FM - Faculdade Mental

FUTEBOL SHOW - 08/04/2010

FUTEBOL PAIXÃƒO

BLOEMFONTEIN CELTIC - A TORCIDA MAIS APAIXONADA DA ÃFRICA DO SUL
English:
http://www.bloemfonteincelticfc.co.za/
Videos:
http://www.youtube.com/watch?v=_KPAfeL17oc
http://www.youtube.com/watch?v=yYIYBDf_M_Q
A cidade de Bloemfontein, casa dos torcedores mais fanÃ¡ticos da Ãfrica do Sul, nÃ£o poderia ficar de fora da festa do futebol e, por isso, tratou de reformar o antigo estÃ¡dio Free State para abrigar jogos da Copa do Mundo de 2010.
ConstruÃdo em 1952, o Free State era usado principalmente em partidas de rÃºgbi. Foi no estÃ¡dio que aconteceu, por exemplo, algumas partidas da Copa do Mundo de RÃºgbi, em 1995. No ano seguinte, dois fatos simultÃ¢neos ajudaram para que a cidade abrisse os olhos para o futebol: Bloemfontein foi uma das sedes da Copa Africana de NaÃ§Ãµes e o Bloemfontein Celtic, time de futebol da cidade, foi promovido para a primeira divisÃ£o.
Conhecidos como "Siwelele", os torcedores do Bloemfontein Celtic sÃ£o, reconhecidamente, os mais fanÃ¡ticos do paÃs e sempre lotaram o estÃ¡dio Free State para empurrar a equipe, apesar das campanhas medianas na elite do futebol sul-africano. Na Ãºltima temporada, a equipe conseguiu a melhor colocaÃ§Ã£o de sua histÃ³ria, ao terminar o torneio da primeira divisÃ£o na 6Âª posiÃ§Ã£o.
Mesmo com todo o entusiasmo dos moradores da cidade, seria impossÃvel a realizaÃ§Ã£o de uma partida de Copa do Mundo em um estÃ¡dio com capacidade para 38 mil pessoas. EntÃ£o, para a construÃ§Ã£o de mais 10 mil lugares e a total adequaÃ§Ã£o do estÃ¡dio Ã s normas da Fifa, foram gastos US$ 33 milhÃµes (cerca de R$ 59 milhÃµes).
Uma empresa de telecomunicaÃ§Ãµes da Ãfrica do Sul, que participou com grande parte da quantia, rebatizou o estÃ¡dio para Vodacom Park. A grande mudanÃ§a na estrutura foi a construÃ§Ã£o de uma arquibancada lateral totalmente coberta. O resto do estÃ¡dio tem cobertura, mas parcial. A parte exterior tambÃ©m recebeu atenÃ§Ã£o especial, jÃ¡ que a Fifa, alÃ©m de exigir fÃ¡cil acesso do torcedor nas mediaÃ§Ãµes do estÃ¡dio, tambÃ©m obriga a construÃ§Ã£o de um estacionamento.
O Brasil jÃ¡ testou e aprovou a nova arena. Foi lÃ¡ o primeiro jogo da seleÃ§Ã£o na Copa das ConfederaÃ§Ãµes do ano passado, a vitÃ³ria por 4 a 3 contra o Egito. Infelizmente para a fanÃ¡tica torcida, a cidade nÃ£o serÃ¡ uma das principais sedes e receberÃ¡ poucos jogos do mundial da Ãfrica do Sul.
Fonte: http://www.revistabrasileiros.com.br/.
O site:
http://www.bloemfonteincelticfc.co.za/
VÃdeos:
http://www.youtube.com/watch?v=_KPAfeL17oc
http://www.youtube.com/watch?v=yYIYBDf_M_Q

CI - TRABALHO VOLUNTÃRIO LEVA Ã€ ÃFRICA DO SUL
A CI (http://www.ci.com.br/), empresa voltada para intercÃ¢mbios, oferece diferentes programas de trabalho voluntÃ¡rio na Ãfrica do Sul, sede da Copa do Mundo, neste ano. Ã‰ preciso ser maior de 18 anos, falar inglÃªs bÃ¡sico e estar em boa forma fÃsica.
Fonte: Folha de S.Paulo - 08/04/10.

