COPA 2018
QUAL SERÁ A SEDE DE 2018?
English:
http://uk.reuters.com/article/idUKTRE67M3UU20100823
http://www.russia2018-2022.com/en.aspx
http://www.england2018bid.com/
http://www.thebid.org/?lang=en
http://www.candidaturaiberica.com/
http://www.gousabid.com/
O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, disse ao grupo de inspetores da Fifa que a Inglaterra "já conta com a infraestrutura e as instalações" necessárias para sediar a Copa do Mundo de 2018.
Nessa semana, seis membros do comitê iniciaram em Londres uma visita de quatro dias ao Reino Unido para inspecionar a candidatura do país ao torneio.
"Nosso trabalho consiste em mostrar a eles que já temos as infraestruturas e as instalações para organizar um Mundial", afirmou Clegg, que exerce durante as férias do chefe do Executivo, David Cameron, o papel de líder do Governo.
Clegg recebeu a comitiva ontem em um ato realizado em Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido. Depois, o grupo de inspetores da Fifa visitou o estádio de Wembley, onde se encontraram com o técnico da Inglaterra, o italiano Fabio Capello.
Clegg, acompanhado pelo ministro da Cultura, Jeremy Hunt, e o secretário de Estado dos Esportes, Hugh Robertson, ressaltou que "a esperança e a paixão britânicas envolvidas nesta candidatura são imensas".
"Ela inspirará as pessoas nas cidades de todo o país, e há poucos países com a mesma paixão que temos pelo futebol", disse o líder dos liberal-democratas.
Durante o resto da semana, os membros da comitiva viajarão para outras cidades, como Manchester, Sunderland e Newcastle.
Na briga para sediar a Copa do Mundo em 2018, estão Inglaterra, Rússia, Espanha e Portugal (conjunto), Holanda e Bélgica (conjunto) e Estados Unidos.
Para Joseph Blatter, "seria fácil escolher a Inglaterra"
No primeiro dos quatro dias em que a Fifa inspecionará a Inglaterra, Joseph Blatter disse que seria fácil escolher o país para sediar a Copa de 2018. "É fácil escolher a Inglaterra. Tudo está aqui: torcedores, estádios, infraestrutura. É fácil", disse Blatter.
Segundo o dirigente, o fraco desempenho do English Team na Copa da África do Sul não interfere em nada uma escolha. "Os desempenhos das seleções dos países candidatos não importam. O que importa é a qualidade de suas candidaturas", explicou.
Apesar de elogiar a Inglaterra, o presidente da Fifa disse que a Rússia também é uma forte candidata. "Não se pode esquecer da Rússia. É mais que um país. É um grande continente, um grande poder", comentou.
Fonte: O Tempo - 24/08/10.
Os sites dos candidatos:
http://www.russia2018-2022.com/en.aspx
http://www.england2018bid.com/
http://www.thebid.org/?lang=en
http://www.candidaturaiberica.com/
http://www.gousabid.com/
FAZ SOL NO FUTEBOL
Sabe aquela história de alguns povos que resolveram dar pouca bola para seus políticos e construir seus países apesar deles?
Pois parece que os clubes, pelo menos alguns clubes, começam a fazer o mesmo por aqui, convencidos de que não podem esperar nada da CBF.
O maior exemplo foi dado pelo Santos, que conseguiu rejeitar uma proposta de 30 milhões do milionário Chelsea pela promessa chamada Neymar.
Os ingleses não devem estar entendendo nada, como os portugueses não entenderam quando um jovem patrício deles declinou de ser rei de sua potência europeia para ser imperador do Brasil.
Pois é, coisas que marcam ou podem marcar a história de um país ou, no caso, de um esporte.
E a resistência praiana aos euros londrinos e russos, dê no que dê, é dessas atitudes que têm tudo para virar divisor de águas -e tomara que vire.
Ora, já estava mais do que na hora de alguém com nova mentalidade fazer o que fez o presidente santista, que, se tem ainda de conviver com misérias locais, ser polido e cinturado para não colidir com Ricardo 1º -o que veio depois de Dom Pedro, 1º do Brasil, 4º de Portugal-, teve capacidade e respaldo para dar condições para Neymar ficar.
