FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 25/09/2013

FALANDO EM NOVOS TERMOS...

FÃBRICA DE PALAVRAS
English:
http://blog.oxforddictionaries.com/august-2013-update/
Theguardian.com/oxford-dictionary
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http://www.heavy.com/social/2013/08/bitcoin-meaning-mean-definition-define/
http://www.heavy.com/social/2013/08/emoji-meaning-mean-definition-define/
http://www.heavy.com/social/2013/08/grats-meaning-mean-definition-define/
http://www.heavy.com/social/2013/08/srsly-meaning-mean-definition-define/
http://www.heavy.com/news/2013/08/internet-things-meaning-mean-definition-define
Oxford Words â€“
http://www.oxfordwordlist.com/pages/
Facebook.com/OxfordOnlineEnglish
Heavy â€“
http://www.heavy.com/
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Termos relacionados a tecnologia e internet sÃ£o os principais responsÃ¡veis por engordar dicionÃ¡rios
Cerca de metade dos verbetes mais recentes da versÃ£o on-line do dicionÃ¡rio inglÃªs "Oxford" sÃ£o relacionados a tecnologia e Ã cultura de internet.
Entre as 42 novas adiÃ§Ãµes, anunciadas no mÃªs passado no blog oficial OxfordWords, estÃ£o "bitcoin" (moeda virtual) e "emoji" (desenhos usados geralmente em mensageiros instantÃ¢neos).
TambÃ©m entraram abreviaÃ§Ãµes como "grats" ("congratulations"; parabÃ©ns) e "apols" ("apologies"; desculpas), que, apesar de remontarem ao sÃ©culo passado --"grats" surgiu nos anos 1920--, sÃ£o ideais para a comunicaÃ§Ã£o rÃ¡pida do WhatsApp e do Twitter.
Incomodados principalmente com a inclusÃ£o de termos como "srsly" (reduÃ§Ã£o de "seriously"; seriamente), alguns comentaristas lamentaram a decisÃ£o do "Oxford".
Um deles conclamou os leitores a "chorar pela morte da lÃngua inglesa". Outra disse ter perdido "toda a esperanÃ§a na humanidade".
Embora a maioria das novas palavras do dicionÃ¡rio inglÃªs seja desconhecida no Brasil, sÃ£o familiares por aqui os debates sobre a absorÃ§Ã£o de abreviaÃ§Ãµes tÃpicas da internet e de termos estrangeiros pela lÃngua portuguesa.
Os dicionÃ¡rios tradicionais brasileiros jÃ¡ registram termos como "smartphone" e "tablet", sem adaptaÃ§Ãµes para o portuguÃªs, diferentemente do que ocorre com tecnologias mais antigas, como televisÃ£o (que vem de "tÃ©lÃ©vision", em francÃªs, e "television", em inglÃªs) e computador ("computer", em inglÃªs).
Para a professora de lÃngua portuguesa Elaine Therezinha Assirati, que em 1998 publicou o artigo "Neologismos por emprÃ©stimo na informÃ¡tica", Ã© preferÃvel registrar esses termos em sua forma original quando nÃ£o hÃ¡ traduÃ§Ã£o possÃvel ou aceitÃ¡vel.
"Ã‰ melhor deixÃ¡-los em inglÃªs, pois assim veiculam uma ideia mais correta, mais clara, daquilo que se quer dizer."
Segundo Vito Cesar de Oliveira Manzolillo, professor de lÃngua portuguesa especializado em estrangeirismo e neologismo, a tendÃªncia Ã© que palavras estrangeiras acolhidas por um idioma sejam adaptadas com o tempo.
"Com relaÃ§Ã£o a tablet, jÃ¡ encontrei registro da forma tablete num texto publicado num grande jornal carioca. Ã‰ uma possibilidade, sem dÃºvida, mas ainda Ã© cedo para dizer se serÃ¡ efetivamente aceita pelos falantes."
Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 23/09/13.
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E mais:
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Oxford Words â€“
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DICIONÃRIOS TRADICIONAIS E COLABORATIVOS SE COMPLETAM
'Houaiss' e DicionÃ¡rio inFormal nÃ£o se veem como concorrentes diretos. Coautor de obra de referÃªncia brasileira atribui agilidade do 'Oxford' a tradiÃ§Ã£o do estudo da lÃngua inglesa.
Palavras novas como "phablet" (hÃbrido de "phone" e "tablet") e "selfie" (autorretrato), adicionadas recentemente Ã versÃ£o on-line do "Oxford", nÃ£o deverÃ£o constar tÃ£o cedo dos equivalentes digitais dos dicionÃ¡rios tradicionais brasileiros, em geral menos dinÃ¢micos.
Para Mauro Villar, diretor do Instituto AntÃ´nio Houaiss e coautor do dicionÃ¡rio "Houaiss", a agilidade do "Oxford" se deve ao fato de a lexicografia (tÃ©cnica de feitura de dicionÃ¡rios) da lÃngua inglesa ser mais avanÃ§ada do que a da portuguesa.
"Depois de terem estudado a lÃngua desde as suas origens, eles podem se dar ao luxo de fazer esse tipo de pesquisa, sobre termos muito recentes", diz ele, que, sem tom pejorativo, vÃª o anÃºncio recente do dicionÃ¡rio inglÃªs como uma jogada de marketing para atrair o pÃºblico jovem.
Assim como no "Oxford", porÃ©m, a grande maioria dos verbetes mais novos do "Houaiss" Ã© ligada Ã tecnologia e Ã ciÃªncia, segundo Villar.
Mais velozes --e menos rigorosos-- sÃ£o os dicionÃ¡rios on-line alimentados pelos prÃ³prios usuÃ¡rios, como o Urban Dictionary (urbandictionary.com; especializado em gÃrias) e o WikcionÃ¡rio (pt.wiktionary.org; mais formal).
Marcelo Muniz, cofundador do DicionÃ¡rio inFormal (dicionarioinformal.com.br), voltado a gÃrias e expressÃµes regionais, considera seu site "um complemento e uma alternativa ao tradicionalismo" e diz que ele que evolui para se tornar um dicionÃ¡rio completo.
"Ele possui cada vez mais definiÃ§Ãµes formais, porÃ©m trazidas de uma maneira mais acessÃvel, mais prÃ³xima do entendimento dos usuÃ¡rios."
O diretor do Instituto AntÃ´nio Houaiss nÃ£o considera que sites como o DicionÃ¡rio inFormal sejam concorrentes das obras de referÃªncia tradicionais --pelo contrÃ¡rio.
"A soma de nÃ³s todos Ã© que faz com que a lÃngua fique mais bem conhecida. Mesmo que se faÃ§a um dicionÃ¡rio sem nenhuma preocupaÃ§Ã£o de dizer o que estÃ¡ errado ou qual Ã© a origem das palavras, isso ajuda porque Ã© uma forma de estudar o idioma."
Rafael Capanema / Yuri Gonzaga - Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 23/09/13.
Instituto AntÃ´nio Houaiss â€“
http://www.iah.com.br/sp/
https://www.facebook.com/pages/Instituto-Ant%C3%B4nio-Houaiss/152138444870094
Urban Dictionary â€“
http://www.urbandictionary.com/
https://www.facebook.com/urbandictionary
WikcionÃ¡rio â€“
http://pt.wiktionary.org/wiki/Wikcion%C3%A1rio:P%C3%A1gina_principal
https://www.facebook.com/wiktionarypt
DicionÃ¡rio inFormal â€“
http://www.dicionarioinformal.com.br/
https://www.facebook.com/dicionarioinformal

