FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 07/12/2013

FALANDO EM CONEXÃƒO

â€œANALFABETOS DIGITAISâ€

English:
http://www1.folha.uol.com.br/off-line
Loon â€“
http://www.google.com/loon/
https://www.facebook.com/googleprojectloon
Internet.org â€“
http://internet.org/
https://www.facebook.com/Internetdotorg
International Telecommunication Union â€“
http://www.itu.int/en/pages/default.aspx
https://www.facebook.com/ITU
Metade dos brasileiros segue off-line.
O PNBL (Programa Nacional de Banda Larga), do governo federal, determina que todas as cidades do Brasil tenham conexÃ£o com velocidade de 1 Mbps oferecida a R$ 35 atÃ© o fim de 2014.
"A gente sabe que, no mundo de hoje, isso nÃ£o basta: as aplicaÃ§Ãµes com maior potencial socioeconÃ´mico, como assistir a uma aula, estÃ£o relacionadas a uma velocidade superior", diz o gerente de banda larga do MinistÃ©rio das ComunicaÃ§Ãµes, Pedro Lucas da Cruz AraÃºjo.
A UIT (UniÃ£o Internacional de TelecomunicaÃ§Ãµes) chama de banda larga as conexÃµes com 1,5 Mbps ou mais.
Mas a velocidade nÃ£o Ã© o maior dos problemas.
Vivem sem Google, sem Facebook e sem WikipÃ©dia 86 milhÃµes de brasileiros com 10 anos ou mais, ou 49,1% de um total de 169 milhÃµes de pessoas nessa faixa etÃ¡ria, segundo dados do IBGE do fim do ano passado.
SÃ£o pessoas pobres, "analfabetos digitais" ou que vivem em lugares isolados. "A exclusÃ£o digital segue a mesma lÃ³gica da exclusÃ£o social", diz a secretÃ¡ria de inclusÃ£o digital do MinistÃ©rio das ComunicaÃ§Ãµes, Lygia Pupatto. "Temos deficit maior nas classes C, D e E, e as regiÃµes com maior demanda sÃ£o Norte e Nordeste."
Ã‰ entre esses grupos que o crescimento vem sendo mais acelerado, segundo Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE. "TambÃ©m avanÃ§aram [em acesso Ã internet] as pessoas com mais de 60 anos."
Em 2011, a parcela dos que jÃ¡ estavam on-line era de 46,7%, o que significa que o paÃs pode ter mais da metade conectada. Segundo a UIT, a fatia Ã© de 95% na Noruega, de 81% nos EUA, de 56% na Argentina e de 42% na China.
Das 5.564 cidades que existiam quando foi criado o PNBL (hoje hÃ¡ outras seis), em 2011, 3.214 sÃ£o atendidas.
NÃƒO QUERO
Mas nem todos estÃ£o desconectados sÃ³ por nÃ£o ter condiÃ§Ã£o financeira necessÃ¡ria. "NÃ£o suporto internet, celular, essas coisas", diz o motorista Jorge Feitosa, 59. "Ali, vocÃª pode ser roubado, falta sigilo. NÃ£o tenho medo, mas para mim nÃ£o encaixa. Meu negÃ³cio Ã© cartÃ£o no orelhÃ£o", conta. Ele diz que, apesar de ser contra, comprou um computador para seu filho.
A dona de casa Cristiane Gradinar, 38, diz que jÃ¡ chegou a procurar emprego on-line, mas que nÃ£o tem interesse em se conectar de novo. "TambÃ©m nÃ£o uso porque sou evangÃ©lica", diz. A igreja que frequenta nÃ£o proÃbe internet, "mas tem muita coisa [on-line] que nÃ£o Ã© permitida", diz.
NÃƒO POSSO
Com suas horas divididas entre a escola e a venda de bebidas na praÃ§a da SÃ©, o menino Marcelo Silva, 15, diz que nunca teve a oportunidade de usar a internet. "AtÃ© quero, mas ninguÃ©m na minha casa compra, entÃ£o nÃ£o tenho como usar", conta.
Ele diz que tentarÃ¡ usar a rede no SESC Carmo, que fica na rua onde mora, na capital paulista.
JÃ¡ a dona de casa Maria LÃºcia MendonÃ§a, 65, diz que jÃ¡ tentou usar o PC --tarefa que, quando precisa, pede Ã filha--, mas nÃ£o conseguiu. "SÃ³ para escrever meu nome, levava uma eternidade. NÃ£o tenho paciÃªncia", diz, contando que tem medo de perder dinheiro usando a internet, por causa da falta de seguranÃ§a.
O corretor imobiliÃ¡rio Eduardo Fernandes, 56, precisa enviar e-mails a clientes, mas onde vive, uma chÃ¡cara no limite entre SÃ£o Paulo e Itapecerica da Serra, nÃ£o chega a conexÃ£o a cabo --ele recorre a lan houses. "TambÃ©m uso no Poupatempo, mas Ã© muito devagar", reclama.
ALÃ‰M DA INCLUSÃƒO
Para o MinistÃ©rio das ComunicaÃ§Ãµes, o maior problema ainda Ã© a infraestrutura, jÃ¡ que hÃ¡ muitos lugares desinteressantes do ponto de vista econÃ´mico para as operadoras --e Ã© delas a decisÃ£o de prover ou nÃ£o o acesso.
Mas a gigantesca tarefa de universalizar o acesso Ã© sÃ³ um primeiro passo. "Acho que uma coisa Ã© a pessoa saber usar a internet", diz Pupatto. "A outra, que Ã© o nosso desafio, Ã© ela se apropriar dela, abrindo possibilidades que realmente mudam a vida, como educaÃ§Ã£o Ã distÃ¢ncia e projetos culturais."
