FM - Faculdade Mental

MANCHETES DA SEMANA - 24/04/2010

LIVROS... DIREITOS... AUTORES...

23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DO AUTOR
English:
http://www.un.org/depts/dhl/book/
http://www.altiusdirectory.com/Society/world-book-copyright-day.php
O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma regiÃ£o semi-autÃ´noma da Espanha.
A data comeÃ§ou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoraÃ§Ã£o ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel AndrÃ©s, propÃ´s este dia para a CÃ¢mara Oficial do Livro de Barcelona.
Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.
No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.
Mais tarde, em 1996, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e dos Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalÃ£o, e William Shakespeare, dramaturgo inglÃªs.
No caso do escritor inglÃªs, tal data nÃ£o Ã© precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendÃ¡rio juliano, pelo que havia uma diferenÃ§a de 10 dias apara o calendÃ¡rio gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efectivamente 10 dias depois de Cervantes.
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (tambÃ©m chamado de Dia Mundial do Livro) Ã© um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura, a publicaÃ§Ã£o de livros e a protecÃ§Ã£o dos direitos autorais. O dia foi criado na XXVIII ConferÃªncia Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995.
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 nasceram de Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega. Para alÃ©m disto, nesta data, em outros anos, tambÃ©m nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel MejÃa Vallejo.
Todos os anos sÃ£o organizados uma sÃ©rie de eventos ao redor do mundo para celebrar o dia.
Fonte: WikipÃ©dia.

Mais detalhes:
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OS BLOGS DO ALÃ‰M GANHAM OSCAR INTERNACIONAL
O â€œblogs do alÃ©mâ€ foi premiado no maior concurso internacional de weblogs, podcasts e videoblogs do mundo: The BOBS â€“ The Best of Blogs.
Desde sua primeira ediÃ§Ã£o em 2004, o The BOBs vem aumentando gradualmente seu alcance lingÃ¼Ãstico e hoje premia blogs produzidos em 11 lÃnguas. SÃ£o concedidos, simultaneamente, um prÃªmio do jÃºri e outro de pÃºblico: os ganhadores sÃ£o escolhidos tanto por uma equipe internacional de jurados quanto pelos leitores, atravÃ©s de uma votaÃ§Ã£o via internet. Ã‰ promovido pela Deutsche Welle.
Foi grande o nÃºmero de usuÃ¡rios de todo o mundo que participaram do The BOBs, enviando quase 8.300 sugestÃµes para o concurso. A partir dessas sugestÃµes, o jÃºri composto por blogueiros de renome internacional nomeou 11 finalistas em cada categoria.
Nesse ano, existem seis categorias internacionais (Melhor Weblog, Melhor Videoblog, Melhor Podcast, PrÃªmio RepÃ³rteres sem Fronteiras, PrÃªmio Blogwurst e PrÃªmio Especial MudanÃ§as ClimÃ¡ticas). Os finalistas dessas categorias foram escolhidos entre os blogs sugeridos em todas as lÃnguas. HÃ¡ ainda a escolha do melhor weblog em cada lÃngua: alemÃ£o, Ã¡rabe, bengali, chinÃªs, espanhol, francÃªs, indonÃ©sio, inglÃªs, persa, portuguÃªs e russo.
TambÃ©m hÃ¡ categorias que abrangem todos os idiomas, nas quais competem candidatos de todas as lÃnguas: Melhor Weblog, Melhor Videoblog, Melhor Podcast, PrÃªmio RepÃ³rteres sem Fronteiras, PrÃªmio Blogwurst e PrÃªmio Especial MudanÃ§as ClimÃ¡ticas.
O â€œBlogs do AlÃ©mâ€, de autoria do diretor de criaÃ§Ã£o da Energy Vitor Knijnik venceu o PrÃªmio Blogwurst, na indicaÃ§Ã£o do jÃºri. Essa categoria, segundo sua apresentaÃ§Ã£o, â€œÃ© a que reÃºne os blogs que nos divirtam, perturbem ou que simplesmente tratem de um tema incomum. Para caber nesta categoria, Ã© preciso ter algo de realmente "diferente"â€™.
Ã‰ o autor que nos fala sobre sua criaÃ§Ã£o:
â€œBlogs do AlÃ©mâ€ Ã© um blog e tambÃ©m uma coluna da revista Carta Capital. Semanalmente, um grande vulto da humanidade, escreve posts no seu blog como se estivesse vivo. Tem de tudo, de Karl Marx a Coco Chanel. Os assuntos do passado se misturam com os do presente. â€œGraham Bellâ€ reclama de quem atende celular no cinema. Sobre a recente filmagem de sua biografia, por exemplo, "Coco Chanel" escreveu: "Os ingressos estÃ£o muito baratos". â€œShakespeareâ€conta como adaptou suas obras para o Twitter.
Surgiu atravÃ©s de uma provocaÃ§Ã£o da publisher da CartaCapital, Manuela Carta, que um dia me encomendou uma pÃ¡gina de humor para a revista. Na Ã©poca nÃ£o me ocorreu nada que merecesse ser publicado. Um ano depois, estava eu numa discussÃ£o com amigos a respeito da blogosfera, quando argumentei que se Shakespeare tivesse um blog nos dias de hoje, tomaria uma surra nos comentÃ¡rios. NinguÃ©m sai ileso na web. Pronto, estava ali a ideia que eu estava procurando. EntÃ£o elaborei uns quatro, cinco blogs de ilustres que jÃ¡ passaram dessa para melhor e levei para a apreciaÃ§Ã£o do Mino Carta, consagrado jornalista e editor da CartaCapital. Mino nÃ£o sÃ³ gostou como batizou a coluna de Blogs do AlÃ©m. O que deu a chave de compreensÃ£o imediata da brincadeiraâ€.
Para o premiado Vitor, nossas congratulaÃ§Ãµes.
Fonte: Carta Capital â€“ EdiÃ§Ã£o 592.
O blog: http://www.blogsdoalem.com.br/