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

ANÃLISE: QUESTÃƒO â€˜O OVO OU A GALINHAâ€™ NÃƒO SE APLICA A â€˜A LÃNGUA E O DICIONÃRIOâ€™
A lÃngua e o dicionÃ¡rio nem de longe podem protagonizar a velha questÃ£o que envolve o ovo e a galinha: quem veio primeiro? NÃ£o Ã© o dicionÃ¡rio que determina o que pode/deve ou nÃ£o pode/deve ser usado. Um bom dicionÃ¡rio Ã© apenas um cartÃ³rio da lÃngua.
Mas a velocidade do registro das palavras nem sempre Ã© a que se espera, sobretudo nas versÃµes impressas.
Fiz um teste com a Ãºltima versÃ£o on-line do "Houaiss". Procurei diversas palavras "novas". Achei uma boa parte delas, quase todas mantidas em sua grafia original (inglesa). Se alguÃ©m procurar ali algum dos 42 termos ligados Ã linguagem da internet recentemente adicionados ao dicionÃ¡rio "Oxford", provavelmente nÃ£o acharÃ¡ nenhum. Se cÃ¡ chegarem e se propagarem entre nÃ³s, serÃ¡ preciso registrÃ¡-los.
Pois chegamos a um ponto interessante: como proceder diante de um termo "invasor"? Rejeita-se? Aportuguesa-se? Ou procura-se a palavra portuguesa "legÃtima" que traduza a novidade?
RararÃ¡! Isso tudo Ã© como querer determinar para onde deve ir o vento. Toda tentativa de disciplinar a entrada de termos estrangeiros redunda em rotundo fracasso.
Um caso interessante e um tanto esquizofrÃªnico Ã© "HD", sigla de... De "alta definiÃ§Ã£o", mesmo. No Brasil, ninguÃ©m diz transmissÃ£o em "AD", assim como ninguÃ©m diz transmissÃ£o em "high definition". Pegou a sigla, mas nÃ£o a expressÃ£o inglesa "por extenso".
Bem, a Ãºnica coisa a combater Ã© a babaquice, o deslumbramento. Querer impor na marra um termo estrangeiro que nÃ£o vinga e que tem equivalente em portuguÃªs, conhecido e usado, Ã© ridÃculo.
Mas o que vale nos meios "internÃ©ticos" nem sempre vale em outros territÃ³rios. Ainda nÃ£o se faz ciÃªncia com a linguagem de guetos ou tribos, fechada, cheia de abreviaÃ§Ãµes e junÃ§Ãµes de termos. Devagar com o andor. Ã‰ isso.
Pasquale Cipro Neto â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 23/09/13.
Houaiss â€“
http://houaiss.uol.com.br/
https://www.facebook.com/dicionario.houaiss

OPINIÃƒO: NA LITERATURA, NOVOS TERMOS PODEM ENRIQUECER NARRATIVA
Se o narrador ou o universo de uma histÃ³ria pedem, nÃ£o vejo problema em usar termos em inglÃªs ou "gerados" pela internet. Pelo contrÃ¡rio, Ã© o tipo de coisa que pode dar cor, dizer muito sobre a trajetÃ³ria ou visÃ£o de mundo de um personagem ou narrador especÃficos.
O mais importante, acho, Ã© ter em mente: escolher uma palavra Ã© nÃ£o escolher outra. Ao usar uma palavra estamos colocando-a em circulaÃ§Ã£o. De certo modo, mantendo-a viva. E o contrÃ¡rio Ã© verdade.
Cada vez que escrevemos "ELEGANTE" um reator explode em Fukushima e 12 geraÃ§Ãµes da palavra "GARBOSO" morrem no PacÃfico.
Nos Ãºltimos anos, editei no Brasil trÃªs livros do escritor portuguÃªs Valter Hugo MÃ£e. Vez ou outra me perguntam a razÃ£o de nÃ£o adaptar o texto (vocabulÃ¡rio, sintaxe etc.) para o portuguÃªs brasileiro. Antes de mais nada, trata-se de uma sÃ³ lÃngua, o portuguÃªs. Fazer ajustes ("abrasileirar" ou "aportuguesar") seria apagar particularidades, reduzir possibilidades da lÃngua e da cultura.
Ler um livro Ã© tambÃ©m entrar em contato com essas possibilidades. E se a internet gera palavras, isso faz parte do nosso tempo e pode ser usado para criar algum tipo de efeito (palavras sÃ£o tudo).
Emilio Fraia Ã© escritor e editor. Autor de "O VerÃ£o do Chibo", com Vanessa Barbara â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 23/09/13.
O VerÃ£o do Chibo â€“
Submarino.com.br/verao-de-chibo

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