FM - Faculdade Mental

TURMAS DO FM - 06/07/2008

TURMAS "UFOLÃ“GICAS"

ROSWELL UFO FESTIVAL
English: http://www.roswellufofestival.com/
Na foto homens fantasiados de extra-terrestres. Centenas de pessoas do mundo inteiro se reuniram no sudeste do Estado americano do Novo MÃ©xico para o primeiro dia do Roswell UFO Festival, uma festa internacional de "ETs". O evento acontece prÃ³ximo do local onde algumas pessoas acreditam que uma nave alienÃgena caiu hÃ¡ 61 anos. Acredita-se que o governo americano tenha escondido o incidente. No final de semana de 5 e 6/07, aconteceram eventos como concursos de roupas de aliens, e exibiÃ§Ã£o de filmes ligados ao tema.
Fonte: O Tempo - 05/07/08.

O SER HUMANO EM BUSCA DA ORIGEM PERDIDA
VocÃª provavelmente sabe o nome dos seus avÃ³s. Talvez saiba tambÃ©m o nome de seus bisavÃ³s, pelo menos de alguns. Mas dificilmente saberÃ¡ quem eram e o que faziam seus tetravÃ³s.
Em busca dessa origem perdida, muitas pessoas recorrem Ã Ã¡rvore genealÃ³gica, uma ferramenta das ciÃªncias humanas que se assemelha a um Ã¡lbum de famÃlia comentado. O desejo de saber de onde viemos - jÃ¡ que nÃ£o Ã© possÃvel prever para onde vamos - parece ser tÃ£o antigo quanto a histÃ³ria da humanidade.
Para o antropÃ³logo e coordenador do ObservatÃ³rio da Diversidade Cultural da Universidade CatÃ³lica de Minas Gerais, a busca da origem estÃ¡ ligada a necessidade de encontrar a prÃ³pria identidade.
ProcedÃªncia. "A palavra origem quer dizer ponto de partida, procedÃªncia. Mas as identidades no mundo de hoje sÃ£o mÃºltiplas, hÃbridas. EntÃ£o, saber o ponto de partida ajuda a gente se localizar nesse maremoto da diversidade", afirma.
JosÃ© MÃ¡rcio acredita que a crescente busca por informaÃ§Ãµes sobre os ascendentes Ã© uma reaÃ§Ã£o Ã experiÃªncia cultural globalizada, onde o indivÃduo tem cada vez mais possibilidades de ir ao encontro do desconhecido sem os limites das fronteiras. "Um mundo onde a pessoa encontra tanta coisa desconhecida, acaba gerando uma necesidade de saber de onde viemos, saber quem sÃ£o os nossos iguais", diz.
Hoje o estudo de parentesco deixou de ser algo complexo e estÃ¡ acessÃvel aos pobres mortais graÃ§as Ã Internet. Diversos sites oferecem o serviÃ§o gratuitamente, bastando ao usuÃ¡rio disposiÃ§Ã£o para a pesquisa e alimentaÃ§Ã£o da Ã¡rvore. Como os sites de relacionamentos, eles permitem que dados da histÃ³ria da famÃlia, informaÃ§Ãµes pessoais e fotos de cada membro sejam acrescentados Ã arvore genealÃ³gica.
HistÃ³ria oculta. Leandro Pereira, 31, ocomeÃ§ou a pouco tempo a participar do projeto de uma prima de descobrir as prÃ³prias origens. "Estou adorando fazer a pesquisa porque para montar a Ã¡rvore genealÃ³gica acabei tendo mais contato com tios e primos, muitas vezes distantes pela vida diÃ¡ria corrida e descobri muitas histÃ³rias perdidas no tempo - ou ocultas algumas vezes", conta.
Foi com a ajuda da famÃlia - atÃ© mesmo de tias-avÃ³s que nÃ£o fazem a menor idÃ©ia do que seja navegar na Internet - que Leandro conseguiu recuperar parte da histÃ³ria da famÃlia Fonte Boa. Uma parte da famÃlia veio de Portugal, de uma cidade chamada Fonte Boa, e ao chegar no Brasil em meados de 1808, se instalou em Minas Gerais, na regiÃ£o de SÃ£o Gotardo e Carmo do Cajuru. Ao chegar ao paÃs, a famÃlia adotou o nome da cidade de origem - Fonte Boa - como novo sobrenome.
