruna.

(ColaboraÃ§Ã£o: ValÃ©ria)

A RepÃºblica do papel

"A regra, criada para controlar o mundo real,
progressivamente transmigra para o controle
de papÃ©is que pouco tÃªm a ver com
os comportamentos a coibir"

O chofer do tÃ¡xi pagou uma multa de 800 reais ao ser pego em uma blitz sem portar sua carteira â€“ embora o computador da polÃcia mostrasse que ele possuÃa habilitaÃ§Ã£o. Foi-se o carro no reboque e vÃ¡rios meses de salÃ¡rio. O passageiro na fila, Ã minha frente, nÃ£o pÃ´de embarcar no vÃ´o, pois identificou-se com uma carteira de habilitaÃ§Ã£o cujo exame de visÃ£o estava vencido. Carteira esquecida no bolso da calÃ§a errada nÃ£o causa acidentes fatais nem o vencimento do exame de visÃ£o pÃµe em dÃºvida uma identidade. Mas o encantamento patolÃ³gico com os papÃ©is substitui o bom senso.

Fixemo-nos no trÃ¢nsito e perguntemos que objetivos Ãºltimos teria a existÃªncia dos Detrans e seu exÃ©rcito de funcionÃ¡rios. O mais pungente objetivo seria evitar mortos e feridos. Como as principais causas sÃ£o excesso de velocidade e alcoolismo, Ã© isso que deveria ser reprimido. Ou seja, bafÃ´metros e radares, onde ocorrem acidentes e nas horas em que sÃ£o mais freqÃ¼entes (noites de fins de semana). E tambÃ©m controle dos freios, pneus e luzes.

Coibir roubo de carros Ã© outro objetivo central. Para isso, Ã© preciso fiscalizar as rotas de fuga (e a polÃcia vigiar os desmontes). SeqÃ¼estrar veÃculos barulhentos aumenta o conforto da populaÃ§Ã£o. Ao fazer o trÃ¢nsito fluir, libera-se o tempo de todos, para produzir mais ou para o lazer. EntÃ£o, cumpre limitar estacionamentos em vias congestionadas e punir quem obstrui o trÃ¢nsito. Finalmente, hÃ¡ que assegurar o pagamento das taxas e impostos, o que nÃ£o requer atenÃ§Ã£o especial, pois quem atrasa paga multa e nÃ£o se podem evitar por muito tempo as dÃvidas acumuladas.

As burocracias sÃ£o atraÃdas pelo fetichismo do papel. Existe uma Ã¢nsia de buscar o carimbo atrasado, o papel esquecido em casa, a nova versÃ£o do comprovante, a firma reconhecida. Tudo gira em torno do papel. As blitze sÃ£o cartÃ³rios ao ar livre. Em paralelo a tal purismo legalista, quase nada se faz para evitar acidentes. Os pneus relincham na madrugada. O radar multa os distraÃdos, nÃ£o os irresponsÃ¡veis da noite. As baladas fazem subir o teor etÃlico no sangue. E as mortes geram estatÃsticas vergonhosas de acidentes. Mas nada disso Ã© prioridade, pois vivemos no impÃ©rio do papel.

Ã‰ tudo culpa do Detran? Ã‰, mas ele Ã© assim por ser bem brasileiro. Por razÃµes que remontam Ã nossa histÃ³ria, adoramos o papel, o carimbo, a averbaÃ§Ã£o, o deferimento. A regra, criada para controlar o mundo real, progressivamente transmigra para o controle de papÃ©is que pouco tÃªm a ver com os comportamentos a coibir. E pobre daquele a quem falta algum carimbo ou que perdeu a carteira por estacionar mal!

Na magia negra, alfinetamos um boneco que representa nosso desafeto. Transferimos para o boneco as puniÃ§Ãµes que gostarÃamos de infligir Ã pessoa real. Nossa sociedade cartorial faz mais ou menos a mesma coisa. O papel Ã© o boneco perfurado com os alfinetes metafÃ³ricos do bloquinho de multas â€“ o Ãcone do poder constituÃdo. Em vez de controlarmos os acidentes, controlamos papÃ©is que pouco tÃªm a ver com eles. NÃ£o hÃ¡ erros de essÃªncia no cÃ³digo de trÃ¢nsito, pois estÃ¡ tudo lÃ¡, o que falta Ã© o bom senso de decidir o que controlar com rigor e o que ignorar. Na raiz do problema estÃ¡ o gostinho de nossa sociedade por controlar o papel e fingir que estÃ¡ controlando a realidade.

