FM - Faculdade Mental

TURMAS DO FM - 26/08/2010

TURMAS CAFEICULTORAS

KOPI LUWAK
English:
http://www.indonesiangrocery.com/
http://www.realkopiluwak.com/intro-real-kopi-luwak/
http://www.abc.net.au/news/stories/2010/03/12/2844292.htm
http://www.nytimes.com/2010/04/18/world/asia/18civetcoffee.html?_r=1&pagewanted=all
http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/wordofmouth/2010/jul/09/civet-coffee-kopi-luwak
CafÃ© Mais Caro do Mundo, o Kopi Luwak.
Aprendi bastante sobre CafÃ©, e o que mais me impressionou e que impressiona a todos Ã© a explicaÃ§Ã£o do CafÃ© Kopi Luwak, um dos mais caros do mundo.
Sabe porque Ã© tÃ£o caro? Porque o processo de seleÃ§Ã£o Ã© o melhor do mundo. Ã‰ feito pela Civeta, um tipo de cachorrinho.
UÃ©?? Mas como ensinaram a Civeta selecionar os melhores frutos de cafÃ©? Ela sÃ³ come os melhores frutos, Ã© natural de qualquer bicho. Ela sabe qual Ã© o melhor fruto e come sÃ³ os bons. DaÃ, o intestino dela faz todo o trabalho. E nos toletinhos, jÃ¡ sai o grÃ£o do cafÃ© todo bonitinho, e separado.
Portanto, sim. Existem pessoas ricas que tomam cafÃ© feito do cocÃ´ de um quase cachorrinho.
VocÃª tomaria este cafÃ©zinho???
Leia mais:
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=11449.
(ColaboraÃ§Ã£o: Tadeu - Curitiba)
Veja mais:
http://www.indonesiangrocery.com/
http://www.realkopiluwak.com/intro-real-kopi-luwak/
http://www.abc.net.au/news/stories/2010/03/12/2844292.htm
http://www.nytimes.com/2010/04/18/world/asia/18civetcoffee.html?_r=1&pagewanted=all
http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/wordofmouth/2010/jul/09/civet-coffee-kopi-luwak

"PROGETTO"
A CÃ¢mara Ãtalo-Brasileira de ComÃ©rcio de Minas Gerais apresenta o "progetto" "AmÃ©rica Latina" - Oportunidade de ColaboraÃ§Ã£o Comercial e Industrial.
O projeto visa a aproximaÃ§Ã£o de PMI italianas dos mercados sul-americanos e caribenhos, do qual o Brasil Ã© protagonista. Confira no http://www.progettoamericalatina.it/.
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo - 22/08/10.

EM BUSCA DE OUTRAS TERRAS
Os Estados Unidos vÃ£o gastar 1,6 bilhÃ£o de dÃ³lares nos prÃ³ximos dez anos com o objetivo de descobrir planetas parecidos com a Terra.
Confira a opiniÃ£o do astrÃ´nomo Roger Blandford: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/em-busca-de-outras-terras.
KÃ¡tia Perin - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2179.

TER FILHOS HOMENS FAZ MAL Ã€ SAÃšDE
O nascimento de uma menina faz com que seus pais fumem e/ou bebam 14% menos. JÃ¡ a chegada de um menino tem o efeito oposto. Ã‰ essa a conclusÃ£o de um estudo feito por 3 universidades americanas, que aponta uma possÃvel explicaÃ§Ã£o: os meninos sÃ£o mais rebeldes e dÃ£o mais trabalho.
SuperNovas - Thiago Perin - CiÃªncia Maluca (http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/) - Fonte: SuperInteressante - EdiÃ§Ã£o 281.

BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM

O PACIENTE - O CASO TANCREDO NEVES
Acaba de chegar Ã s livrarias "O Paciente - O Caso Tancredo Neves", do jornalista LuÃs Mir. Ã‰ uma histÃ³ria de horror, mentiras e mesquinharias. Metade do volume Ã© de cÃ³pias de documentos hospitalares. Os mÃ©dicos mentiram do inÃcio ao fim. Mentindo e brigando, agravaram o estado de Tancredo. Ele nÃ£o precisava ser operado daquele jeito, naquele hospital, naquela madrugada do dia de sua posse na PresidÃªncia.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/08/10.
Detalhes:
http://www.editoradecultura.com.br/blog/atualidade-e-memoria/o-paciente-o-caso-tancredo-neves/

THE LAST OF THE TRIBE
Monte Reel, ex-correspondente do "WP", lanÃ§ou "The Last of the Tribe", sobre "o esforÃ§o Ã©pico para salvar um homem solitÃ¡rio na AmazÃ´nia". Resenhado no prÃ³prio "WP" e na AP, o livro foi comprado por estÃºdio e jÃ¡ tem atÃ© diretor, Doug Liman, de "Identidade Bourne". Na Slate, Reel escreve que persiste o risco para "o homem mais isolado do planeta", Ãºltimo de sua tribo, em RondÃ´nia
Nelson de SÃ¡ - Toda MÃdia (www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/08/10.