TANCREDO HÃ 25 ANOS, COMO SE FOSSE HOJE
HÃ¡ um quarto de sÃ©culo, morreu Tancredo Neves. Na noite de 14 de marÃ§o de 1985, os brasileiros foram dormir esperando assistir Ã s cenas de sua posse na manhÃ£ seguinte e acordaram com o Ãºltimo dos generais deixando o palÃ¡cio pela porta dos fundos enquanto JosÃ© Sarney vestia a faixa presidencial. Tancredo sÃ³ chegou a BrasÃlia morto.
Ele foi uma resultante. Somava marqueses da ditadura, cardeais da moderaÃ§Ã£o democrata-cristÃ£, comissÃ¡rios de uma esquerda mais ou menos convicta. Morto Tancredo, a coligaÃ§Ã£o perdeu o nexo e, aos poucos, deslizou para o colapso financeiro da hiperinflaÃ§Ã£o e o desastre polÃtico do collorato.
Passados 25 anos, persiste o mito de que Tancredo Neves era um conservador. Com aquele jeito, falando baixo, sempre de terno, sÃ³ podia ser. AlÃ©m disso, seu conservadorismo seria um bÃ¡lsamo capaz de aliviar o passado de Sarney e o futuro de Fernando Henrique Cardoso. Um mito conveniente.
Felizmente, o jornalista Mauro Santayana organizou o livro "Tancredo: O Verbo Republicano", com os textos dos Ãºltimos discursos e entrevistas de Tancredo Neves. Santayana assessorou-o por quase 20 anos. Na tarde de 14 de marÃ§o de 1985, passou cerca de duas horas com ele, revendo o discurso que faria na manhÃ£ seguinte, ao tomar posse. Semanas depois, quando sabia-se que Tancredo nÃ£o sairia vivo do hospital, Santayana entregou os originais a Risoleta Neves, mulher do presidente eleito.
A primeira metade do discurso de Tancredo contÃ©m uma das mais belas pÃ¡ginas da oratÃ³ria polÃtica nacional. Elegante no estilo, profÃ©tico no conteÃºdo. Em alguns momentos impressiona pela atualidade, mas, se isso indica a clarividÃªncia de Tancredo, ilustra tambÃ©m a mediocridade do debate nos 25 anos que se seguiram. Alguns trechos:
"Temos construÃdo esta naÃ§Ã£o com Ãªxitos e dificuldades, mas nÃ£o hÃ¡ dÃºvida, para quem saiba examinar a histÃ³ria com isenÃ§Ã£o, de que o nosso progresso polÃtico deveu-se mais Ã forÃ§a reivindicadora dos homens do povo do que Ã consciÃªncia das elites. (...) A pÃ¡tria dos pobres estÃ¡ sempre no futuro e, por isso, em seu instinto, eles se colocam Ã frente da histÃ³ria".
"A legislaÃ§Ã£o sindical brasileira se encontra envelhecida. (...) A unidade sindical nÃ£o pode ser estabelecida por lei, mas surgir naturalmente da vontade dos filiados. (...) Os sindicatos nÃ£o podem submeter-se Ã tutela do governo nem subordinar-se aos interesses dos partidos polÃticos".
"JÃ¡ vivemos, nas grandes cidades brasileiras, permanente guerra civil (...). Ã‰ natural que todos reclamem mais seguranÃ§a nas ruas, e Ã© dever do Estado garantir a vida e os bens dos cidadÃ£os. Essa garantia, sabemos todos, nÃ£o serÃ¡ oferecida com o aumento do nÃºmero de polÃcias, ou com a multiplicaÃ§Ã£o dos presÃdios. Ã‰ muito mais fÃ¡cil entregar ferramentas aos homens do que armÃ¡-los, e muito mais proveitoso para a sociedade dar pÃ£o e escola Ã s crianÃ§as abandonadas, do que, mais tarde, segregar adultos criminosos. A histÃ³ria nos tem mostrado que, invariavelmente, o exacerbado egoÃsmo das classes dirigentes as tem conduzido ao suicÃdio total".
"Temos de ampliar o mercado interno, o Ãºnico com que podem contar permanentemente os empresÃ¡rios brasileiros. NÃ£o se amplia o mercado interno sem que haja mais empregos e mais justa distribuiÃ§Ã£o da renda nacional".
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 21/04/10.

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