FM - Faculdade Mental

TURMAS DO FM - 23/05/2008

TURMAS PREMIADAS

UM PROJETO PARA INGLÃŠS VER

English/moro photos: http://www.dandad.org/awards08/entry.asp?entry_id=28154
O arquiteto Isay Weinfeld ganhou em Londres o prÃªmio D&AD, dedicado ao design relacionado Ã arquitetura. Weinfeld foi premiado na categoria design ambiental, pelo projeto da Livraria da Vila da alameda Lorena, na capital paulista. Trata-se do desenvolvimento da arquitetura de uma das unidades da rede. Apenas para citar um exemplo, um dos diferenciais criativos do projeto Ã© o fato de a loja ter portas repletas de livros. "No D&AD hÃ¡ um apelo muito forte por criaÃ§Ã£o; eles valorizam as sacadas. Creio que meu projeto possa ter chamado atenÃ§Ã£o dos jurados justamente por aliar arquitetura e criaÃ§Ã£o", disse Weinfeld.
O trabalho do arquiteto brasileiro jÃ¡ Ã© bastante conhecido dos londrinos: Ã© de Weinfeld o projeto do restaurante MocotÃ³, badalado endereÃ§o gastronÃ´mico brasileiro em Londres.
Fonte: O Tempo - 19/05/08.
Veja mais fotos: http://www.dandad.org/awards08/entry.asp?entry_id=28154
Isay Weinfeld - http://www.isayweinfeld.com/site/
PrÃªmio D&AD - http://www.dandad.org/buy/ceremony.html
Livraria da Vila - http://www.livrariadavila.com.br/
Restaurante MocotÃ³ -
http://www.urbanpath.com/london/south-american/mocoto.htm
http://www.arcoweb.com.br/interiores/interiores151.asp
Veja mais fotos do D&AD Awards 2008 - http://www.dandad.org/awards08/category.asp?category_no=33

MEMÃ“RIA MILITAR
A exposiÃ§Ã£o "Direito Ã MemÃ³ria e Ã Verdade -A Ditadura no Brasil: de 1964 a 1985", que jÃ¡ causou polÃªmica com os militares no Brasil, virou produto de exportaÃ§Ã£o. Vai ser exibida a partir do dia 4 em Buenos Aires. Entre as imagens estÃ£o registros da morte de Carlos Marighella, da troca de presos polÃticos pelo embaixador americano, das prisÃµes no congresso da UniÃ£o Nacional dos Estudantes (UNE) em IbiÃºna (SP), e do culto ecumÃªnico pela morte de Vladimir Herzog e o comÃcio pelas Diretas JÃ¡, em SÃ£o Paulo.
MÃ´nica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/05/08.
Saiba mais sobre a exposiÃ§Ã£o:
http://www.une.org.br/home3/politica/politica_2007/m_8895.html
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL68858-5601,00.html