SUSSURROS - A VIDA PRIVADA NA RÃšSSIA DE STÃLIN
Quem "entende" ditaduras, deve ler "Sussurros".
Chegou Ã s livrarias "Sussurros - A Vida Privada na RÃºssia de StÃ¡lin", do historiador inglÃªs Orlando Figes, autor de "A TragÃ©dia de um Povo", de longe a melhor narrativa da RevoluÃ§Ã£o de 1917 e da implantaÃ§Ã£o do bolchevismo.
O tÃtulo diz tudo, Ã© a histÃ³ria de uma sociedade que viveu aos sussurros. Ã‰ um livro que serve como advertÃªncia para quem "entende" ditaduras. Um pedaÃ§o da elite intelectual do sÃ©culo 20 "entendeu" o stalinismo, outro, menor, "entendeu" o maoismo. Ainda hoje hÃ¡ quem "entenda" o castrismo e o regime iraniano.
Figes Ã© um historiador do calibre de Simon Sebag Montefiore ("A Corte do Czar Vermelho"). Tira seus livros de documentaÃ§Ã£o recentemente descoberta e traz de volta para a histÃ³ria personagens que, Ã Ã©poca, nÃ£o valiam um sussurro. (Se ele nÃ£o tivesse se metido na baixaria de derrubar o trabalho de outros autores com mensagens anÃ´nimas na internet, seria possÃvel dizer que tem a elegÃ¢ncia de Montefiore, mas ela lhe falta.)
"Sussurros" Ã© um mergulho no cotidiano de um regime totalitÃ¡rio. Suas primeiras pÃ¡ginas dizem tudo. Contam a histÃ³ria de Antonina Golovina. Aos oito anos, ela foi mandada com a famÃlia para a SibÃ©ria. De volta, entrou para a Juventude Comunista e trabalhou durante 40 anos no Instituto de Fisiologia de Leningrado. Casou-se duas vezes e nÃ£o contou seu passado aos maridos, muito menos Ã filha.
Um deles tambÃ©m nÃ£o lhe contou que seus pais haviam sido presos. O outro sÃ³ no anos 90 revelou-lhe que passara pelo Gulag. Eles foram pedaÃ§os de um paÃs onde uma pessoa em cada 1,5 famÃlia foi perseguida. Golovina pertenceu ao Partido Comunista atÃ© 1991, quando ele foi dissolvido. SÃ£o essas tensÃµes que fazem de "Sussurros" um grande livro.
Sua descriÃ§Ã£o da metamorfose de uma revoluÃ§Ã£o coletivista num regime totalitÃ¡rio a partir da supressÃ£o das individualidades e da doutrinaÃ§Ã£o da juventude conduz o leitor de tal forma que, a cada volta do parafuso, ele Ã© atÃ© capaz de "entender" o que sucedia.
A primeira ekipekonÃ´mica do bolchevismo morava num conjunto residencial, com banheiros, cozinhas e refeitÃ³rios comunitÃ¡rios. Figes publica uma comovente carta com a histÃ³ria infantil do gato Shammi, escrita para a filha pelo economista Nikolai Kondratiev, autor da teoria dos ciclos que leva seu nome. Estrela da equipe de LÃªnin, ele estava preso e, quase cego, foi fuzilado em 1938.
O historiador manuseia habilmente narrativas e explicaÃ§Ãµes: "O terror foi a inspiraÃ§Ã£o e nÃ£o a consequÃªncia do Plano Quinquenal" (Era o festejado projeto de industrializaÃ§Ã£o acelerada de StÃ¡lin).
"Sussurros" detÃ©m-se na trajetÃ³ria do jornalista e escritor Constantin Simonov ("Os Vivos e os Mortos"), um herÃ³i do trabalho socialista. Simonov foi uma das grandes estrelas do jornalismo de sua Ã©poca. O aparelho que o exaltava nÃ£o conseguia trabalhar direito com outro repÃ³rter, Vassily Grossman, cuja esplÃªndida biografia ("Um escritor na Guerra"), foi editada no Brasil.
Infelizmente, atÃ© hoje nenhum editor nativo interessou-se pelo seu romance "Vida e Destino". Mikhail Suslov, o ideÃ³logo da URSS pÃ³s-stalinista, disse que ele nÃ£o poderia ser publicado em menos de 200 ou 300 anos. Ã‰ uma joia da literatura da Segunda Guerra.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/08/10.
Detalhes:
http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=25046