Veja que não se sabe de uma ajuda da CBF neste sentido, até porque a entidade madrasta sempre incentivou a exportação de pé de obra, discurso que Mano Menezes não endossa -e não parece ser porque a Casa Bandida mandou.
Outro clube que ensina é o Inter, cuja mais nova conquista, entre tantas nestes últimos anos, é a coroação da política que começou por dar vez e voz aos associados, democratizando as eleições, ampliando o colégio eleitoral, criando zonas eleitorais no interior do Rio Grande e podendo contar hoje com cerca de 25% do que arrecada só dos sócios.
Nem Santos nem Inter, como se sabe, estão entre as cinco maiores torcidas do país, por enquanto. O Santos está em oitavo, e o Inter, em décimo lugar, na mais recente pesquisa do diário "Lance!".
Que ninguém duvide, porém, que a adoção e manutenção de políticas corretas e inovadoras tendem a trazer resultados mais rapidamente do que se imagina neste mundo de hoje, tamanha a velocidade com que correm as informações e ocorrem as transformações. Flamengo e Corinthians, os dois maiores, que acordem. E que persistam na política de arrumar, ou erguer a casa, cuidar de suas bases, sem loucuras sim, mas com ousadia, a mesma que clubes também centenários, e iluminados, como Inter e Santos têm sido capazes.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/08/10.
ETERNAS DÚVIDAS
Neymar continua no Santos. Poderemos admirar e acompanhar mais de perto seu enorme talento. Será ótimo para o Santos, para o torcedor, para a imprensa e para o futebol brasileiro.
É preciso discutir, do ponto de vista técnico, se será bom para o jogador. Parece que sim. Mas não há certeza disso.
Escrevi na coluna anterior que a experiência de um jogador não serve para outro e que costumamos ter dúvidas, profissionais e pessoais, quando tomamos certas decisões. Só os medíocres não têm dúvidas.
Há inúmeros motivos para Neymar não sair agora do Santos, como os de que ele só tem 18 anos, de que precisa evoluir na parte técnica, tática, física e emocional e de que poderá não se adaptar e ser reserva do Chelsea.
Dizer que Neymar precisa ir para a Inglaterra para melhorar na parte tática é um conceito ultrapassado. Os técnicos brasileiros estão no mesmo nível dos da Europa. Tudo isso é racional, previsível, mas não seria surpresa se ocorresse de outro jeito. Ter 18 ou 20 anos faz pouca diferença. Neymar poderia evoluir profissionalmente na Europa mais que aqui, gostar da Inglaterra, aprender rapidamente a língua e conhecer penteados mais exóticos.
Poderia brilhar e ser logo uma estrela mundial, como Kaká foi no Milan. Neymar jogaria em um dos três melhores times do mundo.
Hoje, o futebol brasileiro é muito mais faltoso, físico e violento que o da Europa. Os gramados são também muito piores.
Neymar, antes de ser destaque da seleção em vários jogos importantes, já é uma celebridade. Só falta aparecer na revista "Caras" com outra celebridade. Ele já é antes de ser. É a espetacularização do fato, característica da sociedade atual.
O ser humano está sempre atrás de certezas, de explicações definitivas e do milagre, que deem sentido à vida. Pessoas, travestidas de sábias, explicam tudo, desde as coisas óbvias e banais até as eternas dúvidas existenciais. Alguns falam, e a maioria repete.
Quem pensa diferente é, no mínimo, visto com estranheza, ainda mais se não fizer parte da mesma patota. No futebol, é a mesma coisa.
Contardo Calligaris escreveu nesta Folha na última quinta-feira: "Quando a mídia é de massa, não há mais diferença entre manipuladores e manipulados, pois os próprios manipuladores, expostos à mídia, são manipulados por suas produções. Ou seja, progressivamente, todo o mundo pensa as mesmas trivialidades".
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/08/10.
O PESO DOS FATOS
É inegável que o retorno de Ronaldo ao Corinthians rendeu muitos dividendos. E com seu carisma ele conquistou a torcida
Ronaldo não entra em campo há três meses, ainda assim, no dia a dia, se discute o quê, quando, quanto e não sei mais sobre o peso dele. Ora, gente! Chega de incomodar o nosso maior jogador das últimas décadas. Ele já não pode responder em campo a todas as expectativas criadas. Ronaldo é o grande gestor do atual Corinthians, o único criador do atual fundo corintiano, idealizador do novo Corinthians que se agigantou, se internacionalizou e faturou o que jamais pensaria.