Para Alexandre Fernandes Barbosa, um dos coordenadores do CGI (ComitÃª Gestor da Internet), "nÃ£o basta um cidadÃ£o da periferia usar a lan house e acessar o Facebook se nÃ£o souber fazer outra coisa. O desenvolvimento de habilidades Ã© fundamental."
PROJETOS ALMEJAM CONECTAR BILHÃ•ES DE PESSOAS; BRASIL TESTA INTERNET POR BALÃƒO
HÃ¡ 4,3 bilhÃµes de pessoas vivendo off-line, segundo a estimativa da UIT (UniÃ£o Internacional de TelecomunicaÃ§Ãµes), Ã³rgÃ£o que faz parte da ONU. Isso representa 61,2% da populaÃ§Ã£o mundial.
Para levar a internet a esse contingente (e faturar com isso), o Facebook e o Google anunciaram que estÃ£o trabalhando em ambiciosos projetos de inclusÃ£o digital.
Com o Loon, o Google diz que levarÃ¡ internet para Ã¡reas remotas ou devastadas usando balÃµes equipados com antenas de radiofrequÃªncia, com velocidade comparÃ¡vel Ã do 3G, segundo a empresa.
No primeiro semestre do ano que vem, a iniciativa serÃ¡ testada na AmazÃ´nia. "Este projeto certamente contribuirÃ¡ de forma significativa para ampliar o acesso Ã internet na Ã¡rea, extensa e onde Ã© difÃcil chegar com tecnologias tradicionais", disse em nota o ministro das ComunicaÃ§Ãµes, Paulo Bernardo, apÃ³s uma reuniÃ£o com representante do Google, no mÃªs passado.
Apesar de nÃ£o divulgar o investimento na parceria com a empresa americana, o ministÃ©rio diz que ela tem "custos razoÃ¡veis".
O Loon --nome de uma espÃ©cie de ave marinha-- estÃ¡ em fase de testes desde junho, na Nova ZelÃ¢ndia, onde cerca de 30 balÃµes foram lanÃ§ados; 50 moradores eram responsÃ¡veis por controlÃ¡-los.
"Soa como um pouco de ficÃ§Ã£o cientÃfica, mas tenho certeza de que o projeto vai se tornar realidade", disse Ã agÃªncia Efe Sameera Ponda, engenheira do Google. "Levar internet a todos com balÃµes Ã© mais fÃ¡cil e barato do que fazÃª-lo atravÃ©s de satÃ©lites.
Um anÃ¡logo da aÃ§Ã£o do Google, mas que usa balÃµes afixados ao solo, foi apresentado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do governo federal, no Ãºltimo dia 14, quando foi testado em Cachoeira Paulista (SP).
O balÃ£o brasileiro leva rÃ¡dios para transmitir em um raio de atÃ© 50 km dados em velocidade de banda larga, segundo o Ã³rgÃ£o. A iniciativa, chamada de projeto Conectar, tem apoio de "empresas especializadas", da TelebrÃ¡s e do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em TelecomunicaÃ§Ãµes).
Na semana passada, o Google anunciou outra aÃ§Ã£o: o Projeto Link, cujo objetivo Ã© instalar fibra Ã³tica em Kampala, capital de Uganda, paÃs africano que tem apenas 14,7% da populaÃ§Ã£o conectada Ã internet, segundo a UIT.
INTERNET.ORG
Liderado pelo Facebook e anunciado em agosto, o Internet.org tem como meta conectar todo o planeta, em especial pelo barateamento da conectividade mÃ³vel e de smartphones --entre os parceiros estÃ£o Ericsson, Nokia, Samsung e Qualcomm.
Os membros da iniciativa desenvolveram tecnologia de difusÃ£o de dados capaz de incrementar em dez vezes a capacidade das redes atuais, disse Mark Zuckerberg. "Isso abaixaria o custo das conexÃµes dramaticamente", disse.
Tornar o uso dessas redes mais eficiente --reduzindo a quantidade de dados que sÃ£o transmitidos-- e empregar faixas de radiofrequÃªncia hoje ociosas tambÃ©m ajudaria nesse sentido, diz o grupo.
O foco em dispositivos mÃ³veis acelera a inclusÃ£o digital, mas pode ser insuficiente para usos como educaÃ§Ã£o Ã distÃ¢ncia, diz um dos coordenadores do CGI (ComitÃª Gestor da Internet), Alexandre Fernandes Barbosa.
"Como vocÃª desenvolve uma aplicaÃ§Ã£o empresarial ou educacional, por exemplo, para um smartphone? NÃ£o Ã© a mesma coisa [que um PC]."
A Cisco diz que, neste ano, o nÃºmero de dispositivos mÃ³veis conectados passarÃ¡ o de habitantes no mundo. Segundo a consultoria IDC, modelos baratos tÃªm obtido sucesso nos mercados de massa, como Ãfrica e Ãsia, e Ã© este tipo de venda que vai levar o segmento para a frente.
Yuri Gonzaga â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 25/11/13.
Mais detalhes:
http://www1.folha.uol.com.br/loon
Loon â€“
http://www.google.com/loon/
https://www.facebook.com/googleprojectloon
Internet.org â€“
http://internet.org/
https://www.facebook.com/Internetdotorg
International Telecommunication Union â€“
http://www.itu.int/en/pages/default.aspx
https://www.facebook.com/ITU
Programa Nacional de Banda Larga â€“
http://www4.planalto.gov.br/brasilconectado/pnbl
UIT (UniÃ£o Internacional de TelecomunicaÃ§Ãµes) â€“
http://www.onu.org.br/onu-no-brasil/uit/