CORTE DE GORDURA
Em workshop da Fifa realizado na Ãfrica do Sul, hÃ¡ cerca de duas semanas, um dos principais comentÃ¡rios referia-se ao Brasil, que teria o nÃºmero de sedes reduzido de 12 para 10 cidades (sÃ£o nove na Copa-10). A entidade estaria insatisfeita com o resultado final em algumas cidades na Ãfrica do Sul, e a forma de afastar o perigo em relaÃ§Ã£o ao Brasil seria uma reduÃ§Ã£o. Isso permitiria que mais atenÃ§Ã£o fosse concentrada no restante. No meio tÃ©cnico no Brasil, hÃ¡ semanas, raciocÃnio semelhante jÃ¡ estava bem difundido.
Painel FC - Eduardo Ohata - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/04/10.

NAS ASAS DA TAM...
Ricardo Teixeira estÃ¡ negociando com a TAM o envio de um Airbus para transportar a seleÃ§Ã£o entre uma cidade e outra na Copa da Ãfrica. Inicialmente, o time de Dunga viajaria entre as cidades em companhias locais. Mas Teixeira estÃ¡ preocupado com possÃveis gargalos na logÃstica da Copa da Ãfrica.
...E DA GOL
A propÃ³sito, assim como a TAM Ã© a transportadora oficial da seleÃ§Ã£o brasileira, a Gol farÃ¡ o mesmo com os paraguaios. Um dos Boeings 767 que faziam voos internacionais da Varig foi fretado para transportar a seleÃ§Ã£o do Paraguai.
Panorama - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2159.

BICO
O comitÃª organizador da Copa-10 e a Fifa estÃ£o de olho em estrelas do futebol que, por um motivo ou outro, nÃ£o estarÃ£o no Mundial. Por estar lesionados, por suas seleÃ§Ãµes nÃ£o terem se classificado ou por nÃ£o estarem na lista dos tÃ©cnicos de seus paÃses.
Por enquanto tÃªm oito nomes na mira, entre eles, o britÃ¢nico Beckham e os brasileiros Ronaldo e Ronaldinho. NÃ£o foi revelado, no entanto, quais seriam as suas funÃ§Ãµes na Ãfrica do Sul.
Painel FC - Eduardo Ohata - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/04/10.

BOLADA
O ministro do Esporte, Orlando Silva, lanÃ§arÃ¡ nos prÃ³ximos dias o relatÃ³rio sobre os impactos econÃ´micos da Copa no Brasil em 2014. Segundo o documento, ainda nÃ£o consolidado, o evento poderÃ¡ gerar 330 mil empregos permanentes, de agora atÃ© 2014. AlÃ©m disso, estima-se que atrairÃ¡ 600 mil turistas a mais para o PaÃs, com receita de R$ 4 bilhÃµes. O consumo das famÃlias brasileiras somarÃ¡ R$ 5 bilhÃµes em razÃ£o da Copa.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto Ã‰ - EdiÃ§Ã£o 2108.

GOOOOOOOOOOOOOL
Para quem gosta de futebol: um time de 11 desenhistas criou o "futeblog" A Academia (http://a-academia.zip.net/), em que postam ilustraÃ§Ãµes baseadas no time pelo qual sÃ£o apaixonados, o Palmeiras. Entre os craques, estÃ£o Caco Galhardo e Gabriel BÃ¡, que publicam na Ilustrada.
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/04/10.