MATÃ‰RIA ELUSIVA
Uma das revelaÃ§Ãµes mais importantes da ciÃªncia moderna Ã© que somos feitos da mesma matÃ©ria que as estrelas. Todos os Ã¡tomos de carbono, ferro, oxigÃªnio etc. que compÃµem tudo o que existe tÃªm a mesma origem, forjados durante os estÃ¡gios finais da vida de estrelas.
SÃ£o elas os grandes alquimistas cÃ³smicos, capazes de transformar hidrogÃªnio (o elemento quÃmico mais simples e abundante no cosmo) em todos os outros elementos quÃmicos. Nossa uniÃ£o com o Universo ocorre jÃ¡ ao nÃvel mais fundamental: somos uma quÃmica animada por pensamentos.
Mas existe outra revelaÃ§Ã£o importante e ainda bem misteriosa da ciÃªncia moderna. Os Ã¡tomos feitos nas estrelas sÃ£o uma pequena parcela, 5% aproximadamente, da matÃ©ria que preenche o Universo. Os outros 95% vÃªm em duas outras formas: 25% de matÃ©ria escura e 70% de energia escura. Da energia escura sabemos pouco: nÃ£o Ã© composta por partÃculas, como Ã© caso dos Ã¡tomos, compostos de prÃ³tons, nÃªutrons e elÃ©trons, e mesmo da matÃ©ria escura.
Ã‰ uma espÃ©cie de fluido, espalhado igualmente por todo o espaÃ§o. Mas ninguÃ©m sabe que fluido Ã© esse; apenas que passou a dominar a evoluÃ§Ã£o do cosmo hÃ¡ alguns bilhÃµes de anos, causando uma inesperada aceleraÃ§Ã£o em sua expansÃ£o: a energia escura atua como uma forma de antigravidade, aumentando cada vez mais as distÃ¢ncias entre as galÃ¡xias.
A energia escura Ã© uma descoberta recente. Seus efeitos foram observados pela primeira vez em 1998, causando um verdadeiro furor na comunidade cientÃfica. Mas a matÃ©ria escura Ã© bem mais antiga. Sua existÃªncia foi conjecturada durante a dÃ©cada de 1930 pelo astrÃ´nomo Fritz Zwicky, que trabalhava no Instituto de Tecnologia da CalifÃ³rnia, o Caltech. Zwicky estudava as propriedades de grupos de galÃ¡xias agregados por sua gravidade mÃºtua. Medindo as velocidades das galÃ¡xias, Zwicky notou que eram bem maiores do que se fossem causadas pela matÃ©ria visÃvel nelas.
Concluiu que existia matÃ©ria invisÃvel -a matÃ©ria escura- que, como jÃ¡ diz o nome, nÃ£o emite luz. Sua presenÃ§a Ã© sentida atravÃ©s de sua massa, de seus efeitos gravitacionais.
Medidas precisas da expansÃ£o cÃ³smica e das propriedades das galÃ¡xias mostram que a matÃ©ria escura tambÃ©m Ã© formada por partÃculas. SÃ³ que essas partÃculas sÃ£o muito diferentes das partÃculas dos Ã¡tomos, constituindo um novo tipo de matÃ©ria.
Ã‰ esse carÃ¡ter exÃ³tico da matÃ©ria escura que a torna fascinante e, claro, muito difÃcil de ser detectada. Durante as duas Ãºltimas dÃ©cadas, vÃ¡rios grupos tÃªm tentado achÃ¡-la.
Os experimentos mais promissores procuram medir os efeitos de uma colisÃ£o entre uma partÃcula de matÃ©ria escura e nÃºcleos de matÃ©ria comum. Por exemplo, cristais de germÃ¢nio e silÃcio ou de iodeto de sÃ³dio.
Quando uma colisÃ£o ocorre, vibraÃ§Ãµes sÃ£o sentidas no material, como quando pedras de vÃ¡rios tamanhos sÃ£o jogadas numa piscina. Essas vibraÃ§Ãµes podem ser detectadas e a energia da colisÃ£o medida. Com isso, Ã© possÃvel obter a massa da partÃcula de matÃ©ria escura.
Recentemente, um grupo na ItÃ¡lia afirmou ter encontrado sinais promissores. Imediatamente, a comunidade cientÃfica se mobilizou, examinando o experimento e criticando os seus resultados. Esse ceticismo Ã© fundamental em ciÃªncia: descobertas importantes precisam ser confirmadas por grupos diferentes. A controvÃ©rsia ainda nÃ£o foi resolvida. Mas nÃ£o hÃ¡ dÃºvida de que a descoberta da matÃ©ria escura terÃ¡ um impacto enorme na nossa compreensÃ£o do Universo e de seus constituintes mais bÃ¡sicos.
Marcelo Gleiser Ã© professor de fÃsica teÃ³rica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 18/05/08.
Caltech: http://www.caltech.edu/

