FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 26/08/2010

FALANDO DE HISTÃ“RIA

DOCUMENTOS HISTÃ“RICOS
English:
http://arquivo.pt/?query=&dateStart=&dateEnd=&l=en
A Rede Portuguesa de Arquivos reÃºne uma sÃ©rie de documentos distritais e nacionais que contam a histÃ³ria do paÃs. Entre os milhares de arquivos, hÃ¡ papÃ©is como o "Cadernos de PrisÃ£o", um manuscrito que lista os mandatos de prisÃ£o, com e sem sequestro de bens, que estava localizado no Tribunal do Santos OfÃcio, entre os anos 1749 e 1762.
Fonte: Aventuras na HistÃ³ria - EdiÃ§Ã£o 85.
O site:
http://arquivo.pt/?l=pt

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

"ParabÃ©ns ao FM pelos mais de 13 mil acessos em julho. Belo trabalho. VocÃªs merecem..." FM: Muito obrigado! Valeu!

"OlÃ¡ caros amigos da FM. Esse nosso (se me permitem) FM estÃ¡ cada vez melhor. ParabÃ©ns mesmo. Ã‰ bastante agradÃ¡vel ler e acompanhar os diversos assuntos abordados. Falando em assunto, o do momento Ã© a "EreÃ§Ã£o" nÃ£o Ã© mesmo? Pessoal, a coisa se transformou. NÃ£o em palhaÃ§ada porque seria uma ofensa aos nossos queridos palhaÃ§os, mas numa brincadeira de mau gosto. Os candidatos sÃ£o ridÃculos. EstÃ£o brincando com coisa sÃ©ria. Isso nÃ£o deveria ser permitido. Acaba ferindo a imagem do paÃs. Depois ao ouvir um estrangeiro dizer que o Brasil nÃ£o Ã© um paÃs sÃ©rio, nÃ£o podemos reclamar. Na minha opiniÃ£o, para ser eleito a pessoa deveria ser sabatinado. Afinal Ã© um cargo sÃ©rio e de responsabilidade, e deveria ser tratado como tal. Talvez muita gente nÃ£o concorde, mas Ã© a minha opiniÃ£o. Um super abraÃ§o, Eribado - SÃ£o Paulo" FM: Falou e disse. VocÃª jÃ¡ leu o Editorial dessa semana? DÃª uma lida: http://www.faculdademental.com.br/editorial2.php?not_id=0003534. E envie seus comentÃ¡rios. AbraÃ§os e bom final de semana.

"OlÃ¡! Gostaria que vocÃªs publicasses esta informaÃ§Ã£o no Faculdade Mental. Beijos e Obrigada. Shirley - Caraguatatuba - SP." FM: Perfeitamente! O texto de Paula BrÃ¼gger estÃ¡ logo abaixo. Beijos!