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

ESTRELA DE DAVI
O sÃmbolo nÃ£o era relacionado aos judeus atÃ© o sÃ©culo 17, quando foi adotado pela comunidade de Praga, na atual RepÃºblica Checa. Mencionado por mÃsticos cabalistas da Espanha medieval, mas tambÃ©m por alquimistas cristÃ£os, era um amuleto de boa sorte comum entre judeus, cristÃ£os e islÃ¢micos. Aparece atÃ© mesmo como elemento decorativo em algumas mesquitas e igrejas, como a BasÃlica de Santa Cruz, em FlorenÃ§a. Os judeus de Praga usaram a estrela para identificar suas sinagogas, copiando o costume cristÃ£o de identificar as igrejas com cruzes, a ideia se espalhou. Em 1897, tornou-se o sÃmbolo do movimento sionista, e daÃ foi parar na bandeira de Israel, adotada em 1948.
A estrela nÃ£o tem qualquer base em textos bÃblicos ou literatura religiosa judaica. Os textos cabalÃsticos falavam na dualidade entre bem e mal, espiritual e fÃsico, representada pelos triÃ¢ngulos. O teÃ³logo Franz Rosenzweig (1886-1929) afirmou que o triÃ¢ngulo que aponta para cima representa Deus, enquanto o outro significa o mundo.
Os islÃ¢micos chamam o sÃmbolo de â€œSelo de SalomÃ£oâ€ â€“ ou Estrela de Davi mesmo. A dinastia turca de Isfendiyar, que precedeu o ImpÃ©rio Otomano e durou de 1290 a 1461, usava o sÃmbolo em sua bandeira.
Fonte: Aventuras na HistÃ³ria â€“ EdiÃ§Ã£o 124 â€“ Novembro 2013.

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