FERIDOS PELA VERDADE
Aqueles fatos pÃºblicos capazes de deixar orgulhosas as sociedades mais desenvolvidas, no futebol brasileiro causam distÃºrbios insolÃºveis e anÃ¡lises distorcidas. Ã‰ o que acontece quando o goleiro Marcos coloca Ã s claras suas insatisfaÃ§Ãµes diante do caos em que vive a sua equipe. E a primeira reaÃ§Ã£o, dos dirigentes, mas principalmente dos elementos mais reacionÃ¡rios da mÃdia nacional, Ã© especular sobre possÃveis puniÃ§Ãµes.
Como se um cidadÃ£o nÃ£o pudesse expor livremente os seus pontos de vista em relaÃ§Ã£o a um determinado assunto. Ã‰ bem possÃvel que esses indivÃduos ainda se comportem como os representantes do regime de exceÃ§Ã£o que grassou pela pÃ¡tria amada durante 20 anos, com a defesa da censura em sua mais suja interpretaÃ§Ã£o.
Contudo, convÃ©m deixar de lado esses senhores, jÃ¡ que eles sempre foram, sÃ£o e serÃ£o assim â€“ sÃ£o os mesmos que ao se confrontar com a maior demonstraÃ§Ã£o pÃºblica de solidariedade nacional das Ãºltimas dÃ©cadas â€“ quando, em 1986, o lateral Leandro deixou de ir Ã Copa porque Renato GaÃºcho havia sido cortado por TelÃª Santana. Eles trataram o episÃ³dio com desdÃ©m e deixaram transparecer a sua vocaÃ§Ã£o para a intolerÃ¢ncia.
O importante Ã© esclarecer que falar dos nossos problemas e de nossas insatisfaÃ§Ãµes jamais foi passÃvel de puniÃ§Ã£o, pois nÃ£o Ã© crime. Ã‰ sim uma tremenda qualidade que devemos imitar quando possÃvel. A verdade sÃ³ fere os fracos e os desonestos.
Ousadia e ciÃªncia Gosto quando alguÃ©m ousa. Quando sabe aproveitar oportunidades e aplicar experimentos que um dia possam ser necessÃ¡rios. Digo isso porque boa parte da humanidade nem sequer entende como a ciÃªncia Ã© feita. E por isso Ã© fundamental os indivÃduos mais esclarecidos colocarem esses seres distraÃdos em contato com pelo menos um dos braÃ§os da curiosidade cientÃfica.
Pensar, usar o intelecto, Ã© uma iniciativa cada vez menos frequente para a maioria, muitas vezes capaz de se espantar com novidades de qualquer tipo. Ã‰ o caso do experimento colocado em prÃ¡tica pelo tÃ©cnico do Santos no fim do jogo de domingo passado, ao optar em permanecer em campo com apenas um zagueiro e, dessa forma, aproveitar o fato de sua equipe estar com um jogador a mais.
De forma nenhuma foi uma escolha arriscada. Foi antes extremamente bem-vinda em um esporte avesso a utilizar as benesses da tecnologia desenvolvida atÃ© aqui. Os conservadores, por sinal, costumam rotular toda forma de curiosidade humana de insanidade. NÃ£o saberÃamos da existÃªncia da bradicinina e de sua aÃ§Ã£o no corpo humano nem estarÃamos usando em larga escala o captopril, se dois dos mais conceituados cientistas â€“ Rocha e Silva e SÃ©rgio Ferreira, da USP, nÃ£o tivessem a curiosidade de conhecer mais profundamente o mecanismo de aÃ§Ã£o do veneno da jararaca. Assim como Dorival Junior foi capaz de perceber como se portaria seu time sem um dos zagueiros. Merece o nosso aplauso.
Luta polÃtica
Real Madrid e Barcelona disputam palmo a palmo o tÃtulo da Liga Espanhola na atual temporada. Nenhuma novidade, dada a diferenÃ§a de poder e de talento das duas equipes. Quanto mais acirrada a briga pela conquista, mais transparecem, porÃ©m, as diferenÃ§as histÃ³ricas entre os dois clubes.
Como sabemos, a Espanha foi comandada durante 40 anos pelas mÃ£os duras do generalÃssimo Francisco Franco, como era chamado, que jamais deixou de expor a sua extrema predileÃ§Ã£o pela equipe da capital. A explicaÃ§Ã£o Ã© simples: o Barcelona e os catalÃ£es sempre foram ferrenhos combatentes do regime de exceÃ§Ã£o encabeÃ§ado pelo general.
TambÃ©m Ã© notÃ³rio que o Real- sÃ³ chegou ao nÃvel de hoje ao facilitarem, por aÃ§Ã£o governamental, a contrataÃ§Ã£o de Di Stefano e Puskas, no inÃcio dos anos 50. A tevÃª controlada pelo Estado transmitia em profusÃ£o os jogos do Real Madrid, enquanto pouco espaÃ§o era dado ao Barcelona. AtÃ© mesmo os Ã¡rbitros tiveram suas decisÃµes contestadas pela equipe mediterrÃ¢nea, o que lhe teria impedido alguns tÃtulos da Liga e das Copas.
Uma histÃ³ria que mescla culturas e realidades sociais distintas, uma liÃ§Ã£o para quem vÃª o futebol nÃ£o sÃ³ pelos chutes, passes e gols em campo, mas principalmente por funcionar como um teatro da vida ao representar o cotidiano de cada um de nÃ³s, humanos.
SÃ³ nos resta esperar os Ãºltimos capÃtulos desse confronto. NÃ£o nos esqueÃ§amos, contudo, que a final da Copa dos CampeÃµes serÃ¡ no estÃ¡dio do Real. E de lÃ¡ o Barcelona poderÃ¡ sair bicampeÃ£o.
PÃªnalti - SÃ³crates - Fonte: Carta Capital - EdiÃ§Ã£o 590.