AINDA SOBRE OS MODELOS ANIMAIS...
Por Paula BrÃ¼gger - brugger@ccb.ufsc.br - InfoSentiens. 20/08/2010.
No texto passado* coloquei, resumidamente, as principais razÃµes que nos levam a discordar da eficÃ¡cia dos modelos animais para estudar diversos males que acometem os humanos, ou desenvolver medicamentos, terapias etc. Esse assunto polÃªmico despertou o interesse de muita gente, uma vez que no ideÃ¡rio dominante os experimentos com animais sÃ£o uma espÃ©cie de mal necessÃ¡rio. Isso Ã© compreensÃvel. Afinal, os meios de comunicaÃ§Ã£o nÃ£o cessam de dar destaque Ã s descobertas de drogas ou terapias a partir de modelos animais. Entretanto, quando a mesma droga ou terapia se mostra ineficiente em humanos, a notÃcia nunca Ã© matÃ©ria de primeira pÃ¡gina. Ã‰ claro que tudo isso acaba reforÃ§ando a fÃ© nos modelos animais, ou seja, a impressÃ£o de que eles funcionam de fato e que, mesmo em alguns casos de total fracasso, faltou realmente muito pouco para se chegar a um resultado bem-sucedido.
Sobre o sucesso dos modelos animais
Os defensores dos modelos animais alegam que muitos medicamentos, procedimentos cirÃºrgicos ou terapias, por exemplo, dependeram da experimentaÃ§Ã£o animal, ou foram descobertos usando animais como modelos. Entretanto, o que os defensores de tais experimentos nÃ£o desejam discutir Ã© o Ãndice de sucesso dessa forma de estudar e construir conhecimento. Salvo em casos nos quais os modelos animais tenham sido rigorosamente validados (mas isso implica a morte de milhÃµes deles!), os dados corretos, aparentemente obtidos a partir de modelos animais, sÃ£o fruto da coincidÃªncia e do acaso, ou de pistas fornecidas por outros campos de pesquisa. NÃ£o refletem o resultado de uma empreitada verdadeiramente cientÃfica, uma vez que nÃ£o implicam num conhecimento minucioso dos complexos mecanismos presentes nos processos estudados. Tais acertos parecem refletir nada mais do que um pequeno percentual bem-sucedido de meras tentativas e, com isso, nÃ£o diferem significativamente de outras situaÃ§Ãµes como os Ãndices de acerto em cestas de basquete, por exemplo, por parte de pessoas que nÃ£o dominam tal esporte.
Outras formas de construir conhecimento
Muitos mÃ©dicos e cientistas anti-vivisseccionistas afirmam que os animais nÃ£o precisam fazer parte da descoberta de novas drogas. Segundo os doutores Jean e Ray Greek, por exemplo, existem apenas quatro formas testadas e verdadeiras para se encontrar novas drogas. A primeira seria descobrir novas substÃ¢ncias na natureza como fizerem nossos ancestrais. A segunda, pouco explorada, Ã© descobrir um valor de cura novo em um medicamento jÃ¡ existente (como o potencial do triclosan para malÃ¡ria); a terceira se constitui na modificaÃ§Ã£o da estrutura quÃmica de um medicamento para melhorÃ¡-lo, ou para criar uma nova versÃ£o para o mercado (como Ã© o caso do antibiÃ³tico Zyvox); e a quarta e mais interessante delas Ã© "desenhar" um novo medicamento baseado em uma aÃ§Ã£o desejada. Essa Ã© a alternativa que traz mais inovaÃ§Ã£o na farmacologia moderna (envolve quÃmica combinatÃ³ria; CADD computer-aided drug design, ou "desenho" de drogas por meio de computador; tÃ©cnicas de anÃ¡lise in vitro, etc). Como exemplo dessa quarta via, os Greek citam os fÃ¡rmacos contra o HIV. Eles e outros autores sugerem que se elimine a etapa dos testes com animais e, em vez disso, se aumente a jÃ¡ existente fase de estudos clÃnicos com humanos. Tal medida seria da maior importÃ¢ncia. Kathy Archibald, diretora cientÃfica do grupo "Europeans For Medical Progress", destaca que nenhum mÃ©todo - seja ele baseado em animais, seres humanos, ou tubos de ensaio - Ã© capaz de prever as reaÃ§Ãµes dos pacientes com 100% de precisÃ£o. As reaÃ§Ãµes diferem de acordo com sexo, idade, grupo Ã©tnico e mesmo entre membros da mesma famÃlia. Somos todos diferentes, bioquimicamente Ãºnicos, embora nÃ£o tÃ£o diferentes uns dos outros quanto somos dos animais, Ã© claro. Por exemplo, apesar de todos os genomas humanos terem mais 99,9% de identidade, a pequena proporÃ§Ã£o de 0,1% de diferenÃ§a pode produzir uns trÃªs milhÃµes de polimorfismos. Muitos deles nÃ£o tÃªm efeito, mas os que tÃªm impacto na expressÃ£o e funÃ§Ã£o de proteÃnas podem afetar o funcionamento de drogas (no caso de a proteÃna em questÃ£o estar ligada ao funcionamento da droga). Alguns exemplos importantes estÃ£o relacionados ao metabolismo do colesterol, Ã manifestaÃ§Ã£o da asma e aos transmissores de serotonina. Tudo isso sÃ³ reforÃ§a a idÃ©ia de que usar animais em estudos Ã© ineficaz e antiÃ©tico, pois nenhuma dessas particularidades pode ser descoberta nos modelos animais. Archibald destaca que a massiva Ãªnfase na confiabilidade dos dados provenientes da experimentaÃ§Ã£o animal permite que as companhias farmacÃªuticas evitem conduzir etapas clÃnicas mais criteriosas, mais representativas, com mais pessoas e durante mais tempo. Ela afirma ainda que os testes com animais sÃ£o feitos por razÃµes legais e nÃ£o cientÃficas, pois isso protege as empresas contra processos decorrentes de efeitos colaterais prejudiciais ou letais.
Bibliografia
ARCHIBALD, Kathy. Animal testing: science or fiction? The Ecologist, maio. 2005: 14-17.
GREEK, Ray & GREEK, Jean. Specious Science: How Genetics and Evolution Reveal Why Medical Research on Animals Harms Humans. London, New York: Continuum, 2003.
* ReferÃªncia ao texto Porque somos contra os modelos animais - o reducionismo como base da falibilidade dos modelos animais, publicado na revista Pensata Animal em 16/10/2007.

