TURMAS SISTEMÃTICAS E SUGESTIVAS
A CIÊNCIA DO PALPITE (NETFLIX PRIZE)
English:
http://www.switched.com/2009/07/28/netflix-prize-winner-to-be-determined-by-fractions-of-a-point/
http://www.techcrunch.com/2009/07/25/netflix-prize-leaders-one-upped-with-one-day-remaining/
http://www.pcworld.com/article/169098/netflix_service_may_get_smarter.html
The site: http://www.netflix.com/
The prize: http://www.netflixprize.com/
O site de aluguel de filmes NetFlix vai dar 1 milhão de dólares a quem melhorar em 10% seu sistema de recomendações.
Parece simples? Pois alguns dos maiores cientistas da computação estão há três anos quebrando a cabeça para resolver o desafio.
Qualquer um que navegue em sites de notÃcias, serviços ou compras pela internet já passou pela experiência: assim que abre uma manchete ou clica em um produto para vê-lo em mais detalhe, o usuário é bombardeado com sugestões de outros itens que possam interessá-lo. Esses sistemas de recomendação são a maneira pela qual as lojas virtuais substituem a figura do vendedor e ampliam seu movimento. Nas lojas de verdade, claro, encontram-se bons e maus vendedores – há os que estudam os sinais subjetivos emitidos pelo freguês e enchem sua sacola com produtos que ele não planejava comprar, e há os desastrados, que o irritam com palpites descabidos e acabam por afugentá-lo. O mesmo acontece nos ambientes virtuais. Se o sistema é capaz de traçar um perfil fiel do cliente e seduzi-lo com sugestões que ele considera atraentes, vende mais; se o estorva, perde o negócio. A urgência dos grandes negociantes da internet em refinar seus sistemas de recomendação é tanta que o site americano de aluguel de filmes NetFlix tomou uma atitude inédita: instituiu um prêmio de 1 milhão de dólares para quem conseguisse melhorar em 10% a precisão de seu sistema de recomendação. A porcentagem pode parecer baixa – mas é uma tremenda barreira do ponto de vista da ciência de computação (e nem é preciso dizer que, rompida, pode reverter em muitos milhões de dólares a mais em volume de negócios).
Lançado em 2006, o concurso recebeu milhares de inscritos. No dia 26 de julho, quando ele se fechou a novas contribuições, só dois times haviam atingido a meta. Batizados como Ensemble e BellKor’s Pragmatic Chaos, eles são formados por coalizões de alguns dos mais brilhantes cientistas da área, ligados a grandes institutos de diversos paÃses. Se tentasse contratar algum desses times, o NetFlix dificilmente teria cacife para bancar seu trabalho. Mas, por meio dessa "multiterceirização", não só está prestes a obter o que desejava como movimentou o meio acadêmico.
Até que o NetFlix anuncie um eventual vencedor, em setembro, ainda tem muitos números a destrinchar. O desafio, entretanto, já está rendendo frutos. As coalizões deram origem a novas empresas, e seus princÃpios teóricos começam a ser aplicados por outras corporações (os times são donos dos sistemas que criaram). Isso porque essa margem tão Ãnfima, de 10% de otimização, redundou em modelos matemáticos ultracomplexos, capazes de contabilizar variáveis que até aqui escapavam aos softwares mais usados.
O comum, quando se recebe uma sugestão de um site, é que o sistema a faça analisando o histórico de compras daquele cliente e do produto no qual ele demonstra interesse. Não é um método ruim, mas deixa algo a desejar. Primeiro, porque ignora produtos que até ali foram pouco avaliados pela clientela (as "notas" que essa clientela atribui à s compras são peça-chave de qualquer sistema). Segundo, porque à s vezes interpreta mal os interesses do freguês. Em um artigo publicado em 2002 no Wall Street Journal, e que virou clássico já a partir de seu tÃtulo – "Meu TiVo acha que sou gay" –, o colunista Jeffrey Zaslow relatava o caso de um sujeito que, por razão desconhecida, passou a ser inundado pelo gravador digital de sua TV a cabo com programas de cunho homossexual. Na tentativa de persuadir a geringonça do contrário, ele começou a pedir atrações "de macho", como filmes de guerra – só para o aparelho então cismar que ele era um nazista contumaz.