Descoberta. Hoje Ã© possÃvel encontrar ramos da famÃlia Boa Fonte em Belo Horizonte, DivinÃ³polis, Matutina, SÃ£o Paulo, Rio de Janeiro e SÃ£o JosÃ© dos CalÃ§ados (ES). "Minha Ã¡rvore genealÃ³gica jÃ¡ possui mais de 500 parentes prÃ³ximos e mais de 500 aparentados. Hoje contamos com 1.094 membros, sendo que 40 sÃ£o membros ativos, que agora me ajudam na construÃ§Ã£o da Ã¡rvore", avalia Leandro.
Mateus Folate Pereira Amorim Ã© outro que busca reconstruir sua origem. "Saber quem foram nossos antepassados foi o que mais motivou a construÃ§Ã£o da Ã¡rvore", diz Mateus.
"Para mim, saber a origem dos meus antecedentes Ã© resgatar a minha prÃ³pria histÃ³ria, Ã© saber de onde vim tendo como refrÃªncia por onde eles passaram", explica Mateus, que contabiliza 726 parentes na Ã¡rvore de sua famÃlia mantida no site meusparentes.como.br.
ORIGEM DOS NOMES
Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Alguns textos sugerem que o ImpÃ©rio Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famÃlias, por volta de 2852 a.C.
Os chineses tinham normalmente trÃªs nomes: o sobrenome, que vinha primeiro e era uma das 438 palavras do sagrado poema chinÃªs â€œPo-Chia-Hsingâ€.
Em seguida, o nome de famÃlia, tambÃ©m tirado de um poema de 30 personagens adotados por cada famÃlia. O nome prÃ³prio, entÃ£o, vinha por Ãºltimo.
Contudo, na maioria das culturas, as pessoas tÃªmsomente um sobrenome â€“ geralmente aquele herdado por parte do pai.
SOBRENOME POR OCUPAÃ‡ÃƒO
VÃ¡rios sobrenomes nasceram da ocupaÃ§Ã£o. Nos Estados Unidos, por exemplo, John, sendo carpinteiro, cozinheiro, moleiro ou alfaiate, se chamaria, respectivamente, John Carpenter, John Cook, John Miller e John Taylor. Um ferreiro, teria o sobrenome Smith, em inglÃªs, um dos mais comuns na Inglaterra.
Toda vila britÃ¢nica tinha os seus Smiths (ferreiros), Millers (moleiros), Taylors (alfaiates) e Carpenters (carpinteiros), sendo que os Millers de uma vila nÃ£o tinham necessariamente nenhuma relaÃ§Ã£o com os Millers de outra vila.O lugar de residÃªncia tambÃ©m deu origem a alguns sobrenomes.
GENEALOGIA E HISTÃ“RIA
A genealogia Ã© uma ciÃªncia auxiliar da histÃ³ria que estuda a origem, evoluÃ§Ã£o e disseminaÃ§Ã£o das famÃlias e respectivos sobrenomes, ou apelidos.
A definiÃ§Ã£o mais abrangente Ã© â€œestudo do parentescoâ€. Como ciÃªncia auxiliar, desenvolve-se no Ã¢mbito da histÃ³ria de famÃlia, onde Ã© peÃ§a fundamental subsidiada por outras ciÃªncias, como a sociologia, a economia e a histÃ³ria da arte.
Ã‰ tambÃ©m conhecida como ciÃªncia da histÃ³ria da famÃlia pois tem como objetivo desvendar as origens das famÃlias por intermÃ©dio do levantamento sistemÃ¡tico de seus antepassados, locais onde nasceram e viveram.
SILVA, O SOBRENOME MAIS USADO NO BRASIL E PORTUGAL
O sobrenome "da Silva" Ã© um dos apelidos mais usados no Brasil e em Portugal. Durante o perÃodo colonial este sobrenome foi dado a milhares de escravos que chegaram ao Brasil.
Essa Ã© a explicaÃ§Ã£o mais provÃ¡vel, segundo o genealogista Carlos Eduardo Barata, autor do DicionÃ¡rio das FamÃlias Brasileiras. AlÃ©m disso, muitos portugueses que vieram para o Brasil em busca de uma vida nova adotaram o "Silva" para beneficiarem-se do anonimato que o sobrenome comum oferecia.
A origem dos "Silvas" Ã© controversa, mas tudo indica que o apelido surgiu no ImpÃ©rio Romano para denominar os habitantes de regiÃµes de matas ou florestas - silva que, em latim, significa "selva". Muitos desses habitantes refugiaram-se do impÃ©rio justamente na penÃnsula IbÃ©rica.