Ronaldo é o Corinthians, todos devem respeitar essa realidade. Ainda que uns tentem se vangloriar pelas receitas atuais, Ronaldo é o maior responsável. Ronaldo é Ronaldo. Ele é o Corinthians de hoje.
Alguns reclamam de que parte dessa receita é dele. Parte, que parte? A maior e grande parte deve ser dele mesmo, pois dele dependem essas receitas. E ainda por cima exigem que ele jogue, o que se esforçou em fazer no ano passado. Com sucesso, diga-se de passagem. Nunca um time brasileiro se deu tão bem com a repatriação de um craque. Craque, aliás, que estava no estaleiro, como se diz em “futebolês”, e mais uma vez deu a volta por cima, como se diz no “socialês”. E com uma imponência de dar dó aos outros.
Se não dá dó ou só outros sentimentos menos nobres, problema nenhum. O que ninguém pode reclamar nem discutir é a realidade imposta pelos fatos. No caso, pelo retorno que esse grande jogador de extremo carisma já deu ao Timão.
Outros mais querem porque querem voltar ao País. Esperam conseguir o mesmo que Ronaldo, o que não será nada fácil. Conquistar uma torcida como a Fiel é algo que poucos conseguem em tão pouco tempo, como fez Ronaldo. Levar a sua equipe a feitos aguardados ansiosamente pela massa, também. Adquirir o respeito de todos por sua postura e colocações, mais raro ainda; o que não impede alguém de sonhar.
A cada dia, vemos dezenas de grandes jogadores que já trilharam fora do País boa parte da vida útil de atletas, retornando para casa. Fundamentalmente, devido ao exemplo de sucesso que foi o retorno de Ronaldo. Muitos, porém, não conseguirão o resultado almejado por eles e pelos clubes que os recebem. Já não possuem a força dos jovens, ainda que tenham nas costas a vasta experiência que poderá servir para prolongar suas estadas nos gramados. Ou técnica e talento suficientes para ainda encantar nosso público sedento por beleza e alegria nos gramados.
Todos esses atletas que novamente batem à porta do nosso futebol nos fazem perceber o mal que estamos fazendo a eles e ao esporte, por não tratá-los com a merecida dignidade. Há espaço e riqueza para desenvolver suas habilidades em nosso território sem a necessidade de exportá-los como mercadorias valorizadas, sim, mas com muito pouca humanidade, como se fossem cargas vivas a ser transportadas por veículos que trafegam desfilando em seus para-choques a qualificação do produto.
E também para mantê-los desfilando seus dotes em nossos campeonatos, para mostrar o que somos capazes de oferecer aos que são amantes do futebol. E aí, sim, vender a obra de nossos craques, sua produção artística como qualquer museu ou colecionador do mundo moderno faria. Isso, caso tivéssemos um pingo de consciência das suas importâncias no contexto político-social nacional.
O que nos faria também ter mais cuidado com a formação social, moral e educacional desses meninos, que poderiam transformar rapidamente a nação, como todos nós esperamos há muito, pois seriam referências, já que ídolos eles já são pelo que fazem. Por que não pelo que dizem e pensam?
Agora mesmo, quando se inicia um novo trabalho na Seleção Brasileira, que nada mais é (ou deveria ser sempre) que a extrema representatividade de nossa cultura esportiva, nós vimos esta semana muitos jovens vestindo pela primeira vez a camisa amarela e ainda jogando por equipes daqui.
Mas até quando? Seleção esta que vez ou outra é utilizada como mostruário para futuras negociações com interessados em nossas preciosidades. Será que o exemplo de Ronaldo não nos indicou a possibilidade de manter em território nacional nossos melhores jogadores com gestões apenas um pouco mais competentes que aquelas a que estamos habituados?
Sejamos menos cegos para a realidade, assim ela se tornará mais brilhante para todos os brasileiros.
Sócrates - Fonte: Carta Capital - Edição 610.
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