FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 28/06/2012

FALANDO EM FOFOCA

FOFOCAR, Ã€S VEZES, NÃƒO FAZ MAL...
English:
http://www.nytimes.com/2012/06/16/your-money/studies-find-gossip-isnt-just-loose-talk.html
Estudo comprova que falar sobre a vida alheia pode proteger os outros de possÃveis exploraÃ§Ãµes. Fofocar, Ã s vezes, nÃ£o faz mal. Para pesquisadores, pessoas fofoqueiras sÃ£o menos egoÃstas e mais generosas.
Muitas vezes, para nossa infelicidade, somos pegos no pulo, fofocando. E a maioria das pessoas tem vergonha desse comportamento. Mas, agora, novos estudos mostram que nem toda conversa fiada Ã© ruim.
A pesquisa publicada sob o tÃtulo "As Virtudes da Fofoca", na revista "Journal of Personality and Social Psychology", indica que a fofoca pode fazer o papel de proteger outros de serem explorados pelos colegas, a partir da transmissÃ£o de informaÃ§Ãµes sobre comportamentos ruins por parte de uns para alertar os outros.
"Se falar para os colegas que fulano Ã© um â€˜egoÃsta exploradorâ€™, por exemplo, as pessoas vÃ£o aprender a evitar o comportamento egoÃsta e explorador do fulano, se protegendo assim de um perigo maior", explica Matthew Feinberg, estudante de pÃ³s-doutorado da Universidade de Stanford e coautor do estudo.
Ã€s vezes, "precisamos trocar informaÃ§Ã£o com terceiros sobre pessoas que nÃ£o estÃ£o por perto, para aprender com a experiÃªncia dos colegas", afirma Robb Willer, professor adjunto de sociologia da Universidade da CalifÃ³rnia, nos EUA, e coautor do estudo.
Claro, estamos deduzindo que as pessoas sempre dizem a verdade e que nÃ£o espalham mentiras ou histÃ³rias particulares que sabem que podem acabar machucando os outros.
Contudo, Willer afirma que apesar de a fofoca negativa existir, nÃ£o deixa de ser Ãºtil observar a forma como outros tipos de fofoca desempenham papÃ©is valiosos na sociedade. "A interpretaÃ§Ã£o mais comum da fofoca na sociedade Ã© de que ela Ã© sempre ruim. Muitas das fofocas do mundo sÃ£o ruins, mas ela tambÃ©m pode servir a uma funÃ§Ã£o importante na sociedade", diz.
Na pesquisa, cerca de 300 participantes, recrutados a partir da internet, participaram de um jogo de "confianÃ§a" online. Eles sabiam que podiam ser observados e que seriam assunto de fofoca, se nÃ£o jogassem de forma justa. A simples ameaÃ§a de fofoca estimulou os participantes a serem mais generosos.
Outros estudos
O papel da fofoca como forma de assegurar que indivÃduos nÃ£o explorem uns aos outros tambÃ©m foi demonstrado por dois pesquisadores holandeses.
Bianca Beersma, professora adjunta de trabalho e psicologia organizacional, e Gerben van Kleef, professor de psicologia social da Universidade de AmsterdÃ£, disseram a um grupo de pessoas que se distribuÃssem cem bilhetes de loteria, elas concorreriam a um prÃªmio em dinheiro. Os participantes poderiam escolher entre dar os tickets de forma generosa, ou manter alguns bilhetes para si mesmos.
Metade dos jogadores foi instruÃda a completar a tarefa sob as condiÃ§Ãµes de que a escolha seria mantida em sigilo. No outro grupo, os participantes sabiam que a sua escolha se tornaria pÃºblica. AlÃ©m disso, alguns jogadores foram informados de que membros do outro grupo, provavelmente, iriam fofocar.
E como um comportamento humano jÃ¡ esperado, todos os participantes foram egoÃstas e mantiveram mais bilhetes para si mesmos do que o nÃºmero de bilhetes distribuÃdos. Contudo, quando estavam cientes de que suas aÃ§Ãµes eram pÃºblicas, e a chance de fofoca era alta, se transformaram em pessoas menos egoÃstas, segundo concluiram Beersma e Van Kleef.
Em situaÃ§Ãµes injustas, dedurar Ã© atÃ© saudÃ¡vel
Os cientistas afirmam que as pessoas sentem uma necessidade tremenda de fofocas â€œ isto Ã©, contar aos outros sobre o mau comportamento de um outro ser humano "pelas costas"
â€œ quando percebem que essa pessoa estÃ¡ agindo de forma injusta.
Em uma pesquisa na Universidade de Stanford, a generosidade dos participantes com relaÃ§Ã£o aos outros foi medida a partir de quantos dÃ³lares ou pontos eles compartilhavam. No experimento, 51 voluntÃ¡rios foram ligados a monitores cardÃacos, enquanto observavam os pontos de duas outras pessoas do jogo. ApÃ³s um tempo, tornava-se claro que um dos participantes estava violando as regras e ficando com mais pontos.
O batimento cardÃaco dos expectadores aumentava quando eles observavam o "roubo no jogo", e, a maioria, acabou fofocando para avisar o participante de que seu oponente nÃ£o estava jogando de forma correta. Ao falar, os batimentos voltavam ao normal.
Alina Tugend â€“ Traduzido por Luiza Andrade - Fonte: O Tempo â€“ 23/06/12.
Reportagem original em inglÃªs do â€œThe New York Timesâ€:
http://www.nytimes.com/2012/06/16/your-money/studies-find-gossip-isnt-just-loose-talk.html?pagewanted=1&_r=1
http://www.nytimes.com/2012/06/16/your-money/studies-find-gossip-isnt-just-loose-talk.html