ARTISTA EXPLORA CULTURA DE MASSA E TENSÃƒO SEXUAL
Na galeria Luisa Strina, inglÃªs David Haines retrata jovens rapazes e seus tÃªnis. "Eu compro sapatos usados porque neles vocÃª sente o cheiro da pessoa que usou, o gosto", diz artista que expÃµe pela segunda vez no Brasil.
As mÃ£os de David Haines parecem macias demais para um homem obcecado por pÃ©s -na verdade, sapatos. Ele tira as luvas grossas que usava na montagem e deixa ver a pele fina das palmas ao receber a reportagem da Folha na galeria Luisa Strina, em SÃ£o Paulo.
Estranha a delicadeza porque Ã© com essas mÃ£os de aspecto frÃ¡gil que ele desenha a lÃ¡pis odes ao sapato como instrumento e objeto de humilhaÃ§Ã£o e desejo -as 11 telas grandes e pequenas expostas a partir de hoje na galeria dos Jardins.
"Eu compro sapatos usados, porque neles vocÃª sente o cheiro da pessoa que usou, o gosto. DÃ¡ para chegar perto de alguÃ©m sÃ³ pelos pÃ©s", diz Haines.
Nascidos desse fetiche, seus desenhos retratam jovens rapazes e seus tÃªnis, em rituais estranhos e poses com um ar blasÃ©. NÃ£o disfarÃ§am uma forte tensÃ£o sexual, que vem embalada por uma reflexÃ£o sobre a cultura de massa e a junk food.
"SÃ£o todos garotos de programa que eu encontrei na internet e pedi que posassem para mim", conta Haines. "As imagens nÃ£o sÃ£o sexuais, mas hÃ¡ um grande desejo por trÃ¡s."
Haines diz tentar organizar o caos da vida on-line rastreando a mitologia que se cria em torno de personalidades fake, cibernÃ©ticas. NÃ£o quer contar uma histÃ³ria, mas capturar uma imagem que permita vÃ¡rias leituras, seja pelo confronto direto com o retratado, seja pelas marcas e sÃmbolos reproduzidos nas imagens. Sobre os logos de Nike, McDonald's e Adidas que aparecem nos retratos, esclarece que nÃ£o se trata de um discurso contra o marketing corporativo. "Marcas conhecidas sÃ£o sÃmbolos reconfortantes. Se vocÃª anda por uma rua escura e desconhecida e vÃª uma placa do McDonald's, Ã© algo que dÃ¡ confianÃ§a", diz Haines.
Mas fora desse discurso, chama a atenÃ§Ã£o o desenho que recria com um realismo fotogrÃ¡fico as dobras nos tecidos, a textura dos tÃªnis, o arrepio dos cabelos desses jovens. Valoriza a representaÃ§Ã£o e surpreende num momento em que a arte despreza o figurativo.
Na entrevista, ele pÃ¡ra e olha de perto os desenhos e aponta cada detalhe que copiou do tÃªnis original. Chega a arriscar excessos como dizer que Rembrandt dava a mesma atenÃ§Ã£o Ã luminosidade em sua obra.
Todo o apuro, apesar da excentricidade do tema, seria convencional, nÃ£o fosse Haines um artista contemporÃ¢neo. Respaldado pela busca on-line de seu leitmotiv, consegue dar carga atual a seus desenhos.
Mas nÃ£o passa em branco o fato de esses serem retratos de rituais sadomasoquistas e de forte apelo fetichista -fator de choque que se perde com graÃ§a na tÃ©cnica clÃ¡ssica.
DAVID HAINES
Quando: de seg. a sex., das 10h Ã s 19h; sÃ¡b., das 10h Ã s 17h; atÃ© 21/6 Onde: galeria Luisa Strina (r. Oscar Freire, 502, Jardins; tel. 0/xx/ 11/ 3088-2471)
Quanto: entrada franca
Silas MartÃ - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/05/08.
David Haines - http://www.zyworld.com/gazing/DAVID%20HAINES%20WEBSITE/DavidHainesHome.htm
Galeria Luisa Strina - http://www.galerialuisastrina.com.br/