O QUE Ã‰ GLOBALIZAÃ‡ÃƒO?
Pergunta: Qual Ã© a mais correta definiÃ§Ã£o de GlobalizaÃ§Ã£o?
Resposta: A Morte da Princesa Diana..
Pergunta: Por quÃª?
Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egÃpcio, tem um acidente de carro dentro de um tÃºnel francÃªs, num carro alemÃ£o com motor holandÃªs, conduzido por um belga, bÃªbado de whisky escocÃªs, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um mÃ©dico canadense, que usou medicamentos americanos. E isto Ã© enviado a vocÃª por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, vocÃª estÃ¡ lendo isso em um computador genÃ©rico que usa chips feitos emTaiwan em um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fÃ¡brica de Singapura, transportado em caminhÃµes conduzidos por indianos, roubados por indonÃ©sios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a vocÃª por chineses, atravÃ©s de uma conexÃ£o paraguaia Isto Ã©, *GLOBALIZAÃ‡ÃƒO!!!*
(ColaboraÃ§Ã£o: Washington de Jesus)

VALIDAÃ‡ÃƒO
O Poder da ValidaÃ§Ã£o (Stephen Kanitz)
Todo mundo Ã© inseguro, sem exceÃ§Ã£o. Os super confiantes simplesmente disfarÃ§am melhor. NÃ£o escapam pais, professores, chefes, nem colegas de trabalho. Afinal, ninguÃ©m Ã© de ferro.
Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentaÃ§Ã£o, mesmo que a peÃ§a jÃ¡ tenha sido encenada 500 vezes. SÃ³ depois da primeira risada, da primeira reaÃ§Ã£o do pÃºblico, Ã© que o ator relaxa e parte tranqÃ¼ilo para o resto do espetÃ¡culo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
InseguranÃ§a Ã© o problema humano nÃºmero 1.
O mundo seria muito menos neurÃ³tico, louco e agitado se fÃ´ssemos todos um pouco menos inseguros.
TrabalharÃamos menos, curtirÃamos mais a vida, levarÃamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir essa inseguranÃ§a?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema.
Ledo engano, por uma simples razÃ£o: seguranÃ§a nÃ£o depende da gente, depende dos outros. EstÃ¡ totalmente fora do nosso controle. Por isso seguranÃ§a nunca Ã© conquistada definitivamente, ela Ã© sempre temporÃ¡ria, efÃªmera.
SeguranÃ§a depende de um processo que chamo de "validaÃ§Ã£o", embora para os estatÃsticos o significado seja outro.
ValidaÃ§Ã£o estatÃstica significa certificar-se de que um dado ou informaÃ§Ã£o Ã© verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguÃ©m seria confirmar que essa pessoa existe, que ela Ã© real, verdadeira, que ela tem valor. Todos nÃ³s precisamos ser validados pelos outros, constantemente. AlguÃ©m tem de dizer que vocÃª Ã© bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que vocÃª seja. O autoconhecimento, tÃ£o decantado por filÃ³sofos, nÃ£o resolve o problema. NinguÃ©m pode auto-validar-se, por definiÃ§Ã£o. VocÃª sempre serÃ¡ um "ninguÃ©m", a nÃ£o ser que outros o validem como "alguÃ©m".
Validar o outro significa confirmÃ¡-lo, como dizer: "VocÃª tem significado para mim".
Validar Ã© o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz:"Gosto de vocÃª pelo que vocÃª Ã©". Quem cunhou a frase "Por trÃ¡s de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validaÃ§Ã£o que sÃ³ uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderÃ¡ dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio sÃ£o suficientes para vocÃª validar todo mundo.
Estamos tÃ£o preocupados com a prÃ³pria inseguranÃ§a que nÃ£o temos tempo para sair validando os outros.
ESTAMOS TÃƒO PREOCUPADOS EM MOSTRAR QUE SOMOS O "MÃXIMO" que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cÃ´njuges que o "MÃXIMO" sÃ£o ELES.
Adulamos a quem nÃ£o gostamos e esquecemos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validaÃ§Ã£o, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o "ter" e nÃ£o o "ser". Por falta de validaÃ§Ã£o, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder.
ValidaÃ§Ã£o permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente sÃ£o e nÃ£o pelo que gostarÃamos que fossem. Mas, justamente graÃ§as Ã validaÃ§Ã£o, elas comeÃ§arÃ£o a acreditar em si mesmas e crescerÃ£o para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competÃªncia: validar alguÃ©m todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabÃ©ns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedÃ£o polegar para cima, um "valeu cara, valeu".
Por isso ESTOU VALIDANDO VOCÃŠ AGORA.
VocÃª jÃ¡ validou alguÃ©m hoje?
(ColaboraÃ§Ã£o: Walter Munaier)