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

AS APARIÃ‡Ã•ES DE 'INEXORÃVEL DA SILVA'
Atribuem ao filÃ³sofo hÃºngaro Giorgy Lukacs a seguinte afirmaÃ§Ã£o: "O erro de StÃ¡lin nÃ£o foi ter assinado um acordo com Hitler, foi ter acreditado nele". Em 1939, StÃ¡lin aliou-se ao Reich e comeu um pedaÃ§o da PolÃ´nia. Dois anos depois, Hitler invadiu a RÃºssia, e o Guia Genial dos Povos, incrÃ©dulo, entrou em estado de catatonia.
Pensando bem, StÃ¡lin nÃ£o acreditou no pacto (tanto que acelerou a produÃ§Ã£o de armas), acreditou em si. Desprezou pelo menos 80 avisos de que Hitler atacaria, inclusive dois deles com a data.
Lula cavalga uma desastrosa autoconfianÃ§a. Longe dos mecanismos do poder, com os movimentos e a oratÃ³ria limitados, investiu-se de um desembaraÃ§o autocrÃ¡tico que, em seis meses, produziu trÃªs desastres:
1) Sem discutir os prÃ³s e contras da ideia, participou de uma cenografia para abrilhantar a adesÃ£o de Paulo Maluf Ã candidatura de Fernando Haddad Ã Prefeitura de SÃ£o Paulo. Humilhou Luiza Erundina e detonou a chapa petista, levando os companheiros a catar vice atÃ© no falecido movimento "Cansei", teoricamente destinado a combater a corrupÃ§Ã£o. (A ex-prefeita aceitava o apoio de Maluf, desde que nÃ£o houvesse espetÃ¡culos como o do jardim do palacete da rua Costa Rica. O mesmo se pode dizer do tucanato, que buscava intermediaÃ§Ãµes para negociar com Maluf.)
2) Sem ouvir os interessados, meteu-se num pÃ©riplo, catituando junto a ministros do Supremo a postergaÃ§Ã£o do julgamento do mensalÃ£o. Foi detonado pela exposiÃ§Ã£o da manobra.
3) ImpÃ´s ao PT uma alianÃ§a com o prefeito Gilberto Kassab, atropelando a senadora Marta Suplicy, que nÃ£o queria "acordar de mÃ£os dadas" com seu adversÃ¡rio. Dias depois, Lula acordou sozinho e viu Kassab abraÃ§ado ao PSDB.
Deixando-se de lado o conteÃºdo das decisÃµes (o que nÃ£o Ã© pouca coisa), cometeu trÃªs erros. Chutou trÃªs vezes e trÃªs vezes marcou contra o prÃ³prio gol.
A doutora Dilma acha que a crise financeira mundial Ã© influenciada pelo fator "InexorÃ¡vel da Silveira". Seu governo terÃ¡ que lidar com outro fator, o do "InexorÃ¡vel da Silva". Por enquanto, ele restringiu-se Ã casa de louÃ§as petista, mas o perigo Ã© que vÃ¡ alÃ©m, encrencando o governo.
Os "inexorÃ¡veis" acham que podem tudo.
Elio Gaspari â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 24/06/12.

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