A temeridade de instalar e fechar uma firma, obter alvarÃ¡s ou exportar pÃµe a descoberto a mesma patologia de atribuir propriedades mÃ¡gicas aos formulÃ¡rios ou autorizaÃ§Ãµes. A Universidade Harvard levou um mÃªs para abrir um escritÃ³rio em Santiago do Chile. No Brasil, foram seis meses na batalha dos papÃ©is. Que interesses coletivos ficaram mais resguardados com tais torturas burocrÃ¡ticas?

O problema nÃ£o se origina na aplicaÃ§Ã£o desastrada da lei, no policial inflexÃvel ou nos administradores pÃºblicos perseguindo os moinhos de vento de papel. A questÃ£o Ã© que, em nossa sociedade, eles nÃ£o sÃ£o vistos como desorientados, mas como defensores da ordem e paladinos da justiÃ§a. Isso porque cremos na magia negra do papel. Contemplando o reboque desaparecer com seu carro, o taxista apenas lamenta o azar de haver sido pego na blitz.

Claudio de Moura Castro Ã© economista

Roberto Pompeu de Toledo
Brasil, campeÃ£o
de corrupÃ§Ã£o

Ou, no mÃnimo, campeÃ£o no
nÃºmero de diplomatas que violam
as leis de trÃ¢nsito em Nova York

O mais recente e mais original ranking internacional de corrupÃ§Ã£o coloca o Brasil em posiÃ§Ã£o de destaque como o paÃs mais corrupto da AmÃ©rica Latina. Vencemos o Chile (quem nÃ£o esperava?), vencemos o Paraguai (quem esperava?!), deixamos atrÃ¡s, muito atrÃ¡s, nosso histÃ³rico rival, a Argentina. Numa lista de 146 paÃses de todo o mundo, organizada do mais corrupto para o menos, o Brasil ocupa o 29Âº lugar, superado apenas por um batalhÃ£o de africanos (Chade, SudÃ£o, MoÃ§ambique e quinze outros), uns tantos asiÃ¡ticos (Kuwait, PaquistÃ£o, SÃria e quatro outros) e um trio da Europa do Leste (BulgÃ¡ria, AlbÃ¢nia e SÃ©rvia e Montenegro).

O ranking em questÃ£o Ã© o dos paÃses cujos diplomatas mais desrespeitaram as leis de trÃ¢nsito em Nova York. Dois pesquisadores americanos, Raymond Fisman, da Universidade ColÃºmbia, e Edward Miguel, da Universidade da CalifÃ³rnia-Berkeley, adotaram o inovador critÃ©rio de buscar, entre os diplomatas acreditados junto Ã s NaÃ§Ãµes Unidas, aqueles que mais abusaram da vantagem de ser isentos do pagamento de multas de trÃ¢nsito, para medir o grau de corrupÃ§Ã£o dos respectivos paÃses. No topo da lista aparece o Kuwait, com um total de 246,2 multas nÃ£o pagas por diplomata num perÃodo de cinco anos, seguido por Egito (139,6), Chade (124,3), SudÃ£o (119,1) e BulgÃ¡ria (117,5). Entre os 22 paÃses que, com nenhuma multa nÃ£o paga, ocupam o final da lista, figura uma maioria cuja presenÃ§a nessa honrosa parte do ranking jÃ¡ era esperada, como SuÃ©cia, Noruega, CanadÃ¡ e JapÃ£o, notÃ³rios respeitadores das leis, e tambÃ©m algumas surpresas, como RepÃºblica Centro-Africana e Equador. Ao Brasil sÃ£o atribuÃdas 29,9 multas nÃ£o pagas.