Os dois finalistas do Net-Flix adotaram abordagens diversas, mas que podem, em tese, diminuir os equÃvocos e as sugestões óbvias. Em termos muito simplificados, o modelo matemático da equipe BellKor’s procura dar conta das variações de gosto no tempo e até mesmo dar um peso à maneira como o humor do usuário pode influenciar sua nota – em linguagem técnica, são estudos de "dinâmica temporal". O algoritmo do time Ensemble, por sua vez, agrupa os filmes em "constelações" e determina a intensidade da ligação entre eles. Muito do sucesso das duas equipes se deve ao fato de elas terem trabalhado com dados verdadeiros: à medida que treinavam seus algoritmos a interpretar os mais de 100 milhões de avaliações de 18.000 filmes, iam comparando os resultados à base real. Ambos os modelos aprimoraram em mais de 10% o sistema de sugestões já utilizado pelo NetFlix. A empresa ainda vai determinar qual deles melhor a atende. Mas, mesmo que não declare um vencedor – o regulamento prevê essa possibilidade –, uma coisa é certa: tais inovações vão propagar-se para outros ambientes virtuais. E a vitória aà é do cliente, que não mais será incomodado por "vendedores" que oferecem geladeiras a esquimós ou areia a beduÃnos.
Tecnologia - Fonte: Veja - Edição 2124.
O site: http://www.netflix.com/
O concurso: http://www.netflixprize.com/
TUBARÃÃÃÃÕ!
Uma série de programas revela alguns segredos do assustador paixão.
Fascinante e misterioso, o tubarão tem uma fama de mau que faz a alegria da TV e do cinema. O Discovery, por exemplo, anualmente dedica toda uma semana para saber mais sobre o peixe mais temido dos oceanos. Nesta edição, o espectador poderá acompanhar seu comportamento de caçador em "Predador Noturno" (dia 9, 20h) e a relação com os humanos em "Survivorman - Entre Tubarões" (dia 10, 21h). Para fechar a semana, os "Mythbusters" desvendam lendas sobre o bicho. Afinal, tubarões não saem pelo ralo da piscina...
Dia 14 de agosto, 21h, Discovery Channel.
Fonte: Monet - Número 77 - Agosto 2009.
Mythbusters - http://dsc.discovery.com/fansites/mythbusters/mythbusters.html
CHICO BENTO VAI CRESCER TAMBÉM
Depois dos personagens Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali entrarem na puberdade, é a vez de Chico Bento e sua turma chegarem à adolescência. Segundo o Blog dos Quadrinhos,(http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/) os gibis não serão desenhados em estilo mangá e o personagem continuará morando na roça. A ideia é aproveitar para discutir temas ecológicos, diz o blog.
Fonte: Folha de S.Paulo - 03/08/09.
GRATUITO - TOM JOBIM OFERECE CURSOS ABERTOS
A Tom Jobim Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) abriu inscrições para cinco cursos gratuitos (90 vagas) de capacitação para músicos no segundo semestre. Preencher o formulário no site www.emesp.org.br e enviar para cursoslivres@emesp.org.br.
Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/09.
BIENAL VENTOSUL
A 5ª edição da mostra, que passa a ser bienal neste ano, acontece em museus de Curitiba até 11 de outubro, reunindo mais de cem artistas sob o tÃtulo "Ãgua Grande - Os Mapas Alterados", com curadoria de Ticio Escobar e Leonor Amarante. A programação está em http://www.bienalventosul.com.br/novo/home/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/09.
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
O “DIÃRIO DE ANNE FRANKâ€
O diário da judia Anne Frank foi incluÃdo na lista de “Memórias do Mundo†da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que inclui arquivos e documentos de valor excepcional. Escrito por uma adolescente judia, o diário de Anne Frank narra a vida cotidiana na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, mostrando a repercussão da ocupação nazista.
Lupa - Fonte: O Tempo - 03/08/09.
O Diário de Anne Frank - http://www.submarino.com.br/produto/1/21842
A REFORMA EDUCACIONAL DE NOVA YORK - POSSIBILIDADES PARA O BRASIL
Lançado durante o seminário da Fundação Itaú Social, uma investigação sobre como algumas escolas públicas das regiões mais pobres e violentas dos EUA vêm se recuperando. Realizado por Norman Gall e PatrÃcia Guedes, o estudo faz uma comparação com o sistema educacional brasileiro. Mais detalhes do livro está em http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/07/a-reforma-educacional-de-nova-york/.