EU AMEI VICTORIA BLUE
EstÃªvÃ£o Romane estava muito longe de ser um aluno aplicado na Escola Vera Cruz, onde estudou, mas sempre ganhava elogios pela qualidade de suas redaÃ§Ãµes. TambÃ©m nÃ£o conseguiu destacar-se academicamente no exterior. NÃ£o concluiu o curso que foi fazer e, no mÃªs passado, voltou sem o diploma e sem vontade de ser engenheiro de som. Trouxe na bagagem, no entanto, uma histÃ³ria tÃ£o interessante que acabou por transformÃ¡-lo em escritor.
Foi uma prostituta de luxo que atuava em Nova York quem involuntariamente conseguiu o que nenhum professor tinha atÃ© entÃ£o nem remotamente conseguido: deixÃ¡-lo sentado por horas e mais horas, sem sair da cadeira, dia apÃ³s dia, para escrever um livro.
Como toda boa histÃ³ria comeÃ§a com um trauma, a dele nÃ£o foi diferente: o sofrimento que enfrentou justamente por causa daquela mulher foi a inspiraÃ§Ã£o para o livro. "Eu tinha de pÃ´r minha cabeÃ§a em ordem. Escrever foi o melhor jeito que encontrei de fazer isso."
Na escola, EstevÃ£o destacava-se entre os amigos por cultivar hÃ¡bitos exÃ³ticos. Enquanto a maioria de seus colegas ainda estava na fase de frequentar lanchonetes ou restaurantes fast food, ele dissertava sobre rum, charuto, vinhos e alta culinÃ¡ria. JÃ¡ gostava de cozinhar pratos sofisticados. Antes de viajar para os Estados Unidos, namorava uma mulher trinta anos mais velha que ele, com quem aprendera inusitados prazeres sexuais. Mal sabia ele que o relacionamento com ela seria uma espÃ©cie de treino para o que viria pouco tempo depois.
Em meio Ã descoberta de Nova York, ele comeÃ§ou a namorar uma mulher, tambÃ©m mais velha, uma ex-modelo gaÃºcha, entÃ£o com 34 anos, embora dissesse que tinha 29. Apaixonou-se perdidamente.
Tudo nela exalava sofisticaÃ§Ã£o: nas estantes de livros, Gogol, Saramago e Joyce; nas paredes, quadros de sua autoria. Durante o dia, fazia pÃ³s-graduaÃ§Ã£o em artes. Esse era o cenÃ¡rio de tÃ³rridas cenas de sexo.
Aos poucos, ele foi descobrindo as mentiras dela. Aquela mulher, alÃ©m de sofrer de distÃºrbios mentais, era prostituta de luxo em Nova York. O que antes fora uma sequÃªncia de cenas que, naquela efervescente cidade, bem integrariam um filme romÃ¢ntico virou um labirinto. O deslumbramento inicial converteu-se em desespero.
DaÃ nasceu o livro, ainda nÃ£o lanÃ§ado, intitulado "Eu Amei Victoria Blue", numa referÃªncia ao nome de guerra da ex-namorada, cujo primeiro parÃ¡grafo comeÃ§a assim: "Alguns nesta cidade jÃ¡ tiveram o privilÃ©gio de estar com Victoria Blue, mas eu nÃ£o pagaria US$ 2.000 por ela. Ainda que ela fosse tudo aquilo em que cheguei a acreditar. E eu jÃ¡ acreditei muito".
Ele deu um toque de ficÃ§Ã£o Ã narrativa e mudou a maioria dos nomes. "Mas Ã© tudo 100% real." Imaginou que o livro fosse a melhor maneira de organizar seus sentimentos. Para alÃ©m disso, entretanto, redescobriu o prazer de contar uma boa histÃ³ria, a Ãºnica habilidade que lhe era reconhecida nos tempos de estudante no Brasil.
PS - Coloquei no site http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/08/eu-amei-victoria-blue/ trechos do livro.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/08/10.
Detalhes:
http://www.geracaobooks.com.br/releases/?id=2246