Com a imunidade diplomÃ¡tica aconteceu mais ou menos o mesmo que com a imunidade parlamentar no Brasil. Ela foi criada para garantir a independÃªncia dos diplomatas e protegÃª-los contra perseguiÃ§Ãµes de paÃses hostis. Assim como a imunidade parlamentar, no Brasil, com o tempo passou a acobertar atÃ© crime de sangue, para nÃ£o falar nos assaltos ao ErÃ¡rio, a imunidade diplomÃ¡tica foi estendida atÃ© Ã s infraÃ§Ãµes de trÃ¢nsito. Em Nova York a situaÃ§Ã£o tornou-se tÃ£o insuportÃ¡vel que em outubro de 2002 o Congresso americano votou uma lei permitindo o guinchamento dos veÃculos diplomÃ¡ticos estacionados em local proibido, a cassaÃ§Ã£o das permissÃµes especiais da ONU para estacionamento e o corte da ajuda prestada pelos Estados Unidos aos paÃses infratores em 110% do valor das multas devidas. A partir daÃ, as violaÃ§Ãµes caÃram drasticamente.

Por isso mesmo, os pesquisadores escolheram trabalhar com o perÃodo anterior Ã nova lei. Seus dados sÃ£o referentes aos cinco anos entre novembro de 1997 e outubro de 2002. Os carros com chapas assinaladas pelo "D" que os identifica como de uso diplomÃ¡tico nÃ£o deixam de receber as notificaÃ§Ãµes pelas infraÃ§Ãµes cometidas, apesar de seus responsÃ¡veis nÃ£o serem obrigados a pagÃ¡-las â€“ daÃ ter sido possÃvel computÃ¡-las. Um problema que poderia distorcer os dados Ã© a variaÃ§Ã£o do nÃºmero de diplomatas mantido por cada paÃs junto Ã ONU, indo dos 86 da RÃºssia aos trÃªs do Burundi, da EritrÃ©ia ou de Papua Nova GuinÃ©, segundo os nÃºmeros de 1998, tomados como referÃªncia. Optou-se por usar como critÃ©rio as violaÃ§Ãµes per capita. O Brasil, no ano de referÃªncia, tinha 33 diplomatas. Nossas 29,9 multas nÃ£o pagas representam o total de violaÃ§Ãµes cometidas por cada um deles.

A maioria das multas refere-se a estacionamento em local proibido. Isso caracterizaria realmente, como querem os pesquisadores, um ato de corrupÃ§Ã£o? Eles respondem sim. O ato de violar uma lei de trÃ¢nsito, valendo-se da impunidade, caberia na definiÃ§Ã£o-padrÃ£o de corrupÃ§Ã£o, formulada pela organizaÃ§Ã£o TransparÃªncia Internacional: "O abuso do poder em benefÃcio prÃ³prio". Eles tambÃ©m estÃ£o convictos de que o sistema singelo que inventaram oferece um instrumento vÃ¡lido para medir a corrupÃ§Ã£o nos diferentes paÃses, tanto assim que, segundo eles, o ranking apurado nÃ£o difere muito de outros existentes para o mesmo fim.

SerÃ¡? Observando-se a posiÃ§Ã£o de nossos vizinhos na lista, deparamos com situaÃ§Ãµes que causam estranheza. A Argentina figura bem atrÃ¡s do Brasil, na 92Âª posiÃ§Ã£o, com 3,9 multas. Mesmo admitindo, o que Ã© duvidoso, que os argentinos sejam menos corruptos, serÃ£o tanto assim? O Chile Ã© o segundo latino-americano do ranking, com 16,5 multas nÃ£o pagas, e o Paraguai, o terceiro, com treze. Ã‰ difÃcil acreditar que o Chile seja mais corrupto que o Paraguai. HÃ¡ outros casos que contrariam as avaliaÃ§Ãµes baseadas no senso comum e na observaÃ§Ã£o a olho nu das realidades do mundo. Talvez seja uma fantasia, da parte dos pesquisadores, achar que descobriram um mÃ©todo confiÃ¡vel de medir corrupÃ§Ã£o. Resta que os diplomatas brasileiros abusaram, sim, da impunidade para cometer mais violaÃ§Ãµes Ã s regras de trÃ¢nsito do que os de todos os outros paÃses da AmÃ©rica Latina. TambÃ©m resta que ficaram entre os 20% que mais as cometeram, entre todos os paÃses do mundo. Que vergonha, Itamaraty.