MENINO PASSARINHO
Assim como o gol define o resultado, muitas vezes sem explicÃ¡-lo, e o passe representa o futebol solidÃ¡rio e coletivo, o drible simboliza o talento individual e o estilo lÃºdico de se jogar.
O placar nem sempre representa a verdadeira histÃ³ria de uma partida. Pelas chances perdidas, o Barcelona poderia ter dado uma grande goleada no Arsenal, em Londres.
O Barcelona jogou tÃ£o bem, atÃ© a metade do segundo tempo, que o resultado foi um detalhe pouco importante para quem queria ver um bom futebol, sem torcer.
O drible tem sido, progressivamente, substituÃdo pelo passe, tecnicamente correto, seguro e, cada vez mais, curto.
Os treinadores de todo o mundo adoram ensaiar jogadas aÃ©reas e fazer treinos de dois toques.
O jogador domina e passa.
O drible Ã© a demonstraÃ§Ã£o de habilidade diante de um marcador. Ã‰ a uniÃ£o da tÃ©cnica com a habilidade, do futebol prazeroso com o objetivo. O drible Ã© a melhor maneira de se passar por uma retranca. Quando o marcador Ã© driblado, abrem-se grandes espaÃ§os na defesa, ainda mais se a marcaÃ§Ã£o for individual.
O drible mais frequente Ã© quando o jogador toca a bola, para pegÃ¡-la mais Ã frente. Nem considero um drible. Ã‰ uma aÃ§Ã£o tÃ©cnica, de velocidade e forÃ§a fÃsica.
KakÃ¡ Ã© o mais eficiente nessa jogada, principalmente quando cai pelos lados, onde hÃ¡ mais espaÃ§os.
O drible da vaca, ou gaÃºcha, quando o jogador toca e pega a bola atrÃ¡s do adversÃ¡rio, Ã© uma variaÃ§Ã£o do drible anterior.
Os mais belos e verdadeiros dribles sÃ£o lances de astÃºcia. AlguÃ©m jÃ¡ disse que o grande driblador dÃ¡ aos pÃ©s a astÃºcia das mÃ£os. O drible Ã© a ginga de corpo, sincronizada com os movimentos dos pÃ©s.
O driblador finge que vai perder, dar a bola para o marcador, e a recolhe, no instante exato. A finta seria o drible de corpo sem tocar a bola.
"Vai para um lado que eu vou para o outro". Assim Robinho batizou aquele seu drible no jogo contra o Equador, no MaracanÃ£.
Alguns comentaristas disseram que o drible de Robinho foi espetacular porque resultou em gol, de Elano. NÃ£o precisava. Fazemos muitas coisas na vida somente pelo prazer, sem nenhum objetivo.
No drible elÃ¡stico, popularizado por Rivellino, a bola, colada nos pÃ©s, vai de um lado para o outro, como se fosse um imÃ£. Se a ciÃªncia fizesse um estudo microscÃ³pico, veria que o driblador brinca de colar e descolar a bola dos pÃ©s.
Garrincha se tornou o sÃmbolo do drible, como GÃ©rson Ã© do passe. Garrincha tinha dois tipos de drible.
Em um, adulto, Garrincha, em uma fraÃ§Ã£o de segundos, driblava, olhava e colocava a bola para o atacante, livre, marcar o gol. Era a uniÃ£o da brincadeira com a seriedade.
Em outro, o drible infantil, ele bailava, de um lado para outro, Ã s vezes sem tocar na bola.
Desconfio que a maioria gostava mais do drible infantil, pelo descompromisso com a objetividade e com a realidade. Garrincha e os torcedores se divertiam juntos.
Quando um menino constrÃ³i um castelo, ele nÃ£o sonha em ser um rei. Ele Ã© um rei.
Quando Garrincha brincava, ele nÃ£o sonhava em ser um menino, um passarinho, ele era um menino, um passarinho, um garrincha.
TostÃ£o - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/04/10.