Gilberto Dimenstein (http://www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/09.
FREE - O FUTURO DE UM PREÇO RADICAL
Chega nas próxima semanas à s livrarias "Free - O Futuro de um Preço Radical", de Chris Anderson, editor da revista "Wired". A palavra inglesa "free" quer dizer livre, mas também significa grátis. Sua tese é fascinante: dado que os custos da memória dos computadores, do armazenamento e da transmissão de informações tornaram-se desprezÃveis, o século 21 assistirá ao crescimento da economia das coisas sem custo, como o Google, a Wikipedia e os softwares abertos. (Em 1960, um transistor custava US$ 100, foi vendido a US$ 10 e hoje custa zero (na verdade, US$ 0,000015).
Quem reage ao preço de R$ 0,00 argumentando que "não existe almoço grátis" ganhará com "Free" uma rica aventura intelectual. Ele não prova que o almoço exista, mas mostra quando e como ele aparece.
Na hora em que a Microsoft, a maior empresa de comercialização de programas de computadores resolve se associar ao Yahoo!, um instrumento de busca e serviço de e-mail gratuito, fica claro que até Bill Gates resolveu ganhar dinheiro oferecendo algo que custa nada. O Google vale hoje US$ 20 bilhões, ervanário superior ao da soma de todas as montadoras de automóveis e companhias aéreas dos Estados Unidos.
O famoso "um é dois, três é cinco" não tem muito a ver com o "Free". A telefônica que dá o celular e vende o serviço é apenas parte de sua história. O mesmo sucede com a banda brasileira Calypso, que vende seus CDs na rede de camelôs para promover seus shows. (A turma da Calypso voa pelo paÃs no seu próprio avião.) Os melhores momentos de "Free" estão nas exaustivas descrições do lucrativo mercado da gratuidade.
Um caso exemplar, repassado por Anderson. Três pesquisadores montaram duas mesas no saguão de um prédio público, oferecendo dois tipos de chocolates. Numa puseram as deliciosas trufas suÃças Lindt a 15 centavos cada uma. Na outra, os proletários Kisses, da Hershey, a 1 centavo. Funcionou a racionalidade e 73% dos fregueses preferiram as trufas. Em seguida, baixaram o preço dos chocolates em um centavo. A conta inverteu-se irracionalmente: 69% preferiam os Kisses grátis. Nas suas palavras: "Há o mercado do zero e há o outro, o dos demais preços".
"FREE" CUSTARà R$ 59, SEM VERSÃO GRÃTIS
A edição eletrônica do livro "Free" foi oferecida de graça aos americanos durante algumas semanas. Agora o livro de papel custa US$ 27 (R$ 52) e uma versão digital sai por US$ 10 (R$ 19). No Brasil, o volume custará R$ 59,90 (US$ 31), e a editora Elsevier-Campus ainda não decidiu se colocará na rede uma versão digital grátis, ou mesmo paga, a um preço mais baixo. Dói pensar que uma exaltação da economia do grátis (ou dos produtos baratos) do século 21 só seja comercializada no Brasil como se fosse um impresso do século 15.
Depois de atravessar a Revolução Industrial investindo na mão de obra escrava e de entrar na alvorada do mundo dos computadores pessoais com uma reserva de mercado retrógrada e cartorial, o Brasil corre o risco de perder o passo da economia digital. As grandes operadoras de telefonia ficam com os benefÃcios dos custos baixos das comunicações de voz sobre IP. O mercado editorial ainda não conseguiu oferecer versões digitais de seus livros. As assinaturas de jornais e revistas americanos e europeus estão a preço de banana. Giram em torno dos US$ 10 ("Financial Times" e "Herald Tribune") e US$ 15 ("Wall Street Journal" e "Le Monde").
Desse jeito, o andar de cima nacional acabará impondo uma tributação indireta a quem só lê em português. Mau negócio para ele.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/09.
Detalhes: http://www.marketingcontextual.com/free-o-futuro-de-um-preco-radical/
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php