O primeiro "Silva" a fixar raÃzes no Brasil foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612. Hoje, Ã© impossÃvel saber quantos "Silvas" existem no Brasil jÃ¡ que nenhum Ã³rgÃ£o oficial tem uma estatÃstica nacional sobre o tema. Entre os 4,6 milhÃµes de assinantes de telefone da empresa na cidade de SÃ£o Paulo, 295.622 sÃ£o "Silva".
Pesquisa. O DicionÃ¡rio das FamÃlias Brasileiras tem cerca de 60 mil sobrenomes de famÃlias cujas origens, alÃ©m de portuguesas, indÃgenas e africanas, sÃ£o sobretudo espanholas, italianas, alemÃ£s, libanesas e francesas. EstÃ£o presentes tambÃ©m grupos Ã©tnico-religiosos como o dos judeus.
Para Barata, a obra tem "uma abordagem democrÃ¡tica", nÃ£o se atendo apenas Ã s famÃlias da elite, diferentemente do que ocorre no Brasil com a maior parte dos levantamentos genealÃ³gicos. Por isso foram incluÃdas nos dois volumes do dicionÃ¡rio as famÃlias das grandes levas de imigraÃ§Ã£o que ocorreram depois da segunda metade do sÃ©culo XIX, indo um pouco alÃ©m de 1945, apÃ³s a Segunda Guerra Mundial. (ACB)
ÃRVORE PODE SER MAIOR
Uma pesquisa feita na Universidade Federal de Minas Gerais, pelo e pesquisador geneticista SÃ©rgio Danilo Pena, afirma que, numa estimativa conservadora, de 5% a 10% dos filhos dos casais sÃ£o gerados por meio do adultÃ©rio, sem que o chefe da famÃlia tome conhecimento do fato.
SÃ©rgio Danilo Pena diz que tal comportamento ocorre nÃ£o sÃ³ no Brasil, como na maior parte dos paÃses.
De acordo com o geneticista, a realizaÃ§Ã£o de exame de DNA comprova, sem margem de erro, os casais que se enquadram nessa situaÃ§Ã£o. Para quem deseja construir uma Ã¡rvore genealÃ³gica com todos os galhos o exame pode ajudar.
PARA CELTAS, LAÃ‡OS MÃGICOS
Os celtas, segundo a especialista Ã‚ngela Mendes Silveira, hÃ¡ mais de 3 mil anos, preocupavam-se em montar suas Ã¡rvores genealÃ³gicas, tambÃ©m chamadas de Ã¡rvore da vida. Este ato tinha um significado mÃ¡gico: reforÃ§ava os laÃ§os com os antepassados e prestava uma homenagem aos que lhes tinham transmitido a vida.
As raÃzes da Ã¡rvore celta estÃ£o entranhadas no solo e seus galhos apontam para o cÃ©u, simbolicamente formando um elo entre as forÃ§as celestes e terrenas. A Ã¡rvore celta tambÃ©m simboliza o crescimento de uma famÃlia. Na tradiÃ§Ã£o celta a Ã¡rvore oferece trÃªs temas: CiÃªncia, ForÃ§a e Vida.
HISTÃ“RIA DA FAMÃLIA
A igreja MÃ³rmon mantÃ©m mais de 4.000 Centros de HistÃ³ria da FamÃlia ao redor do mundo coordenados pela Sociedade GenealÃ³gica de Utah, cuja sede localiza-se cidade de Salt Lake, nos Estados Unidos.
Os Centros de HistÃ³ria da FamÃlia oferecem um banco de dados genealÃ³gico com mais de 2 milhÃµes de microfilmes que reproduzem registros civil (nascimento, casamento e Ã³bito), paroquial (batismo, casamento religioso e morte), censos de populaÃ§Ã£o, listas de passageiros de navios, listas de hospedarias de imigrantes, livros sobre temas da genealogia, livros de famÃlias ilustres e brasonÃ¡rios.
ONDE FAZER SUA ÃRVORE GENEALÃ“GICA
1 - http://www.meusparentes.com.pt/
Ã‰ formado por mais de 100 mil famÃlias. A plataforma permite que os parentes adicionados Ã Ã¡rvore sejam convidados automaticamente por e-mail, possam ver e efetuar modificaÃ§Ãµes na Ã¡rvore.
2 - http://www.familiaridade.com.br/
Possui 307 mil Ã¡rvores cadastradas e uma gigantesca lista de sobrenomes que podem ser consultados por qualquer internauta.
3 - http://www.genealogiafreire.com.br/
AlÃ©m de hospedar Ã¡rvores genealÃ³gicas, o site oferece um roteiro de pesquisa para os que desejam iniciar o levantamento de dados familiares.
Andrea Castello Branco - Fonte: O Tempo - 06/07/08.